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segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Crise em Itaperuna : Vice Prefeito Nel de Itaperuna, se manifesta em rede social sobre atraso de 2 meses dos salários dos servidores e de dívida com Hospital São José do Havai

 O vice prefeito de Itaperuna, Nel fala sobre a saúde e o salário dos servidores da prefeitura de Itaperuna.



Crise em Itaperuna 

Nada mais antigo nos círculos da política municipal que o racha entre o Deputado Federal Murillo Gouvea e o Prefeito Alfredão, de um lado e o Deputado Estadual Jair Bittencourt e o Vice Prefeito Nel, de outro (Leia aqui e aqui) (rachados). Em outro artigo vamos tratar dos rachas entre os oposicionistas. Sim esse assunto não ficou de fora do nosso radar. Neste, entretanto, vamos analisar como esses núcleos do governo estão se articulando para 2024 e uma novidade dentro deste contexto.



O primeiro núcleo é formado pelo Vice-Prefeito Nel, Alexandre da Auto-Escola, Marcelo Poeys, Ênio Borges e Jair Bittencourt. Este núcleo se organiza em duas hipóteses, a primeira seria a possibilidade de lançar Nel como candidato a prefeito contra Alfredão. A segunda hipótese seria manter Nel como vice de Alfredão. Para ajudar a viabilizar a primeira hipótese Ênio Borges tem trabalhado em segredo para montar duas opções de partido (PL e PP) apresentando como parte do contexto nomes bem conhecidos daquele grupo como os ex-vereadores Cabecinha, Josafá e Moreira. Já para manter aberta a possibilidade de Nel ficar como vice de Alfredão tem sido usado o estratagema de blindar o vice. Nel nunca fala abertamente sobre o governo e quando fala, elogia. Ao mesmo tempo tem sido forjado um afastamento entre Alexandre da Auto-Escola e Marcelo Poeys do Deputado Estadual Jair Bittencourt. O objetivo é não criar um grande pânico no Deputado Federal Murillo Gouvea que o leve a romper primeiro e remover a turma inteira da administração municipal, deixando para abandonar o barco ou negociar quando Alfredão não tiver muita opção.


Já o segundo núcleo, o de Alfredão e Murillo, conta com o time da Velha Guarda (Leia sobre eles aqui). Elias Meiber, Dilson Rosa, José Maria Guimarães e Sérgio Zampier que haviam sido deixados de lado durante um tempo foram chamados de volta a cena por Murillo e seu pai (não sabemos se Pardal está incluído neste contexto). O motivo é simples, o Deputado Federal fica entre Brasília, Rio de Janeiro e Itaperuna e embora queira, não consegue mais observar de perto o que acontece na prefeitura. Desta maneira comissionou a turma antiga para ajudar seu pai a fazer frente as investidas do grupo de Jair Bittencourt, já que Alideid e Vivi Dentista estão ambos de olho na cadeira de vereador em 2024 e Marcelo Garcia não tem a menor condição de articular nada. Para dar prestígio aos antigos companheiros entregou o PSD para Dilson Rosa, o Dilsão, além de ter articulado Sérgio Zampier como Presidente do PSDB. A Velha Guarda agora corre para construir uma frente suficientemente forte para botar medo na turma de Nel em caso de rompimento. Nesse contexto chamaram o jovem vereador Glauber Bastos para compor o time e ajudá-los naquilo que, infelizmente, a idade não permite mais.



O último grupo é uma ingrata surpresa para Murillo Gouvea. Oliver Barros tem usado a independência que lhe foi conferida a frente da Secretaria de Educação para montar um time para si próprio. Ele tem interesse em construir dois partidos, mas neste momento está focado em apenas um contando com algumas pessoas que lhe foram fiéis quando abandonou o ex-prefeito Marcos Vinicius e procurou Alfredão. Nomes como Walmir Silva, Robinho Enfermeiro, Anderson Chapoca e o vereador Carlinhos Peixeiro tem sido apresentados como parte do time do moço. Oliver não é bem quisto no grupo de Jair Bittencourt e possui inimizades igualmente grandes no grupo da Oposição. Isto lhe coloca num impasse onde o único cenário que lhe permitiria manter a posição seria a reeleição do atual prefeito Alfredão. Só que o rapaz já percebeu que a reeleição de Alfredão é complicada, além de conhecer o temperamento difícil de Murillo Gouvea. Resolveu e está fazendo um bote salva vidas na Secretaria de Educação para tanto poder negociar espaço com Jair Bittencourt ou para poder procurar a oposição em melhores condições. Não surpreenderia inclusive se o rapaz já estivesse procurando manter algum contato com a oposição através de intermediários.


Tem dúvidas? A folha de pagamento não mente, muito menos as redes sociais.

Fonte: Noroeste Informa


















Governador Cláudio Castro decide exonerar todos os aliados do deputado Rodrigo Amorim

 


Um dos políticos mais bem aquinhoados na máquina administrativa estadual, o deputado Rodrigo Amorim será surpreendido na próxima segunda-feira: todos os seus aliados que ocupam cargos de confiança no governo do estado serão exonerados, por ordem direta do governador Cláudio Castro. 

No Palácio Guanabara, não há mais tolerância com o comportamento permanentemente hostil do parlamentar em relação a integrantes do governo. Hoje, por mais contraditório que pareça, nenhum outro deputado, mesmo os de oposição, se porta de modo tão crítico ao governo quanto o “aliado” Rodrigo Amorim.

Serão exonerados os ocupantes de todos os cargos indicados pelo deputado na Secretaria do Trabalho, onde seus apaniguados são beneficiados com um total de R$ 150 mil em gratificações especiais; na secretaria de Governo, especialmente na operação Lei Seca; no Detran; e também no Ceperj, abrigo de parte dos militantes de sua base.

Inicialmente, acreditava-se que as críticas de Amorin fossem pontuais, destinadas exclusivamente à secretaria de Administração Penitenciária, onde, segundo ele, se verificava algumas irregularidades administrativas, contra as quais se rebelara. Com o passar do tempo, o sempre estridente parlamentar expandiu seus alvos e passou a mirar em outras áreas, numa feroz escalada de hostilidades não produzida nem mesmo pela bancada do sempre aguerrido Psol.

Ao convocar para depor numa CPI mais dois assessores estratégicos de Cláudio Castro, o secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique, e o secretário de Governo, Bernardo Rossi, Amorim cruzou a marca que divide aliados e adversários. Bandeou-se para a oposição, a despeito de deter inúmeros cargos e posições na máquina. O comportamento hostil recalcitrante não será mais tolerado.


A convocação do secretário da Polícia Militar reforça a narrativa alimentada por adversários de que a Alerj planeja controlar a tropa através da indicação de um novo comandante. Não há qualquer tratativa neste sentido; em nenhum momento o presidente Rodrigo Bacellar fez qualquer movimento com este propósito. Contudo, ao tentar intimidar o coronel Henrique com inquirições rudes e agressivas, estilo marcante de sua atuação, Amorim alimenta a versão de que, de fato, o parlamento opera para influenciar a mudança.

A exoneração em bloco de seus indicados na maquina estadual repõe a coerência neste imbróglio parlamentar. Amorim será tratado como adversário – o que efetivamente tem sido nos últimos meses na Alerj.

Tribuna NF


















Waguinho e Canella travam duelo e definem candidaturas em 13 cidades da região. Já tem gente chamandoa a disputa de Game of Thrones da Baixada’

 

Deputado estadual Márcio Canella (União Brasil) & o prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro (Republicanos). Imagem: O Globo

Prefeito faria do deputado seu sucessor, mas dupla rompeu em 2022

Aliados até a eleição do ano passado, o prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro (Republicanos), o Waguinho, e o deputado estadual Márcio Canella (União Brasil) travam uma disputa política além dos limites do município da Baixada Fluminense. Os hoje adversários, criador e criatura, respectivamente, lançarão candidatos a prefeito e vereador nas 13 cidades da região, em uma queda de braço que definirá quem tem o maior capital eleitoral.

A briga entre Waguinho e Canella já respinga na bancada fluminense de deputados federais, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e na Câmara Municipal de Belford Roxo. Presidente estadual do Republicanos, o prefeito tem articulado filiações de parlamentares do partido de Canella. Estão em sua mira nomes como Juninho do Pneu e Dani Cunha, no Congresso, e Manoel Brazão, na Alerj.


Game of Thrones da Baixada’

Já Canella contra-ataca oferecendo legenda a políticos ligados a Waguinho e fechando o apoio de 14, dos 25 vereadores de Belford Roxo à sua candidatura a prefeito. O deputado também conseguiu respaldo do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, que desembarca do PL e se prepara para ser um dos caciques do União Brasil no estado.

Sem poder concorrer à prefeitura por ser reeleito, Waguinho jogará suas fichas na candidatura do sobrinho Matheus Carneiro, novato na política, seguindo novamente a fórmula “criador-criatura”. Antes do rompimento, Canella era o sucessor natural do atual prefeito na disputa. Seu irmão, Marcelo, é hoje o vice de Waguinho, vaga anteriormente ocupada no primeiro mandato pelo próprio parlamentar.

Apostas na região

Além de Belford Roxo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti — maiores cidades da região eleitoralmente — se tornaram prioridades para Waguinho e Canella elegerem seus aliados. Mas eles articulam candidaturas em todos os 13 municípios.

Em Nova Iguaçu, onde o prefeito Rogério Lisboa (PP) é reeleito, Waguinho defende a candidatura de Juninho do Pneu, com filiação ao Republicanos. Como segunda opção, ele tenderia ao nome do PT, partido aliado, na disputa. O ex-prefeito e deputado federal Lindbergh Farias é um dos cotados, embora não tenha demonstrado vontade de concorrer. Já Canella se aliou a Clébio Jacaré, que ingressou no União e assumiu a presidência do diretório municipal.

Queimados é outro município cobiçado pelos adversários. Waguinho aposta na candidatura de Fábio Sperendio. No entanto, o nome do PDT na disputa, Rogério Brandi, já teria o apoio nacional do Republicanos, dificultando os planos de Waguinho.



— Houve uma promessa anterior do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, de o partido caminhar com nossa candidatura, mesmo após Waguinho assumir o diretório estadual e cogitar lançar Sperendio pela legenda — afirma o deputado federal Max Lemos (PDT), vice na chapa de Brandi.

O deputado também é cotado para concorrer em Nova Iguaçu como cabeça de chapa de uma aliança de esquerda, que incluiria PT e PCdoB.

Segundo interlocutores do União Brasil, Canella avalia articular uma aliança em Queimados com o prefeito Glauco Kaizer (SDD).

Segundo maior colégio eleitoral do estado, Duque de Caxias é outra cidade com previsão de embate. Canella se aproximou do presidente da Câmara, Celso do Alba (MDB), oferecendo legenda no União Brasil para que ele apresente seu nome à prefeitura. Outra opção estudada é o candidato da família do ex-prefeito Washington Reis, Netinho Reis (MDB).



Waguinho, por sua vez, atua como interlocutor junto ao PT para viabilizar o apoio do partido ao ex-prefeito José Camilo Zito, filiado ao PV, esvaziando a aliança petista com o deputado federal Marcos Tavares (PDT). No entanto, o pedetista tem o apoio de caciques estaduais e nacionais do PT.

Já em São João de Meriti, Waguinho e Canella entraram em uma disputa interna do PL entre os deputados estaduais Leo Vieira e Valdecy da Saúde. Os parlamentares lançaram seus nomes à cabeça de chapa e travam um duelo pela vaga. O prefeito comprou a briga de Vieira, enquanto Canella ofereceu o União Brasil para abrigar a candidatura de Valdecy.

Waguinho e Canella também começaram conversas em Nilópolis, Guapimirim, Magé, Mesquita, Japeri, Paracambi e Itaguaí, que estão adiantadas. Apenas em Seropédica ainda seguem lentas. Procurados durante a última semana, o prefeito e o deputado não retornaram.

Casamentos políticos’ que não deram certo:

Fim de aliança: A relação de Waguinho e Márcio Canella desandou em 2022, quando o prefeito apoiou Lula à Presidência e o deputado, a reeleição de Bolsonaro. Waguinho ainda barrou a indicação do aliado à vaga de vice na chapa à reeleição do governador Cláudio Castro. Vereador mais votado em 2008, o prefeito apostou em Canella para ser seu sucessor e, com seu apoio, fez dele o deputado mais votado na última eleição na Alerj.

Rivais no Rio: O ex-prefeito da capital Cesar Maia lançou seu secretário Luiz Paulo Conde como sucessor e conseguiu, mas o criador acabou rompendo com a criatura. Conde morreu em 2015.

No estado: Líder do PDT, Leonel Brizola fez do então prefeito de Campos, Anthony Garotinho, governador. A aliança não durou e Garotinho foi para o PSB.

o Globo