JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Católicos fazem Cerco de Jericó na Igreja Matriz Nossa Senhora Das Graças em Pádua - RJ














A comunidade católica de Santo Antonio de Pádua iniciou no dia 31 de julho, às 19h, com a Santa Missa, o Cerco de Jericó, na Igreja Nossa Senhora das Graças (Igreja Matriz). O pároco, Fagner  da Silva Ribeiro(foto),convida a todos a participarem.Padres convidados a celebrarem as missas: Padre Renato,Pe. David,Pe. Welliton, Pe. Alexandre celebrante desta quarta-feira  dia 03 de agosto.


















 O Cerco de Jericó consiste numa semana de batalha espiritual, com intensificação de oração pessoal, missas, vigílias, Terço de Nossa Senhora, visita ao Santíssimo Sacramento, juntamente com todas as comunidades paroquiais.


“No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse a Josué que atravessasse o rio Jordão com todo o povo e tomasse posse da Terra Prometida. Ora, a cidade de Jericó era uma fortaleza inexpugnável. Ao chegar junto às muralhas de Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um anjo, com uma espada na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas. Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens recebidas: durante 6 dias, os valentes guerreiros de Israel deram uma volta em torno da cidade. No sétimo dia deram sete voltas. Durante a sétima volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo poder de Deus as muralhas de Jericó caíram”, 
Com duração de uma semana, no Cerco de Jericó o Santíssimo fica exposto 24 horas por dia, exceto nas missas, e todos são convidados a participar durante alguns minutos por dia.
O  objetivo do Cerco de Jericó é de vivermos a verdadeira unidade que Cristo nos pede; em todas pastorais e movimentos.
O encerramento acontecerá no dia 07, às 19.00h, com a Santa Missa.






Padre  Renato 

Padre David





















































Pe. Welliton













































Papa Francisco envia mensagem aos brasileiros e aos atletas da Olimpíada






'Faço votos de que o espírito olímpico possa inspirar a todo', disse.
Para papa, Jogos são oportunidade para Brasil superar 'momentos difíceis'.



O papa Francisco pediu nesta quarta-feira (3) aos atletas que participarão dos Jogos Olímpicos Rio-2016 que não busquem apenas ganhar medalhas, mas também um mundo em que reine a solidariedade, ao mesmo tempo em que enviou uma mensagem especial aos brasileiros.
"Queria agora dirigir uma saudação afetuosa ao povo brasileiro, em particular à cidade do Rio de Janeiro, que acolhe atletas e torcedores do mundo inteiro por ocasião da Olimpíada", disse.
"Diante de um mundo que está sedento de paz, tolerância e reconciliação, faço votos de que o espírito dos Jogos Olímpicos possa inspirar a todos, participantes e espectadores, a combater o bom combate e a terminar juntos a corrida, almejando alcançar como prêmio não uma medalha, mas algo muito mais valioso: a realização de uma civilização onde reine a solidariedade, fundada no reconhecimento de que todos somos membros de uma única família humana, independentemente das diferenças de cultura, cor da pele ou religião", afirmou em sua tradicional audiência geral das quartas-feiras no Vaticano.
"E aos brasileiros, que com sua característica alegria e hospitalidade organizam a festa do esporte, desejo que esta seja uma oportunidade para superar os momentos difíceis e comprometer-se a 'trabalhar em equipe' para a construção de um país mais justo e mais seguro, apostando num futuro cheio de esperança e alegria! Que Deus abençoe a todos!", completou.
Também nesta quarta-feira, o papa falou sobre sua recente visita ao campo de extermínio de Auschwitz, onde durante a Segunda Guerra Mundial morreram 1,1 milhão de pessoas, em sua maioria judeus.
"No silêncio escutei, senti a presença de todas as almas que passaram por ali (...) Vendo a crueldade naquele campo de concentração pensei imediatamente nas crueldades de hoje", afirmou.

O Brasil chega à Olimpíada sem cara


Entre o discurso de 2009 e a realidade de 2016, há um país em que a conciliação do inconciliável já não é possível nem como construção identitária








O mais fascinante desta Olimpíada no Rio é a negação de uma ideia de Brasil. É a impossibilidade de apresentar um imaginário coeso sobre o país para fora – e também para dentro. É a total impossibilidade de conciliação. Esta é a potência do momento – confundida às vezes com fracasso, com estagnação ou mesmo com impotência. O Brasilchega à Olimpíada sem que se possa dizer o que o Brasil é.
Para que isso se torne mais claro, é preciso voltar ao ano de 2009, ao momento em que o Brasil foi escolhido para sediar a Olimpíada de 2016. Há vários vídeos sobre o discurso de Lula após o anúncio. Não o discurso oficial, mas o discurso do então presidente feito para as câmeras de TV. Aquele que é espetáculo dentro do espetáculo. Particularmente, prefiro o da Globo (assista aqui), pelo que esta rede de comunicação representa na história recente do país, e pela linguagem que escolhe ao contrapor a fala de Lulacom a reação dos apresentadores e comentaristas. Quando se pensa que essa “conciliação” foi possível apenas sete anos atrás, tudo fica ainda mais interessante.
Sugiro assistir a estes sete minutos, preciosos para compreender aquele e este momento. Mas também transcrevo aqui a fala de Lula, para que se torne mais fácil refletir sobre os tantos sentidos desse discurso, agora que podemos olhar para ele pelo retrovisor. E para que seja possível prestar atenção nos personagens então secundários, congelando a imagem por um momento.
Lula está emocionado. Não acredito que esteja fingindo se emocionar. Ainda que ele fale com a consciência de que está produzindo um documento para a história, consciência que ele sempre mostrou ter ao longo de seus dois mandatos como presidente do país, ele acredita no que diz. Como Lula vê o país e como entende o povo brasileiro é crucial para compreender o Brasil atual, dada a importância do personagem e o papel de protagonista que desempenhou e desempenha. Naquele momento, há uma festa de comemoração nas areias de Copacabana, como se a multidão que ali está tivesse a função de produzir a imagem capaz de comprovar a tese de seu líder.
Lula diz para as câmeras de TV, e ao dizer o líder carismático está num de seus momentos de maior carisma:
– O Rio perdeu muitas coisas. O Rio foi capital, o Rio foi coroa portuguesa, e foi perdendo... Eu acho que essa Olimpíada é um pouco uma retribuição ao povo do Rio de Janeiro que muitas vezes aparece na imprensa, só nas páginas dos jornais... É preciso respeitar porque o povo é bom, o povo é generoso. Acho que o Brasil merece. Aqueles que pensam que o Brasil não tem condições vão se surpreender. Os mesmos que pensavam que nós não tínhamos condições de governar esse país vão se surpreender com a capacidade do país de fazer uma Olimpíada.
Diante da pergunta de por que o Rio ganhou de cidades como Madri, Tóquio e Chicago, que disputavam ser sede da Olimpíada, Lula afirma:
– A gente tava com a alma, com o coração. Ou seja, era o único país que queria de verdade fazer uma Olimpíada. Porque para os outros seria mais uma. Nós tínhamos que provar a competência de fazer uma Olimpíada. Então eu acho que as pessoas veem isso nos olhos da gente. (...) Essa foi a diferença. Esse país precisa ter uma chance. Não é possível que esse país não tenha, no século 21, a chance que não tivemos no século 20.
Sobre onde ele e o país estariam neste futuro apoteótico, Lula diz:
– Eu não vou estar na presidência, mas estarei como cidadão brasileiro, colocando minha alma, o meu coração, pra que a gente faça o que tem de melhor nesse país. Tem de comemorar porque o Brasil saiu do patamar de um país de segunda classe e se tornou um país de primeira classe.
Lula agradece a Eduardo Paes (PMDB), a quem chama de “esse menino”, então em seu primeiro mandato como prefeito do Rio, e ao “companheiro” Sérgio Cabral (PMDB), na época governador do Rio. Assim como ao ministro dos Esportes Orlando Silva e ao chefe do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. Uma voz lembra ao presidente: “Michel”. Lula ignora e segue falando. A voz repete na sequência: “Michel Temer”. Lula é obrigado a citar: “Ao Temer que está aqui”. A cabeça do então presidente da Câmara dos Deputados descola-se por um momento das costas de Lula, onde ele havia estrategicamente se posicionado e de onde não arredou pé.
Temer tinha sido reeleito deputado federal em 2006. Com apenas 99.000 votos, sua soma individual era insuficiente para garantir mais um mandato. Ele só entrou devido ao quociente eleitoral, reeleição garantida pelo total de votos dados ao seu partido, o PMDB. Em 2009, conseguiu se tornar presidente da Câmara dos Deputados, com o apoio do governo. Ele seguirá até o final da entrevista colado nas costas de Lula. Toda vez que Lula procura alguém ao redor para agradecer, dá de cara com Temer. Mas não faz mais nenhuma menção a ele. E a câmera volta a fechar no presidente mais popular da história do Brasil pós-ditadura.
Um repórter pergunta sobre a “decantada” beleza do Rio. E Lula responde:
– Eu acho que alma do nosso povo, o olhar do nosso povo, o calor do nosso povo, o gingado do nosso povo, a cor do nosso povo, o sorriso do nosso povo é imbatível. Acho que finalmente o mundo reconheceu: é a hora e a vez do Brasil.
E segue:
– Eu tava com um orgulho imenso – imenso – de estar defendendo o Brasil. Hoje foi um dia sagrado pra mim. Eu confesso a vocês que, se eu morresse agora, já teria valido a pena, sabe, viver. Porque o Rio de Janeiro, o Brasil provou ao mundo que nós conquistamos cidadania absoluta. Absoluta mesmo. Ninguém agora tem mais dúvida da grandeza econômica do Brasil, da grandeza social, da capacidade nossa de apresentar um programa.
Bem ao final, Lula agradece a Henrique Meirelles, então presidente do Banco Central:
– (Quero) agradecer ao Meirelles, que fez uma defesa extraordinária, anunciando inclusive que o Banco Mundial já disse que o Brasil será, em 2016, a quinta economia do mundo.
Fim da Olimpíada de 2009. Agora, a de 2016.


Lula agradece a Eduardo Paes (PMDB), a quem chama de “esse menino”, então em seu primeiro mandato como prefeito do Rio, e ao “companheiro” Sérgio Cabral (PMDB), na época governador do Rio. Assim como ao ministro dos Esportes Orlando Silva e ao chefe do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. Uma voz lembra ao presidente: “Michel”. Lula ignora e segue falando. A voz repete na sequência: “Michel Temer”. Lula é obrigado a citar: “Ao Temer que está aqui”. A cabeça do então presidente da Câmara dos Deputados descola-se por um momento das costas de Lula, onde ele havia estrategicamente se posicionado e de onde não arredou pé.
Temer tinha sido reeleito deputado federal em 2006. Com apenas 99.000 votos, sua soma individual era insuficiente para garantir mais um mandato. Ele só entrou devido ao quociente eleitoral, reeleição garantida pelo total de votos dados ao seu partido, o PMDB. Em 2009, conseguiu se tornar presidente da Câmara dos Deputados, com o apoio do governo. Ele seguirá até o final da entrevista colado nas costas de Lula. Toda vez que Lula procura alguém ao redor para agradecer, dá de cara com Temer. Mas não faz mais nenhuma menção a ele. E a câmera volta a fechar no presidente mais popular da história do Brasil pós-ditadura.
Um repórter pergunta sobre a “decantada” beleza do Rio. E Lula responde:
– Eu acho que alma do nosso povo, o olhar do nosso povo, o calor do nosso povo, o gingado do nosso povo, a cor do nosso povo, o sorriso do nosso povo é imbatível. Acho que finalmente o mundo reconheceu: é a hora e a vez do Brasil.
E segue:
– Eu tava com um orgulho imenso – imenso – de estar defendendo o Brasil. Hoje foi um dia sagrado pra mim. Eu confesso a vocês que, se eu morresse agora, já teria valido a pena, sabe, viver. Porque o Rio de Janeiro, o Brasil provou ao mundo que nós conquistamos cidadania absoluta. Absoluta mesmo. Ninguém agora tem mais dúvida da grandeza econômica do Brasil, da grandeza social, da capacidade nossa de apresentar um programa.
Bem ao final, Lula agradece a Henrique Meirelles, então presidente do Banco Central:
– (Quero) agradecer ao Meirelles, que fez uma defesa extraordinária, anunciando inclusive que o Banco Mundial já disse que o Brasil será, em 2016, a quinta economia do mundo.
Fim da Olimpíada de 2009. Agora, a de 2016.

Há que se perceber ainda que a escolha de eventos para o mundo ver é também a escolha de se olhar com a medida do outro. E não qualquer outro, mas um outro que se coloca – e é reconhecido – como “primeiro mundo” ou “primeira classe”. E que a “cidadania absoluta”, neste momento, é igualada a acesso ao consumo. Essa construção também não é banal. E é bem diferente de construir uma linguagem própria a partir das extraordinárias experiências de diversidade dos vários Brasis.
Vale lembrar que Lula é o grande conciliador: um ano depois da escolha do Rio como sede da Olimpíada, ele terminará seu mandato com a maior popularidade da história desde que há institutos de pesquisa para medi-la. Entre as várias razões, está a quimera de reduzir a pobreza sem tocar na renda dos mais ricos, o que só foi possível graças à exportação de commodities, promovida como se fosse durar pra sempre e sem que o enorme custo socioambiental fosse incluído na conta. Neste sentido, a Olimpíada seria não apenas a conciliação dos povos, mas também a dos vários Brasis amalgamados num só, conflitos e contradições magicamente apagados.
Entre 2009 e 2016 aconteceu muita coisa. Mas aconteceu principalmente 2013. Se há algo que não vira passado facilmente é 2013, o incontornável que tantos querem contornar. É nos protestos das ruas que fica evidente que o imaginário de conciliação não poderá mais ser sustentado. Desde então, não há combinação, recolocação ou arranjo possível que dê uma imagem coesa ao Brasil – ou uma cara “brasileira” ao Brasil. As fraturas que historicamente foram ocultadas ou maquiadas já não podem ser. O Brasil ou os Brasis tornaram-se irredutíveis à conciliação também na produção de imagens e de símbolos.
Assim, o Brasil chega à Olimpíada real demais. Na lama que rompeu a barragem de Mariana, na merda boiando nas águas da Guanabara, no genocídio dos jovens negros pela Polícia Militar, na ciclovia que desaba matando gente no dia em que a tocha olímpica é acendida na Grécia. Na onça assassinada durante a passagem da tocha olímpica pela Amazônia. Dá para ficar enfileirando exemplos por parágrafos. Até o samba de Tom Jobim se contamina quando é o mosquito da dengue, do zika e da chicungunha que passa a ter asas abertas sobre a Guanabara.

Mesmo a disputa narrativa entre golpe e não golpe pode expressar uma tentativa desesperada de identificação em meio a identidades que se desmancham. Como a de um Governo de esquerda que há muito já não era de esquerda, como a de apoio de movimentos sociais ao mandato de uma presidente que sancionou uma lei que criminaliza movimentos sociais, como a de fingir que quem está hoje no poder não era o aliado de ontem. Para além de estratégias e agendas, a falsa polarização pode também ser uma tentativa de colar um rosto que já não cabe na cara. Ou de vestir uma roupa porque qualquer roupa, mesmo uma fantasia, é menos desestabilizadora que a nudez.
Diante da fragmentação da autoimagem despontam várias reações identitárias. Uma delas é a de reeditar um outro estereótipo viciado, o do Brasil como “republiqueta de bananas”, o que não consegue fazer nada direito, o do fiasco diante do mundo, o do eterno país de segunda classe, com todos os preconceitos atrelados aos trópicos. O que antes foi positivado é negativado sempre que convém. E o que aqui está seria uma espécie de punição à ousadia de querer ser grande.
“Nós” expostos ao julgamento do “primeiro mundo”, curiosamente confundido com o mundo dos adultos, o que só pode ser uma piada diante dos acontecimentos internacionais recentes. O Brasil ridicularizado pelo Reino Unidoonde o voto do Brexit venceu? Pelos Estados Unidos que tem um Donald Trumpcom chances de vencer a presidência? Por uma França às voltas com terroristas produzidos por suas periferias? Por uma Europa que envergonha a si mesma ao (des)tratar os refugiados? São estas as matrizes que sabem o que fazem?
Essa falsificação do “Brasil volte ao seu lugar” tem pontos de contato com a ideia do retorno de certa elite ao poder – uma elite que, como se sabe, nunca saiu dele. Tem a ver com a ideia da volta “dos que sabem fazer as coisas”. Ou “dos que entendem de verdade de economia”. Ou da ideia de que a economia é a lente com a qual se enxerga a vida, crença laica que desponta com o absolutismo de um mandamento de Moisés. É preciso ter cuidado com quem chama o Brasil de “republiqueta de bananas”, porque esta pessoa ou grupo nunca se coloca neste Brasil, já que se considera a parte limpinha que foi se ilustrar no exterior. O sujo, o feio, o ignorante é o outro. Em geral, o “povo brasileiro”, essa abstração em nome da qual tantas atrocidades são cometidas.
Não é ruim que o Brasil chegue à Olimpíada sem uma cara. Ou mais semelhante ao antropofágico Abaporu de Tarsila do Amaral. Não é ruim que os estereótipos ruíram e todos os rearranjos antes possíveis já não parem mais em pé. Não é ruim se perceber fragmentado. Não é ruim se desidentificar para que outras identidades, múltiplas, se tornem possíveis. Já não dá para conciliar o inconciliável.
Não é um momento qualquer. E talvez a parte mais evidente do peso do que está sendo disputado seja o fortalecimento do Estado policial para reprimir o questionamento dos privilégios. E para criminalizar o crescente questionamento dos privilégios. E para encarcerar quem os questiona. O jogo é cada vez mais pesado, agora que ficou claro que não haverá conciliação. Agora, que o discurso de 2009 ruiu, e que seu autor, o grande conciliador, virou réu.
Há muitas razões para que diferentes setores não perdoem Lula. Uma delas é a de que ele deixou de fazer a grande mágica: a de que a paz no Brasil é possível sem que os privilégios dos mais ricos sejam tocados. A de que poderá se reduzir as desigualdades sem que alguém perca não apenas privilégios materiais, objetivos, mas também culturais e subjetivos. Essa ilusão era cara também para uma parte das várias elites. Continuar com os privilégios intactos e ainda por cima se sentir “do bem” é o máximo sonho de consumo.
Já não é possível seguir tentando colar rostos que não cabem mais. Ou insistir em encaixar faces que só couberam antes como falsificações. Ou, ainda, que eram apenas máscaras a serviço de apagamentos. Há muita potência neste momento em que o Brasil é um ponto de interrogação no espelho, em que o Brasil não consegue uma unidade no dizer sobre si mesmo, em que há gente tentando apagar a tocha olímpica com balde d’água. Há muita potência se as periferias virarem centros, desacomodando olhares viciados. Mas essa potência será perdida se, por não conseguirmos imaginar um país a partir de outras premissas, preferirmos carregar por aí rostos em decomposição.
Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista. 












Reunião em Itaperuna busca solução para transferência de IML


 

Uma importante reunião aconteceu na tarde de segunda-feira (01) em Itaperuna, no Noroeste do estado do Rio de Janeiro. A pauta em discussão foi o fechamento do Instituto Médico Legal do município, cujo atendimento foi transferido para Santo Antônio de Pádua, que agora é responsável por toda a região. O motivo do encerramento do serviço seria a falta de funcionários, visto que os quadros não foram repostos no decorrer dos anos. A decisão foi tomada pelo Departamento Geral de Polícia Técnico Científica (DGPTC).
A reunião, intermediada pelo deputado estadual Jair Bittencourt, contou com a presença de Gustavo Carvalho, que veio do Rio de Janeiro representando o diretor do IML Sede, Reginaldo Franklin; Frederico Weler dos Santos, diretor do Posto Regional de Perícia Técnico Científica (PRPTC) de Itaperuna; Guilherme Wilson Sales de Rezende, chefe da Perícia Criminal; e ainda o prefeito de Itaperuna, Alfredo Paulo Marques Rodrigues.
O diretor do PRPTC de Itaperuna, Frederico Weler, explicou que a Polícia Técnica é subdividida em Perícia Criminal, Perícia Médico Legal e serviço de Identificação Criminal. E foi o serviço médico legal, a parte de IML, que foi transferida para Pádua em virtude da carência de servidores.
O IML de Itaperuna realizava, por mês, uma média de 160 laudos periciais e cerca de 18 necrópsias. De acordo com o deputado estadual Jair Bittencourt, o objetivo não é fechar o Posto de Santo Antônio de Pádua para reabrir em Itaperuna:
_ Estamos buscando um entendimento com a Prefeitura de Itaperuna, com a chefia da Polícia Civil, com os departamentos da Polícia Técnica e com a Prefeitura de Pádua, para que as prefeituras possam colaborar de alguma forma para que não haja necessidade de fechamento de posto algum. Conversei com o governador, Francisco Dornelles; com o presidente da Alerj, Jorge Picciani; com o chefe da Polícia Civil, Dr. Veloso; e com o chefe da Polícia Técnica, Dr. André Drumond. Queremos uma solução que não traga prejuízo, nem para Santo Antônio de Pádua, nem para Itaperuna – afirmou Jair Bittencourt.
Apesar de já ter obtido do Governo do Estado um compromisso em reverter a atual situação, Jair Bittencourt terá, na próxima semana, uma reunião no Departamento da Polícia Técnica, no Rio de Janeiro, para tratar do assunto.







 

VEÍCULO LOCALIZADO / RECUPERADO



No dia 02 Agosto de 2016, guarnição do setor Lima/4ª Cia , deslocou-se à localidade de Cruzeiro a fim de realizar contato com dois  cidadãos, os quais informaram sobre o furto do veículo Honda/ CG 150, cor preta, ocorrido em Itaperuna, no dia 04/05/2016 e registrado na 143ª DP e o local em que encontraram o veículo de propriedade l. Guarnição  deslocou-se à Av. Três de Maio, s/nº, Cruzeiro, Cambuci/RJ, onde logrou êxito em localizar o veículo sem placa, com chassi picotado, com a numeração do motor raspada, estacionado com a chave na  ignição, em frente a uma mercearia, cujo proprietário segundo populares, utilizaria o veículo para carregar botijas de gás. A mercearia estava fechada e o proprietário não foi localizado. Guarnição  devido o reconhecimento do proprietário , conduziu o veículo à 142ª DP e apresentou o fato ao inspetor  de plantão que registrou. O veículo foi apreendido para ser posteriormente periciado.


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Setor de Relações Públicas – P/5 do 36º BPM
Tel.: (22) 3853-3186

Rio de Janeiro abrirá Olimpíada com mais de 5 mil nascentes preservadas


Campanha iniciada em 2010 estimulou os agricultores fluminenses a protegerem fontes de água em todo o estado. Resultado é mais de duas vezes maior que a meta





A expectativa em torno da Olimpíada está cada vez maior com a proximidade do início dos jogos. Mas, um legado permanente já é motivo de comemoração. Uma campanha iniciada há seis anos junto aos agricultores familiares fluminenses contabilizou a preservação de 5.152 nascentes em todo o estado, com o objetivo de contribuir para o abastecimento das cidades e para o desenvolvimento sustentável após os Jogos Olímpicos.
Os dados foram consolidados na terça-feira (02) pelo Programa Rio Rural, responsável pela iniciativa. Um ano depois de o Rio de Janeiro ser anunciado como sede da competição internacional, o programa da secretaria estadual de Agricultura entrou em campo com a meta de envolver os agricultores na proteção de 2.016 nascentes de água até o início dos jogos. Para isso, eles receberam incentivos para aquisição de material utilizado no cercamento das fontes em suas propriedades, além de mudas para o plantio nessas áreas.









A preservação das nascentes é essencial para renovação do ciclo de água. Uma vez que a vegetação em torno das fontes é preservada e o trabalho de regeneração natural toma fôlego, a área verde trabalha como se fosse uma esponja, ajudando na absorção da água da chuva, que é infiltrada no solo e alimenta o lençol freático. Em seis anos de campanha, 5.152 fontes de água foram protegidas, com a mobilização de mais de cinco mil agricultores fluminenses. O volume estimado de água produzida por essas nascentes equivale a mais de seis mil piscinas olímpicas cheias por ano.
Parcerias que fortalecem a preservação ambiental
O engajamento das comunidades rurais foi essencial para o êxito da campanha “Água Limpa para o Rio Olímpico”. Os agricultores se tornaram verdadeiros produtores de água, aumentando não só a oferta hídrica em suas propriedades, mas também colaborando para otimizar a vazão dos rios que abastecem os centros urbanos.
Ao longo da campanha, parcerias com os setores público e privado potencializaram as ações de conservação dos recursos hídricos em várias regiões do estado. Um dos exemplos bem sucedidos é a cooperação entre o Rio Rural e a Companhia Estadual de Águas e Esgoto (CEDAE). Por meio dele, 50 mil mudas estão sendo doadas aos produtores da microbacia Rio das Flores, em Valença, no Sul Fluminense. A orientação sobre como fazer o plantio e monitorar seus resultados é feita através do projeto “Adote uma nascente”, implementado pelos técnicos da Emater-Rio no município.
Mesmo com o fim das competições olímpicas, o Rio Rural vai continuar com as ações de preservação das fontes de água. O secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, enfatiza que, para que isso aconteça, a adesão de novos produtores é importante, do mesmo jeito que parcerias com outras empresas são bem vindas. “A Olimpíada é uma conquista muito importante, que vai deixar sua marca, mas é também um momento que vai passar. Já a necessidade de água é permanente. As empresas com visão sustentável podem contribuir efetivamente para os esforços dos nossos agricultores, para que a chama da preservação não se apague”, completa Áureo.
Reconhecimento olímpico
Graças ao destaque na campanha de proteção de nascentes, a extensionista social da Emater-Rio, Norma Lúcia Vieira, foi selecionada no concurso “Servidores que valem Ouro” para participar do revezamento da tocha olímpica. Ela conduziu a chama no último domingo (31), no município de Itaocara, no Noroeste Fluminense. Considerada a região com maior degradação ambiental do Rio de Janeiro, o Noroeste foi castigado historicamente por práticas como a monocultura e a pecuária extensiva. Porém, um novo caminho sustentável vem sendo construído por meio das ações do Programa Rio Rural, tal como a campanha de preservação das fontes de água.
“A tocha olímpica foi um presente para todos nós que trabalhamos em prol da agricultura sustentável. Ela é a coroação do esforço que vem sendo feito para revitalizar os mananciais do nosso estado. Água vale ouro para todos”, afirma Norma Lúcia Vieira, que é supervisora local do escritório da Emater-Rio em São José de Ubá.
Em Ubá, 85 fontes foram protegidas durante a campanha. A cidade é uma das poucas do estado que não possuem rios em sua geografia. A população de quase 7.200 habitantes é abastecida pelo Córrego de Ubá que, segundo a servidora, teve a vazão bastante enfraquecida a partir de 1990. Além disso, a situação hídrica foi se agravando após duas grandes secas no município.  
 “Os incentivos do Rio Rural fizeram a diferença na produção de água em nossa cidade. Os produtores conseguiram executar o que sonhavam. Não tínhamos nenhuma mina e hoje temos 85 preservadas, funcionando com abundância”, completa Norma Vieira.
Foi por isso que, há 26 anos, a Emater-Rio em São José de Ubá criou o projeto “Adote uma mina”, que funciona nos mesmos moldes da campanha de proteção de nascentes para os Jogos Olímpicos. A adesão dos produtores se deu de forma lenta, pois eles não possuíam recursos para a compra de cercamento e mudas. Com a entrada do Rio Rural, as ações conservacionistas receberam um grande impulso
A produção de água tem ligação direta com o cultivo de alimentos. Ubá é o segundo maior produtor estadual de tomates, lavoura bastante exigente em água, principalmente nas raízes. Além do aumento da oferta de água para as plantações de tomate, a preservação dos recursos hídricos também tem contribuído para diversificar a atividade agrícola no município, dando conta da irrigação de novos cultivos que estão se expandido como quiabo, laranja e abóbora.




Sebrae promove palestra gratuita sobre Facebook para Negócios


O Facebook é a rede social de maior abrangência no mundo, e tem mais de 100 milhões de usuários no Brasil. Para ajudar o micro e pequeno empresário a utilizar o facebook como ferramenta para divulgação de sua marca, o Sebrae promove nesta quinta-feira (04/08), em Santo Antônio de Pádua, a palestra “Facebook para Negócios”. O evento é gratuito e acontece às 19h no Teatro Municipal de Pádua.
A palestra é aberta aos interessados e direcionada, principalmente, a microempreendedores individuais (MEIs) e a micro empresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Rodolfo Oliveira, analista do Sebrae/RJ, é o palestrante e irá mostrar como a criação de uma página na rede social pode ajudar a otimizar os resultados da empresa no ambiente virtual, prospectando novos clientes e aumentando as vendas.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pessoalmente na sala do Sebrae em Pádua (no prédio da Prefeitura), pelo telefone 3851-0886 ou no local do evento, antes da palestra. Empreendedores das cidades vizinhas também podem participar.
Palestra gratuita “Facebook para Negócios”
Data: 04 de agosto (quinta-feira) às 19 horas
Local: Teatro Municipal de Pádua
Realização: Sebrae/RJ
Inscrições: (22) 3851-0886

domingo, 31 de julho de 2016

TOCHA OLÍMPICA PASSA POR CORDEIRO, ITAOCARA, SÃO FIDÉLIS, CAMPO DOS GOYTACAZES, CONCEIÇÃO DE MACABU E MACAÉ






Neste domingo (31), a Tocha Olímpica continuará o trajeto pelas cidades do Rio de Janeiro. O revezamento acontecerá em Cordeiro, Itaocara, São Fidélis, Campos dos Goytacazes, Conceição de Macabu e Macaé. 



Itaocara
Trajeto da tocha: A Tocha Olímpica percorrerá a Avenida Marechal Floriano Peixoto (árvore centenária até a praça Adão e Eva), Rua Sebastião Penha Rangel, Rua Frei Tomás, Rua Presidente Sodré e Rua São José. O trajeto está previsto para começar às 9h20 e percorrerá cerca de 2km.
Mudanças no trânsito: a partir da meia-noite de domingo (31) será interditada a Av. Marechal Floriano Peixoto, no trecho da Praça da Árvore Centenária até a Praça Adão e Eva. Também será fechada a Rua Sebastião da Penha Rangel, Rua Frei Tomás e a Rua São José.  A Avenida Presidente Sodré e todas as vias que dão acesso as ruas mencionadas também serão interditadas.

A partir das 7h30, a Ponte Ary Parreiras terá o tráfego impedido devido a passagem da tocha. Os motoristas que estacionarem no local estarão sujeitos a multas e rebocamento do veículo. A prática do comércio ambulante estará proibida nas vias do trajeto da tocha. O comercio local já existente poderá funcionar normalmente, mas as calçadas deverão ficar livres.