Assim como os terroristas que promoveram a invasão do Congresso americano, bolsonaristas radicais não aceitam os resultados das urnas no Brasil e pedem um golpe de estado.
A invasão por bolsonaristas terroristas do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (8) guarda paralelos com a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, ocorrida dois anos atrás, mas com algumas diferenças.
- Contestação do resultado eleitoral: Assim como nos EUA os apoiadores do então presidente republicano Donald Trump , não aceitavam a sua derrota nas urnas para o democrata Joe Biden , os bolsonaristas não aceitam o resultado das eleições de outubro, em que Jair Bolsonaro perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva. Tanto os terroristas americanos quanto os brasileiros são de direita e defendem pautas conservadoras.
- Objetivo dos atos: Nos EUA, os manifestantes invadiram o Congresso durante a contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral para impedir a confirmação da vitória de Joe Biden. Aqui no Brasil, os bolsonaristas radicais pedem que as Forças Armadas deem um golpe e tomem o poder. Segundo mensagens que circulam nas redes sociais, haveria ainda a intenção de ocupar e acampar nos prédios públicos.
- Alvo das invasões: Nos Estados Unidos, o alvo dos terroristas foi o Capitólio, que é o centro legislativo americano. No Brasil, os bolsonaristas radicais invadiram os prédios dos três poderes: além do Congresso Nacional, avançaram sobre o Palácio do Planalto (sede do Executivo e onde o presidente da República despacha) e o STF (sede do Judiciário).
- Dia dos ataques: Ao contrário do Capitólio nos EUA que estava repleto de parlamentares e servidores, além do então vice-presidente, Mike Pence, em meio à realização de uma sessão oficial, os edifícios do Planalto, do Congresso e do STF estavam vazios. Além de ser domingo, o Legislativo e o Judiciário brasileiros estão em recesso no mês de janeiro. Já o presidente Lula estava em viagem a Araraquara, no interior de São Paulo, para avaliar de perto os danos causados pela chuva.
- Violência e vandalismo: Nos dois casos, os radicais agiram com violência e houve quebra-quebra. Enquanto nos EUA os radicais invadiram e depredaram gabinetes, no Brasil, os vândalos chegaram até o plenário do Senado e o do STF, onde promoveram depredação, além de terem ido bem perto do gabinete presidencial.
- Reação da polícia: Outra diferença entre os dois episódios foi a agilidade das forças de segurança em conter o avanço dos manifestantes. Enquanto nos EUA a reação das autoridades foi imediata, no caso brasileiro, vídeos que circulam nas redes sociais mostram policiais ao redor da Praça dos Três Poderes apenas olhando a ação dos bolsonaristas.
- Incentivo: Os dois levantes foram estimulados direta ou indiretamente pelos presidentes que perderam as eleições. Trump segue solto e continua sem aceitar o resultado das eleições. Bolsonaro, que ao longo de todo o seu mandato levantou suspeitas infundadas sobre a lisura do processo eleitoral, viajou para os Estados Unidos na véspera do fim do seu mandato e, desde a derrota nas urnas, se recolheu e se manifestou em algumas situações apenas.
- Manifestação: Durante a invasão ao Capitólio, Trump se manifestou, ainda que um tempo depois, pedindo que os invasores deixassem o Congresso e fossem embora para casa. Bolsonaro, por sua vez, não havia se pronunciado até a última atualização desta reportagem.
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