O ex-presidente fez no dia 10 de março o seu primeiro
pronunciamento desde a decisão de Fachin
Luiz Inácio Lula da Silva começa sua jornada à eleição do
próximo ano, buscando fugir do que o PT vê como uma armadilha: Ser considerado
pelo eleitorado um polo tão extremo quanto Jair Messias Bolsonaro. Esse tema tem
sido discutidos por aliados petistas desde que o ministro Fachin, do STF
restaurou seus direitos políticos ao anular condenações da Operação Lava Jato.
Há um consenso de que a polarização tem que ser modulada pelo que está obvio:
Não alienar nem o eleitorado que abraçou o antipetismo desde 2016, mas que antes apoiou Lula, nem os
agentes financeiros. Mas isso não significa uma reedição da famosa Carta ao
Povo Brasileiro (2002), onde Lula beijava a cruz do mercado prometendo manter a
política liberal do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002).
Petistas de alto escalão avaliam ser dispensável um compromisso – Ao contrário,
basta se colocar como uma alternativa racional à turbulenta gestão de Bolsonaro
(sem partido).
Lula tem sido aconselhado a vestir um figurino de estadista, fazendo a defesa
institucional de aspectos que considera positivos de seu governo.
No discurso feito pelo ex-presidente, o foco foi a questão judicial, que lhe
deixou 580 dias presos e que levou ao julgamento da suspeição do juiz Sério
Moro, o artífice da Lava Jato que o condenou.
Existem divergência sobre a conveniência do movimento em prol da eleição do
próximo ano. Primeiro porque apesar da elegibilidade de Lula estar garantida
para 2022, pode acontecer de ter algum percalço jurídico.
Segundo alguns petistas há o que alguns petistas consideram legado do
ex-presidente. Ele estaria recuperado com a anulação das sentenças e eventual punição
de Moro. Na opinião desses dirigentes, seria desnecessário arriscar uma disputa
incerta.
Diferente de 2018, quando a cúpula petista via Lula imbatível, hoje não há essa
certeza com Bolsonaro e seus 30% de eleitores, além dos outros concorrentes que
apostem no ‘nem-nem’: nem Lula e Nem Bolsonaro.
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