Os bancários de bancos privados e do Banco do Brasil decidiram aceitar a proposta feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e encerrar a greve nesta quinta-feira (6), após 31 dias de paralisação da categoria.
Os trabalhadores da Caixa Econômica Federal de São Paulo e do Rio de Janeiro, no entanto, recusaram a proposta e seguem em greve. Também não aceitaram a proposta da Caixa os bancários de Amapá, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que ainda não divulgou o balanço completo do fim da greve, a maioria das assembleias do país aprovou tanto a proposta dos bancos quanto os acordos específicos do BB e da Caixa.
Pela proposta aceita pelos bancários do setor privado na 11ª rodada de negociações, os trabalhadores terão reajuste salarial de 8% para 2016 mais um abono de R$ 3.500. Além disso, haverá aumento de 15% no vale-alimentação, 10% no vale-refeição, 10% no auxílio-creche e licença-paternidade de 20 dias.
Para 2017, ficou acertado que o salário será reajustado pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) com 1% de aumento real (acima do índice).
Segundo o sindicato dos bancários, os dias de paralisação das agências deverão ser todos compensados, sem prazo limite.
Mais de 13 mil agências paradas
De acordo com a Contraf-CUT, a greve afetou 13.123 agências e 43 centros administrativos na quarta-feira (5), o que representa 55% do total de agências do Brasil, disse a entidade.
A Fenaban, que representa as empresas, diz que não fez levantamento das agências paradas.
O que os bancários pediam
Os trabalhadores reivindicavam:
- Aumento de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%;
- Participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90;
- Piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24);
- Vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880);
- Décimo quarto salário;
- Fim das metas abusivas e do assédio moral.
Atualmente, os bancários recebem piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria).
A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário, acrescido de R$ 2.021,79, e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4.043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.
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