A Comissão de Saúde da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), presidida pelo deputado Jair Bittencourt,
promoveu, nesta sexta-feira (28), o Seminário para Discussão e Construção de
uma Política Pública para Atenção da Pessoa com Feridas Crônicas. No Estado,
cerca de 350 mil pessoas sofrem com feridas crônicas. Entre as mais
diagnosticadas estão a úlcera venosa e o pé diabético. Elas representam 90% dos
casos no Rio.
Jair Bittencourt afirmou que irá
cobrar do secretário de Saúde do Estado, Felipe Peixoto, a realização de ações
para prevenção e tratamento das feridas crônicas. O deputado informou ainda
que, no último dia 20, encaminhou o projeto de lei 745/15, instituindo no
calendário oficial do Estado a data de 28 de agosto como o Dia Estadual da
Mobilização e Prevenção das Feridas Crônicas. "Nessa data vamos mobilizar
a população e o governo para buscar soluções para doença. A secretaria tem que
se responsabilizar e financiar o que hoje está subfinanciado”, declarouJair
Bittencourt.
Um dos palestrantes do seminário
foi o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, o
médico Carlos Eduardo Virgini. Segundo ele, três mil pacientes aguardam atendimento
só no município do Rio. O palestrante ressaltou também que, em alguns casos, o
tratamento pode levar até 20 anos. "Ferida crônica é aquela que está há
três meses sem cicatrizar.O resultado do tratamento varia conforme o organismo
do paciente, podendo ser rápido ou lento. O problema é que essa é uma doença
que traz enormes problemas pessoais e desconforto, independente do tempo que
leva para ser tratada.”
Também
participaram como palestrantesMara Blanck e Marinês Marques. Mara, que épresidente
da Sociedade Brasileira de Enfermagem e Feridas Estéticas, explicou que o tratamento
só pode ser feito em ambulatórios. No caso do paciente com pé diabético, a
falta de tratamento pode provocar a amputação do pé. No Brasil, são realizadas
cem mil amputações por ano. Com prevenção e informação, esse número poderia
cair pela metade.
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