JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Carreta transportando carga de iPhones tomba na RJ 186, Pádua

 Uma carreta que transportava uma carga de iPhones de nova geração, com valor estimado em milhões de reais, tombou na RJ-186 em Santo Antônio de Pádua (RJ) na tarde desta segunda-feira (01/12), por volta das 17h40, na altura do distrito de São Pedro de Alcântara.



O motorista do veículo ficou retido na cabine após o tombamento. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para realizar o resgate, sendo necessário o uso de ferramentas de corte para acessar e remover o condutor da estrutura da carreta.

Apesar da complexidade da operação de retirada, o motorista sofreu apenas ferimentos leves. Ele foi encaminhado para o Hospital Hélio Montezano de Oliveira, onde recebeu atendimento médico e teve alta em seguida.

O carregamento, composto por aparelhos celulares de alto valor agregado, foi preservado por agentes da Polícia Rodoviária Estadual (CPRv) e pela escolta armada que acompanhava o veículo.

Da redação da Rádio Natividade – Foto: Joanderson Gonzaga/Serra News















Moções de Aplausos são entregues na sessão lesgislativa paduana. FOTOS AQUI!

Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Santo Antônio de Pádua (01/12/2025)




A Câmara Municipal de Santo Antônio de Pádua realizou, nesta segunda-feira, 1º de dezembro de 2025, mais uma Sessão Ordinária, presidida pelo vereador Luís Carlos da Silva. Estiveram presentes os vereadores Luciano Blanc, Tiago Garnier, Elton Brum, Sérgio Caires, Valdek Azevedo, Oziel de Magalhães, Francisco de Assis, Renan Sanches, Alessandro de Macedo, Ralph Kezen e Vanderleia Marques. A ata anterior foi aprovada após leitura regimental.

Durante o expediente, foram apresentados o Projeto de Lei nº 081/2025, que cria a Casa do Artesão no município, e diversas proposições, incluindo moções, indicações e ofícios encaminhados pelo Executivo.



Indicações apresentadas na sessão

Vereador Ralph Kezen Leite
Indicação Legislativa nº 070/2025: Propõe estudo para recomposição salarial dos professores e diretores da rede municipal, com base nos recursos do FUNDEB.
Indicação Legislativa nº 071/2025: Solicita implantação de rotatória na Avenida Hamilton Abreu Leite, na entrada da Rua Professor Álvaro Leite, no bairro Cidade Nova.


Vereadora Vanderleia Marques
Solicita ao Executivo contratação emergencial ou remanejamento de profissionais de psicologia e psiquiatria, devido à alta demanda e redução do quadro na Policlínica.
Pedido de calçamento das ruas próximas ao Campestre, conforme solicitação do morador Rogério, da Rua Canaã.
Pedido de recapeamento asfáltico e tapa-buracos na Rua Antônio José de Caires, conhecida como Rua da Bomba, conforme pedido da moradora Raquel.

Vereador Renan Sanches (Renan do Rosi)
Solicita solução para o problema da ponte do bairro Meia Laranja, que apresenta riscos estruturais.
Solicita a limpeza do valão do bairro Meia Laranja com a máquina Limpa Rio.


Vereador Valdek Azevedo
Indica a construção de quadra de grama sintética no bairro Carvalho, para atender jovens e crianças.

Vereador Elton Brum
Reitera pedido de agilidade nas obras da quadra de São Pedro, que segue interditada.

Informa sobre instalação de equipamento de pesagem de caminhões na entrada de São Pedro e sugere comunicação ao sindicato da categoria.

Vereador Luciano Blanc
Solicita ao setor competente a conclusão da instalação das lâmpadas de LED nos bairros onde o serviço foi interrompido.

Vereador Torinho 
Indica ao Executivo a construção de quadra de grama sintética no loteamento Ecard, atrás do Campestre.



Moções de Aplausos entregues na sessão

Moções apresentadas pelo vereador Ralph Kezen Leite
Caio da Silva Massena – aluno destaque no Simulado Avança Mais
Mateus Braga Pugione – aluno destaque no Simulado Avança Mais
Eliane do Nascimento dos Santos – diretora da Escola Manoel Miguel Souto
Renato Smith Nogueira – professor de Matemática e Educação Financeira
Diego Laranja Gouveia – diretor do time Ponte da Amizade Futebol Clube, bicampeão da 9ª Copa Noroeste Master
Luiz Mario Andrade Vicente – capitão do time Ponte da Amizade Futebol Clube, bicampeão da 9ª Copa Noroeste Master



Todas as proposições e moções em pauta foram aprovadas pelo plenário.

Ao final, o presidente Luís Carlos da Silva encerrou a sessão, agradecendo a presença de todos.































Prefeitura de Pádua atrvés da secretaria de obra da inicia serviços de patrolamento nos bairros Eccard e Divinéia

 O bairro Eccard iniciou, nesta semana, os serviços de patrolamento e terraplanagem destinados à implantação do futuro campo sintético ⚽️



As equipes já trabalham na regularização do solo, etapa essencial para garantir a qualidade e a segurança da estrutura que será instalada. 

Além do calçamento de diversas ruas, o bairro Divinéia, está sendo beneficiado com serviços de patrolamento nas vias, garantindo melhores condições de tráfego.





Carreta que transportava eletrodomésticos, tomba na RJ-186, em Santo Antônio de Pádua - RJ

 Um homem de 40 anos foi socorrido após a carreta que ele conduzia tombar na RJ-186, em Santo Antônio de Pádua, próximo ao município de Pirapetinga-MG, nesta segunda-feira, 1º de dezembro.



Segundo o CPRv, a guarnição foi acionada para atender à ocorrência do acidente e, ao chegar ao local, constatou que o motorista já havia sido socorrido por uma ambulância do município de Pirapetinga-MG.

Ainda de acordo com o CPRv, a carreta transportava eletrodomésticos e não teve a carga furtada.

Da redalção Jornal Sem Limites/

 Com informação do Jornal Na Boca do Povo







Monocultura do eucalipto no território fluminense: Miracema, Santo Antônio do Pádua e mais 3 cidades da região estão entre os cinco Distritos Florestais no Rio de Janeiro

 A retomada do debate em torno da monocultura do eucalipto no estado do Rio de Janeiro, capitaneada por grupos empresariais, setores do governo Claudio Castro (PL) e representantes de órgãos federais, exige uma reflexão crítica sobre os rumos da política agrária fluminense e seus possíveis impactos socioambientais.



O Fórum Florestal Fluminense (FFF), criado em 2008, vem se consolidando como um espaço estratégico de articulação entre representantes do setor industrial, governo do estado, de associações de classe e de órgãos de pesquisa federais e estaduais. Sua atuação recente, entretanto, revela a retomada de antigos projetos de expansão da monocultura do eucalipto — propostas já questionadas e barradas no passado pela sociedade civil organizada, em defesa dos interesses ambientais e territoriais da população fluminense.

É importante destacar que o Fórum Florestal Fluminense, surgiu a partir de uma parceria entre a Associação Profissional dos Engenheiros Florestais do Rio de Janeiro (APEFERJ), o Instituto BioAtlântica (IBio), a então empresa Aracruz Celulose (atual Suzano) e federações empresariais como a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN). Dentre os objetivos principais do Fórum Florestal Fluminense, podemos citar: discutir normas de licenciamento ambiental, fomentar políticas de incentivo à silvicultura industrial e a ampliação da cadeia produtiva florestal no estado. Desde sua origem, o Fórum defende a criação de mecanismos que facilitem a entrada, no território fluminense, de grandes empresas do setor de papel e celulose — especialmente a Suzano, já consolidada nos estados vizinhos do Espírito Santo e de São Paulo. 


Entre 2008 e 2016, o Fórum Florestal Fluminense promoveu diversos encontros em municípios como Campos dos Goytacazes, Nova Friburgo, Macaé e Rio Claro. Após um período de inatividade, o Fórum Florestal Fluminense retomou suas ações em outubro de 2021 e intensificou sua atuação em agosto de 2022, quando promoveu um evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Na ocasião, apresentou propostas para o “desenvolvimento florestal” no estado do Rio de Janeiro a representantes políticos, incluindo candidatos de “esquerda”, que pleiteavam o governo estadual e o parlamento fluminense.

Cabe destacar que, dentre os atores que compõem o Fórum, a FIRJAN tem se destacado como principal porta voz da expansão da monocultura do eucalipto no estado. A entidade vem promovendo eventos de grande visibilidade, como o seminário “Economia Verde: Firjan, Governo e Especialistas Analisam o Potencial Econômico da Silvicultura no RJ”, realizado em maio de 2023, lotando o auditório da própria FIRJAN.

Nesse encontro, lideranças empresariais como Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira (então presidente da FIRJAN) e Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo e presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) defenderam a silvicultura industrial como solução para “gerar empregos”, “recuperar áreas degradadas” e reduzir a dependência da madeira importada no estado do Rio de Janeiro — o que, segundo eles, representaria modernização e sustentabilidade econômica para o espaço agrário fluminense. Estiveram presentes também no evento, Thiago Pampolha – então Secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e Vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, Diogo Ladvocat – representante da Suzano, Joésio Perin – Vice-Presidente na STCP Engenharia, entre outros representantes de setores empresariais e da política fluminense. 



Entretanto, esse discurso da chamada “economia verde”, propagado por representantes do setor industrial, precisa ser questionado. Apesar de se autoproclamarem como defensores do reflorestamento e da sustentabilidade, o modelo promovido por esses grupos, baseia-se em plantações homogêneas de eucalipto — uma monocultura voltada majoritariamente à produção de celulose para exportação. Na prática, trata-se de um modelo agroexportador, altamente dependente de grandes extensões de terra, que tende a acentuar conflitos fundiários, aumentar a concentração da terra, pressionar os recursos hídricos, impactar a biodiversidade regional e aumentar a insegurança alimentar. Esses problemas e muitos outros já foram amplamente documentados em estados onde existe a monocultura do eucalipto em larga escala e a atuação da Suzano, tais como o Espírito Santo e a Bahia.

Muito embora o Rio de Janeiro ainda não possua extensas áreas de eucalipto (pouco mais de 20 mil hectares), novos empreendimentos estão sendo planejados, especialmente no Norte Fluminense. Destaca-se a atuação recente da empresa Tree Agroflorestal S.A, que projeta o plantio de cerca de 30 mil hectares de eucalipto em Campos dos Goytacazes — município historicamente marcado pela concentração fundiária, pelos conflitos no campo, pelo desmatamento e pela monocultura.

Buscando antecipar-se às críticas sociais e ambientais decorrentes das experiências negativas da monocultura do eucalipto em outros estados, o Fórum Florestal Fluminense, com apoio da FIRJAN e de setores do governo estadual, tem defendido a atualização dos dados sobre as terras disponíveis nos chamados Distritos Florestais (Decreto 45.597/2016), que somam um total de 600 mil hectares, sendo 324 mil hectares com “potencial” para a monocultura do eucalipto.

Atualmente, existem cinco Distritos Florestais no Rio de Janeiro, que abrangem municípios das regiões Norte1 (Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Italva, São Francisco do Itabapoana e Bom Jesus de Itabapoana), Norte 2 (Campos dos Goytacazes, Quissamã, Carapebus, Conceição de Macabu Santa Maria Madalena e Macaé), Noroeste (Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Santo Antônio do Pádua e São José de Ubá), Serrana (Carmo, São Sebastião do Alto e Cantagalo) e Médio Paraíba (Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Rio das Flores, Quatis, Valença e Vassouras).

A criação dos Distritos Florestais, alinhada com a mudança na legislação, através da aprovação da Lei Estadual nº 9.972/2023 (Política Estadual de Desenvolvimento Florestal), foi festejada por defensores da monocultura do eucalipto no evento da FIRJAN, pois as facilidades criadas pela nova legislação poderão garantir viabilidade para o projeto dos Distritos Florestais e da silvicultura industrial sair do papel. 

Com a nova lei, o governo estadual fará o licenciamento prévio dos Distritos Florestais, assim cada empresa ou grande produtor que se instalar nessas regiões precisará só de uma licença autodeclaratória. Essa lei facilitadora para a introdução da monocultura do eucalipto em larga escala foi aprovada pelos deputados estaduais no apagar das luzes da legislatura anterior (2019 – 2022) e o govenador Claudio Castro, sancionou no início do seu segundo mandato (janeiro de 2023), “passando a boiada” do licenciamento ambiental e “escancarando” o território fluminense para a monocultura do eucalipto. 

Essa estratégia em curso é vendida como uma forma de ordenamento produtivo de espaços ditos “abandonados” e, com isso, busca-se neutralizar críticas sobre os impactos fundiários, produtivos e ambientais da expansão da monocultura do eucalipto no RJ. Ao mesmo tempo em que afirmam existir terras suficientes para implantar projetos industriais, omitem os riscos de novas formas de territorialização do capital, que podem se dar por meio da subordinação de pequenos produtores à lógica empresarial do setor celulósico-papeleiro, marcado inclusive, pelo endividamento dos produtores que participaram da última tentativa frustrada de exportar essa atividade industrial para a região, empreendida pela então Aracruz Celulose\Fibria e pelo pai do atual prefeito de Campos e na época govenador do estado RJ, o senhor Anthony Garotinho.  Projeto fracassado que teve continuidade nas gestões de Sérgio Cabral\Carlos Minc e do governador Pezão, deixando um passivo de dívidas, abandono e perda de terras por partes dos produtores no Norte e Noroeste Fluminense.

A atual ofensiva em defesa da monocultura do eucalipto no Rio de Janeiro, liderada por setores empresariais e legitimada pelo Fórum Florestal Fluminense, representa, portanto, um projeto de reconfiguração territorial que ameaça a diversidade ambiental e social no estado do RJ. Sob o rótulo da “sustentabilidade” e da “economia verde”, observa-se a tentativa de expansão de um modelo produtivo concentrador, com graves implicações socioambientais, que representará, novamente, sérios riscos, para termos a formação de um deserto verde no estado do Rio de Janeiro.

A Rede Alerta contra os Desertos Verdes (RADV) vem a público avisar a sociedade que a rearticulação de grupos ligados à implantação da monocultura do eucalipto em larga escala tem avançado, sobretudo na alteração de legislações, tanto no campo estadual quanto municipal, com claro intuito de facilitar a expansão da área plantada com eucalipto e a chegada de uma grande empresa de papel e celulose. Tudo isso, com apoio político e utilização de recursos públicos, inviabilizando a construção de um projeto de reforma agrária popular e agroecológico, afetando a segurança hídrica nas bacias hidrográficas do estado e a soberania territorial fluminense.

Por todas essas razões, conclamamos a sociedade civil, os movimentos sociais, pesquisadores, universidades e outros setores, a reafirmar a necessidade de um debate público amplo, com diferentes segmentos da sociedade, com a presença das populações do campo que poderão ser afetadas pela monocultura do eucalipto. É necessário reorganizar as forças progressistas no campo estadual, para que sejam capazes de denunciar os impactos dessa política e propor alternativas de uso do território que priorizem a vida, a diversidade e a justiça socioambiental. 

Uma grande oportunidade está em curso, com o Projeto de Lei nº 5516/2025, de autoria da Deputada Estadual Marina do MST, que tem por finalidade alterar a Lei Estadual nº 9.972/2023 e a Lei Estadual nº 5.067/2007, tendo como objetivo, reforçar a proteção de solos, águas e biodiversidade na Política Estadual de Desenvolvimento Florestal, estabelecendo com nitidez a diferença entre floresta e monocultura

Mais do que nunca, é hora de irmos à luta!

Rede Alerta contra Desertos Verdes (RADV)