JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ

sábado, 6 de janeiro de 2024

Plano de saúde do servidor público reajusta em 8% mensalidade de funcionários acima dos 59 anos. Federação do funcionalismo diz que deve entrar com ação na Justiça

 


O Grupo Executivo de Assistência Patronal (Geap), plano de saúde exclusivo dos servidores públicos federais, estaduais e municipais reajustou em 8% o valor das mensalidades dos funcionários públicos que estão acima dos 59 anos de idade. As mudanças nas cobranças atingirão novos clientes e beneficiários correntes a partir de fevereiro.

É preciso ressaltar que, nas novas tabelas dos 58 planos da empresa, cerca de 20 deles apresentaram redução nas faixas etárias incluídas de 0 a 58 anos. Outros 38 planos tiveram aumentos para todas as faixas etárias. Apenas os servidores que tem 59 anos ou mais tiveram aumentos em todas as opções de planos.

Pode fazer isso?

Contratos de planos de saúde geralmente estão sujeitos a reajustes anuais e reajustes por mudança de faixa etária. Operadoras de planos de saúde, a fim de contornar restrições do Estatuto do Idoso – o qual proibiu reajustes após os 60 anos de idade do cliente – passaram a aplicar mudanças substanciais nos planos aos 59 anos.

Uma resolução da Agência Nacional de Saúde define que são proibidos aumentos para clientes acima de 59 anos superiores a seis vezes o valor da mensalidade da primeira faixa etária.

Sindicato deve entrar na Justiça

Por causa da mudança nas cobranças, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores Em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) analisa a possibilidade de adotar medidas judiciais e administrativas para contestar a recente decisão da Geap. Segundo a Fenasps, a medida foi aprovada pela Geap, mesmo com votos contrários apresentados no Conselho de Administração (Conad).

Moacir Lopes, dirigente da Fenasps, critica a decisão da Geap, sugerindo que se houver redução nas cobranças, ela deveria ser aplicada a todos os participantes do plano Geap Saúde. Ele argumenta que a Geap deveria concentrar esforços em atrair de volta os mais de 150 mil segurados que abandonaram o plano, propondo a cobrança por percentual em vez de faixa etária.

– É um absurdo a decisão da direção da GEAP, que fizeram alarde prometendo reduzir valor das mensalidades dos planos de saúde, mas omitiram que para reduzir mensalidades dos mais jovens, iriam aumentar o valor das contribuições dos participantes com idade acima de 59 anos. Por traz desta conversa fiada, tem pano de fundo: excluir todos participantes do pleno com idade acima de 59 anos, que são a maioria dos participantes do plano GEAP – destaca.

Por e-mail...

Em comunicado feito aos clientes, a Geap informou o seguinte:

"Antes que o ano termine, queremos dar uma notícia muito importante para você. Depois de dez anos, a GEAP e o Governo Federal estão celebrando um novo Convênio. Isso é uma obrigação legal entre as partes. Este novo acerto terá vigência a partir de fevereiro de 2024. Sua assinatura resulta na revisão da nossa tabela de preços.

Em nome do bom relacionamento que criamos, trazemos a tabela com os novos preços de todos os nossos planos. Em muitos deles, o preço caiu, o que é inédito na história da Geap."

Em entrevista a podcast

Em dezembro, o diretor-presidente da entidade, Douglas Figueiredo, destacou que a Geap reduziria os preços das mensalidades para 2024. A fala foi dada em entrevista ao podcast dos Correios.

Outros pontos prometidos pelo gestor em relação ao serviço oferecido para o funcionalismo público foi o aprimoramento do atendimento e a redução do prazo de autorização de consultas. Segundo as falas de Figueiredo, a empresa foi muito impactada pela pandemia do coronavírus-19. Agora, no entanto, a Geap conseguiu reverter a perda de beneficiários nos últimos dez meses e estuda a revisão dos preços aplicados nas cobranças.

Posicionamento do grupo

Procurada, a Geap não ainda retornou às demandas.


Por Gustavo Silva — Rio de Janeiro

Rio Muriaé atinge cota de alerta em Itaperuna

  


Secretaria Municipal de Segurança, Proteção e Defesa Civil de Itaperuna emitiu um alerta na manhã desta sexta-feira (5) informando que o nível do Rio Muriaé atingiu sua cota de alerta.

A cota de alerta é de 3,40 metros, e na medição feita às 10h15, o nível do rio estava em 3,58 metros. Já na uma medição, feita ás 21h15, o nível estava em 3,67 metros.

A Defesa Civil pede à população ribeirinha que fique atenta às informações e notas do órgão nas redes sociais da Prefeitura para que tome as devidas medidas de prevenção.

A previsão do tempo para Itaperuna nesta noite de sexta-feira é tempo firme.

Cotas do Rio Muriaé em Itaperuna:

🟡Cota de Atenção: 2,90m;

🟠Cota de Alerta: 3,40m;

🔴Cota de Inundação: 4,00m.

A Defesa Civil orienta a população ribeirinha a tomar as seguintes precauções:

- Ficar atenta às informações da Defesa Civil;

- Manter documentos importantes em local seguro;

- Preparar um kit de emergência;

- Se possível, deixar o local de risco;

Em caso de necessidade, acionar a Defesa Civil pelo telefone 199.






















Rio Itabapoana transborda em Bom Jesus do Itabapoana


 O rio Itabapoana, que corta o município de Bom Jesus do Itabapoana, no estado do Rio de Janeiro, ultrapassou sua cota de transbordo na manhã desta sexta-feira (5). A cota de transbordo do rio é de 3,1 metros, e na medição feita às 8h da manhã, o nível estava em 3,15 metros, cinco centímetros acima do transbordo.

A Defesa Civil do município informou que não há registro de desabrigados ou desalojados, mas que está monitorando a situação. O órgão pede à população que se mantenha em alerta, pois ainda há previsão de chuva na região.

As ruas do bairro Pimentel Marques, na área urbana de Bom Jesus do Itabapoana, foram as primeiras a ficarem alagadas. A Defesa Civil informou que está realizando o monitoramento da situação e que, caso seja necessário, será feito o trabalho de remoção de famílias.

Foto: Águas Caparaó



















Morre a lenda Zagallo, o único tetracampeão mundial de futebol, morreu no RJ, aos 92 anos

 


A lenda Mário Jorge Lobo Zagallo, o único tetracampeão mundial de futebol, morreu no Rio de Janeiro, aos 92 anos, nesta sexta-feira (5). A informação foi confirmada pela assessoria do ex-jogador. Zagallo é uma das maiores lendas do futebol.

Veja a seguir a nota de pesar publicada nas redes sociais do ex-jogador:

"É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mario Jorge Lobo Zagallo.

Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas.

Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa."



Carreira

Zagallo nasceu em Atalaia (AL) e foi para o Rio de Janeiro logo aos 8 meses de vida. Foi morar na Tijuca, bairro da Zona Norte com o qual desenvolveu uma relação próxima durante toda a vida.

Das peladas no Maracanã – antes mesmo da inauguração do estádio –, Zagallo passou pelas categorias de base do América, que tinha sede na Tijuca, antes de ir para o Flamengo.

Aos 18 anos, foi convocado para servir o Exército e deu início à sua relação com copas do mundo. Começou com um revés. Fez a segurança das arquibancadas do Maracanã na derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa de 1950. Foi testemunha, portanto, do fatídico Maracanazzo.

Tornou-se tornando profissional como ponta-esquerda e foi tricampeão carioca pelo Flamengo, de 1953 a 1955.

Em 1958, conquistou junto com a seleção brasileira a primeira Copa do Mundo da história do país, com direito a gol na final contra a Suécia (5 a 2). Era apelidado de Formiguinha, por correr muito e ajudar na marcação do meio-campo – algo raro para atacantes à época.

Quatro anos depois, já como atleta campeão pelo Botafogo, foi bicampeão mundial com a seleção como jogador na Copa da 62.

Em 1964, se aposenta como jogador e começa a carreira de treinador, começando pelo Botafogo.

Meses antes da Copa de 70, assume a seleção no lugar de João Saldanha. Acabou comandando Pelé e companhia para o tricampeonato mundial. Para muitos, foi a melhor seleção de todos os tempos.



O tetra veio em 1994. Como coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira, Zagallo participou da campanha na Copa dos Estados Unidos.

Por pouco, não foi penta: como técnico da seleção, chegou à final da Copa de 1998, mas a equipe foi derrotada pela França de Zidane.

O visual do Zagallo treinador de 1998, aliás, foi o escolhido para a homenagem no Museu da Seleção, na sede da CBF, no Rio. No ano passado, o Velho Lobo foi conferir – e aprovou – seu boneco de cera (veja no vídeo abaixo). "Tá bom demais (...) Quer trocar comigo?", brincou. "Jamais pensei em poder bater um papo com o Zagallo."

Zagallo ainda foi treinador no Rio dos outros três times grandes (Flamengo, Vasco e Fluminense) e do Bangu, além das seleções de Kwait, Emirados Árabes e Arábia Saudita – onde também comandou o Al Hilal, o atual time de Neymar.

'Vão ter que me engolir!'

Em 1997, ao vencer a Copa América, Zagallo disparou uma de suas frases célebres, em ataque aos críticos da seleção: "Vocês vão ter que me engolir".


As brincadeiras com o número 13 eram rotineiras. Quando tinha a oportunidade de citar uma frase com 13 letras, não perdia a chance.


"Brasil campeão tem 13 letras, e Argentina vice também", bradou ao vencer nos pênaltis os rivais na final da Copa América de 2004.


Também usou a contagem para incentivar a população a tomar vacina contra a Covid em 2021: "Dose de reforço tem 13 letras".


"O 13 veio aliado à minha esposa, quer era devota de Santo Antônio [celebrado em 13 de junho], sinônimo de fé", dizia.


Treze também foi o dia em que se casou com a mulher, Alcina, que também fazia aniversário no dia 13. Também é "31" ao contrário – ano de nascimento de Zagallo.


Zagallo eterno tem 13 letras.


Morre Zagallo, uma das lendas do futebol brasileiro


Por Wesley Bischoff, g1







sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Farmácia Popular distribuiu R$ 7,4 bi a falecidos de 2015 a 2020. Levantamento das fraudes foi feito pela Controladoria-Geral da União


 Programa tradicional de distribuição gratuita ou com desconto de 90% de remédios subsidiados pelo Ministério da Saúde, o Farmácia Popular distribuiu, entre julho de 2015 e dezembro de 2020, R$ 7,43 bilhões em medicamentos a pacientes falecidos. O programa também vendeu R$ 2,57 bilhões em medicamentos sem nota fiscal que comprovasse a compra pelo estabelecimento credenciado.

As conclusões constam de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo o relatório, os problemas decorreram da falta de um controle maior nos ressarcimentos às farmácias onde os medicamentos são retirados. Isso porque a fiscalização ocorre, na maior parte dos casos, a distância e de forma manual.

No caso da distribuição a pacientes falecidos, a CGU cruzou o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do paciente com autorizações emitidas pelo Ministério da Saúde e informações do Sistema Nacional de Registro Civil (Sirc), do Sistema de Controle de Óbitos do Ministério da Previdência (Sisobi) e do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do DataSus.

“A situação denota desperdício de recursos públicos e fraude cometida pelo particular que efetua a compra, burlando os controles na farmácia, ou pelo próprio estabelecimento”, destacou a CGU no relatório.

Em relação à venda sem nota fiscal, a auditoria constatou que os gastos com remédios sem nota fiscal equivaleram a 18,5% dos R$ 13,8 bilhões desembolsados pelo Farmácia Popular no período da investigação. Ao analisar 362 milhões de registros de venda nesse intervalo, 17,4% não estavam cobertos por estoque de medicamentos amparados em documentação fiscal.

No Farmácia Popular, os estabelecimentos credenciados repassam aos pacientes os medicamentos com desconto de 90% em relação ao valor de referência. Os remédios para o tratamento de hipertensão, diabete e asma são distribuídos de forma gratuita. Os comerciantes são ressarcidos pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, do Ministério da Saúde, que subsidia a aquisição dos medicamentos.

Amostragem

A fiscalização foi realizada por meio de amostragens em farmácias e drogarias credenciadas em cinco estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraíba. Nesses estabelecimentos, foram analisados os registros diários de entradas e saídas, comparados com as notas fiscais eletrônicas da Receita Federal. Segundo a CGU, esse método é mais eficaz que o procedimento tradicional de verificação mensal consolidada.

Após a fiscalização eletrônica, os técnicos inspecionaram fisicamente os estabelecimentos para confirmar a eficácia da ferramenta desenvolvida. Os comerciantes que cometeram irregularidades, destacou a CGU, podem sofrer punições, como a devolução dos recursos, o pagamento de multa e até descredenciamento do programa.

Recomendações

Para diminuir os prejuízos, a CGU recomendou a elaboração de um plano de tratamento de risco, semelhante aos adotados pela inteligência da Receita Federal, e o descredenciamento de estabelecimentos que não comprovarem as vendas com nota fiscal. O órgão também aconselhou o aprimoramento de mecanismos de controle que atestem a presença do beneficiário final no ponto de venda e adoção de medidas para recuperação dos recursos pagos indevidamente.

O relatório recomendou que o Ministério da Saúde utilize o sistema Sentinela, que poderá ser disponibilizado pela própria CGU, ou outra aplicação com metodologia semelhante para reforçar os controles de primeira linha de defesa. Segundo a CGU, esse sistema automatiza a circulação das informações de distribuição de remédios ante a comprovação da efetiva e regular compra dos medicamentos no mercado.

O Ministério da Saúde informou que avalia o resultado e as recomendações da auditoria da CGU. A pasta não forneceu mais detalhes.

Repressão a fraudes

Fraudes no Programa Farmácia Popular não são incomuns e têm sido reprimidas pelo governo. Em setembro, a Polícia Federal (PF) cumpriu 62 mandados de busca e apreensão contra acusados de vendas fictícias de medicamentos em quatro estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas e Ceará.

As investigações começaram em outubro de 2022, com base em notícia da venda fictícia de medicamentos por uma rede de farmácias com atuação na Região Sul do país. Os acusados usavam indevidamente dados de cidadãos para fraudar compras por farmácias. Segundo a PF, os investigados responderão, em tese, pelos crimes de estelionato contra a União, falsificação de documento particular, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso.


Edição: Marcelo Brandão