JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ

segunda-feira, 8 de março de 2021

Mulheres ainda são minoria em cargos de liderança e na ciência

 Apesar da luta histórica das mulheres por igualdade, a presença feminina em postos de liderança e em áreas de destaque, como a ciência e a política, ainda é menor que a masculina.



De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), atualmente, elas são cerca de 54% dos estudantes de doutorado do Brasil. Mas tanto aqui como no resto do mundo, essa participação varia de acordo com a área do conhecimento. Nas ciências da saúde, por exemplo, as mulheres são maioria (mais de 60%), mas nas ciências da computação, engenharia, tecnologia e matemática elas representam menos de 25%, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Globalmente, ainda de acordo com a ONU, menos de 30% dos pesquisadores e cientistas são mulheres.

Para a dermatologista Valéria Petri, primeira médica a detectar o HIV no Brasil, em 1982, as mulheres são sinônimo de coragem e força. Elas não costumam desistir, não recusam desafios e estão sempre dispostas a mostrar seu valor.

Profa. Valeria Petri

Para a dermatologista Valéria Petri, primeira médica a detectar o HIV no Brasil, em 1982, as mulheres são sinônimo de coragem e força- Divulgação/UNIFESP

"Tem o 8 de março que faz as pessoas dizerem assim: ah eu adoro as mulheres. É? Não diga. Tem o 8 de março que aparecem as mulheres que tem a coragem que eu nunca tive. Vou te dizer que coragem elas têm. Elas acordam às 4h da manhã, pegam um transporte, dois transportes, ou três e chegam no trabalho. Seja o que for que ela for fazer, ela está gostando do que ela faz, ela capricha. Ela se diverte, ela se sente bem e ela mostra o que ela é mesmo. Uma pessoa que contribui com a humanidade. É isso que é a mulher”, afirma a médica.

Valéria relembra que, no surgimento dos primeiros casos de HIV no Brasil, a síndrome foi tratada, a princípio, com preconceito, principalmente entre alguns médicos homens. "Eu não recuso, nem as mulheres recusaram. As mulheres não recusaram. Agora, os homens da época ficaram até bravos comigo quando eu mandava pacientes para serem examinados em outras áreas. Alguns diziam: você não me manda estes pacientes porque eu não quero. Por que? Porque para os homens é mais difícil lidar com a transgressão”, afirma.

Mesmo atuando em ambulatórios, Valéria conta que sempre se interessou pela pesquisa científica e pela publicação de seus estudos em livros e revistas da área de saúde.

"Pesquisa é o que a gente faz o tempo todo. Quando você examina um paciente, você precisa saber tudo a respeito daquele caso, você vai procurar. Enquanto eu não resolvesse, eu não sossegava. Depois você se entusiasma para publicar os casos porque é parte do dever acadêmico. Você participa das reuniões científicas, você se relaciona com as pessoas no nível nacional e internacional. Eu fui fazendo isso como um processo natural mesmo, e eu precisava vencer. Porque eu não ia desistir no caminho”, conta.

Depois da descoberta na década de 80, a médica ganhou prestígio internacional, publicou vários livros e chegou a ocupar o cargo de vice-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), instituição da qual ela é professora titular desde 1996.

Mulheres no esporte

A presença de mulheres em rotinas pesadas de treinos e competições é um fenômeno recente. Ao longo da história, o mito da fragilidade feminina ficou para trás e elas passaram a conquistar destaques, medalhas e pódios, tanto no nível do esporte amador quanto profissional.

É o caso da ex-ginasta Laís Sousa, que ficou internacionalmente conhecida com suas acrobacias e saltos ao fazer parte da equipe de ginástica artística brasileira.

Rio de Janeiro - A ex-ginasta Laís Souza durante a divulgação do uniforme e de seu nome como participante do revezamento da tocha olímpica, no Comitê Rio 2016, na Cidade Nova  (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A ex-ginasta Laís Souza ministra palestras e fala de suas experiências no esporte e fora dele - Tomaz Silva/Arquivo Agência Brasil

O esporte chegou para a paulista de Ribeirão Preto de forma inesperada, quando ela tinha 4 anos. "Eu fui fazer uma visita onde o meu irmão fazia judô e, bem do lado, tinha um ginásio de ginástica e eu acabei me apaixonando e as meninas lá pulando, fazendo mortais, fazendo coreografia e eu me empolguei. Achei legal, me passou uma sensação de liberdade. Foi assim que a ginástica surgiu na minha vida.”

Aos 15 anos ela representava o Brasil em sua primeira Olimpíada, em Atenas, na Grécia. Depois disso veio outra participação, em Pequim, na China, em 2008. Em 2014, Laís sofreu um acidente quando se preparava para as Olimpíadas de Inverno de Sochi, na Rússia, onde competiria no esqui. A ex-ginasta ficou tetraplégica.

A nova condição mudou totalmente a vida de Laís. "A sensação que eu tenho é que eu vivia dentro de uma casquinha de ovo, feita para fazer aquele tipo de repetição dentro do ginásio, de correr atrás de um corpo perfeito, de séries, coreografias perfeitas e, de repente, eu me vejo sem os movimentos, voltando para um bairro totalmente pobre na cidade onde eu nasci”, conta.

Hoje, ela ministra palestras e fala de suas experiências - tanto no esporte como fora dele - a um público diversificado. Para Laís, ser mulher é lidar com desafios diários e vencer obstáculos sem se calar.

"A gente está conquistando [espaço] pouco a pouco. Tem bastante pra comemorar, mas ainda têm mulheres que, com essa pandemia, estão apanhando em casa. Cada minuto que passa tem uma mulher que está sofrendo algum tipo de maus tratos. Então, acho que a gente não pode relaxar em nenhum momento”, afirma.





















Mulheres têm conquistas, mas caminho ainda é longo para igualdade

 Ser mulher é enfrentar um desafio diferente todos os dias. É superar barreiras, muitas vezes, invisíveis. Apesar de serem a maioria da população brasileira (51,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE), elas ainda enfrentam cenários desiguais, seja na divisão das tarefas domésticas ou nos ganhos no mercado de trabalho. Muitas vezes, elas assumem tripla jornada. Saem para trabalhar, cuidam da casa, dos filhos. Em vários lares, elas são arrimo e sustentam sozinhas suas famílias. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), em 2018, 45% dos domicílios brasileiros eram comandados por mulheres.


Mas, apesar de liderarem casas e assumirem as contas, as mulheres ainda têm de lidar com a discriminação. Estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostra que 90% da população mundial ainda tem algum tipo de preconceito na questão da igualdade de gênero em áreas como política, economia, educação e violência doméstica.

Segundo o estudo, que analisou dados de 75 países, cerca de metade da população considera que os homens são melhores líderes políticos do que as mulheres, e mais de 40% acham que os homens são melhores diretores de empresas. Além disso, 28% dos consultados consideram justificado que um homem bata na sua esposa. Apesar da longa jornada enfrentada por elas ao longo da história, os números mostram que ainda há muito a caminhar.

Marco histórico

Considerado marco histórico na luta das mulheres por mais oportunidades e reconhecimento, o 8 de março foi instituído como Dia Internacional da Mulher, pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975.

Muitos historiadores relacionam a data a um incêndio ocorrido, em 1911, em Nova York, no qual 125 mulheres morreram em uma fábrica têxtil. A partir daí, protestos sobre as más condições enfrentadas pelas mulheres trabalhadoras começaram a ganhar espaço.

Mais de um século depois, as mulheres seguem na luta por igualdade de direitos

UN Tribunal Judges,Martha Halfeld Furtado de Mendonça Schmidt

A juíza brasileira Martha Halfeld é a primeira mulher a ocupar a presidência do Tribunal de Apelações da ONU - UN Photo/Loey Felipe

Para a juíza Martha Halfeld, primeira mulher a ocupar a presidência do Tribunal de Apelações da Organização das Nações Unidas, não há mais espaço para a ideia de “concessão masculina”. Tudo o que as mulheres conseguiram, ao longo da história, foi com base em muito trabalho, dedicação e suor. Na visão da juíza, o 8 de março deve ir muito além de flores ou presentes.

"Oferecer a rosa, pode ser visto como: eu te concedo uma assistência. Eu, homem, te concedo aquilo. Hoje, não existe mais espaço para eu concedo. Não, nós conquistamos. E nós conquistamos com muito trabalho um espaço de perfeita igualdade em termos intelectuais, pelo menos. Temos tanta capacidade intelectual quanto qualquer homem”, afirma Halfeld que permanece na presidência da Corte até janeiro de 2022 e segue na ONU até 2023.

Livro como arma

Para conquistar um espaço na academia e na literatura, a mineira Conceição Evaristo sabe o quanto teve de lutar. Sua primeira arma foi o livro, que a acompanhou desde a infância pobre vivida em Belo Horizonte. "Eu não tinha muita coisa em termos materiais. Brinquedo era uma coisa rara, passear era uma coisa muito rara, viajar muito menos. Então, o livro vem preenchendo um vazio. A escola onde estudei os meus primeiros anos primários tinha uma biblioteca muito boa. Desde menina, eu sempre gostei de leitura.”, conta.

Segunda de nove irmãos, a escritora foi criada pela mãe e por uma tia. Conceição, que trabalhou como empregada doméstica e lavadeira, foi a primeira da família a conseguir um diploma universitário.

Depois da graduação, veio o mestrado, o doutorado e as aulas em universidades públicas. Em paralelo aos estudos, ela se dedicava a outra paixão: a escrita. Seus  contos e poemas foram publicados na Série Caderno Negros, na década de 1990, e seu primeiro livro, o romance Ponciá Vicêncio, foi publicado em 2003.

Conceição Evaristo

Para escritora Conceição Evaristo, o 8 de março é um momento de reflexão e vigília constante - Marcello Casal JrAgência Brasil

Em 2019, foi a homenageada do Prêmio Jabuti, um dos mais importantes da literatura brasileira. "Foi preciso um prêmio me legitimar. Enquanto eu não ganhei o Jabuti, as pessoas não acreditaram que estavam diante de uma escritora negra”, afirma.

Reconhecida como uma das escritoras brasileiras mais importantes da atualidade, Conceição conta que as barreiras que teve de enfrentar por toda sua vida foram o combustível para suas obras. "A minha escrita é profundamente contaminada pela minha condição de mulher negra. Quando eu me ponho a criar uma ficção, eu não me desvencilho daquilo que eu sou. As minhas experiências pessoais, as minhas subjetividades, o lugar social que eu pertenço, isso vai vazar na minha escrita de alguma forma.”

Para ela, o 8 de março é uma data para ser celebrada, mas também um momento de reflexão e de vigília constante. "Todas as mulheres precisam ficar alertas àquilo que é do nosso direito, àquilo que nós temos de reivindicar sempre porque nada, nada nos é oferecido, tudo é uma conquista”, conclui.

Edição: Lílian Beraldo

JORNAL SEM LIMITES explica seus direitos no momento da vacinação: Pedir informações e filmar a aplicação são direitos do cidadão

 As vacinas contra o novo coronavírus começaram a ser aplicadas na população brasileira na segunda quinzena de janeiro. Entre os diversos imunizantes que têm sido desenvolvidos por laboratórios em todo o mundo, os primeiros autorizados no Brasil foram a vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e a vacina feita pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Para ser usada no Brasil, as vacinas precisam ter o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


Como quantidade de doses importadas e produzidas no país ainda não é capaz de atender a toda a população, a vacinação está sendo feita em etapas, priorizando os grupos mais expostos, como os profissionais de saúde e os de risco, como os idosos.

No entanto, na medida em que a vacinação avança, também foram detectadas fraudes, como o caso de uma enfermeira de Niterói (RJ) que foi indiciada pela polícia por ter simulado a aplicação da vacina em um idoso. Denúncias semelhantes foram registradas em várias partes do país. Por isso, a Agência Brasil ouviu especialistas sobre os direitos do cidadão no momento da imunização.

Direito à informação

Todas as pessoas que forem receber a vacina contra a covid-19 têm direito a pedir informações sobre o imunizante e detalhamento dos procedimentos de aplicação. “É uma questão de saúde pública. Tem direito de perguntar sobre a origem da vacina, quais foram os cuidados tomados, aquelas informações que já não foram disponibilizadas anteriormente”, diz o jurista Acacio Miranda.

Assim, a pessoa e um eventual acompanhante têm o direito de pedir esclarecimentos sobre os procedimentos e sobre a própria vacina. Também pode pedir para checar o frasco de onde foi tirado o medicamento, desde que não interfira na segurança da aplicação. “Ele não pode tocar na ampola. Pode olhar, pode exigir que seja informada cada etapa, até o descarte da seringa”, acrescenta a especialista em direito público Jocinéia Zanardini.

Filmar ou fotografar

Também é possível filmar ou fotografar a vacinação. Miranda ressalta que nesses casos o único cuidado é preservar a imagem do profissional de saúde responsável pela aplicação. “Como regra a pessoa pode filmar, desde que resguarde os diretos de imagem dos profissionais da saúde. Ela pode fazer uma autoimagem, um vídeo dela mesma”, explica.

Isso, no entanto, pode ser alterado caso as prefeituras, governos estaduais ou o governo federal editem decretos, ou caso sejam aprovadas leis que regulamentem a captação de imagem nos estabelecimentos de saúde ou durante a vacinação. Porém, os responsáveis locais, como gerentes de unidades básicas de saúde, não têm poder para proibir filmagens.

A presença de um acompanhante durante a imunização está prevista no Estatuto do Idoso.

Irregularidades

Caso suspeite de alguma irregularidade, a pessoa que está recebendo a vacina pode pedir a presença de um superior hierárquico. Se não for suficiente, podem ser acionadas a ouvidoria do município ou o Ministério Público.

Há ainda a possibilidade de registrar um boletim de ocorrência, caso a vacina não seja efetivamente aplicada com artifícios como a seringa vazia ou com outro produto que não o imunizante. “É um crime, peculato, está desviando um bem público: a vacina é um bem público”, ressalta Jocinéia.

Polícias Militar e Civil planejam combate ao crime no Noroeste Fluminense

 Com o objetivo de criar um planejamento conjunto para ações voltadas a diminuição dos índices de criminalidade, foi realizada na última semana uma reunião coordenada pelo coronel PM Menezes, que está a frente do 6º Comando de Policiamento de Área (CPA) da PMERJ, e pelo chefe do 6º Departamento de Polícia de Área (DPA) da PCERJ, delegado Geraldo Rangel de Andrade Júnior.

Participaram do encontro os comandantes do 29º BPM (Itaperuna), tenente-coronel Ricardo Alexandre da Cruz Aguiar; do 36º BPM (Santo Antônio de Pádua), coronel João Carlos Alves Ribeiro e o subcomandante tenente-coronel José Maurício Alonso Pinheiro; o Chefe da P/3 e Subchefe Operacional do 6º CPA além dos delegados da 136ª DP (Santo Antônio de Pádua), Mario Cesar Monerat Viana; 137ª (Miracema), Gesner César Bruno; 140ª (Natividade), Henrique Vitor Lobato e 142ª (Cambuci), Avelino da Costa Lima Filho.

Por meio da 6ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), as Polícias Militar e Civil buscam a integração entre o policiamento ostensivo e investigativo, proporcionando maior compartilhamento de informações e eficiência em ações.



Detran-RJ abre mais dez postos para emissão de carteiras de identidade na região

 O Detran-RJ abre, a partir desta segunda-feira (8), mais dez postos para a realização do serviço de identificação civil. O órgão regularizou o processo de contratação de nova empresa terceirizada que realiza esse serviço. Com isso, já são 94 postos em operação no estado.


O atendimento está retornando gradativamente, pois a nova empresa está em fase de treinamento de seu quadro funcional. Por isso, nesta segunda, será possível retirar carteiras já prontas nas novas unidades abertas, localizadas no interior do estado fluminense, e nos dias seguintes, agendar o serviço.

Nos locais do Detran, é possível emitir a 1ª e 2ª vias do documento, enquanto os postos do Poupa Tempo fazem exclusivamente a 2ª via. As dez unidades que estão sendo abertas nesta segunda-feira são: Barra do Piraí, Búzios, Itaboraí, Itaperuna, Nova Friburgo, Petrópolis – Shopping Estação Itaipava; Porciúncula, Quissamã, Resende e Rio das Ostras.

O agendamento para os serviços pode ser realizado pelo site: www.detran.rj.gov.br ou pelos telefones (21) 3460-40403460-4041 e 3460-4042. O horário do agendamento por telefone será das 6h às 21h.

Confira as 94 unidades que oferecem os serviços:

– Sede (Centro do Rio);
– Américas Shopping;
– Angra dos Reis;
– Aperibé;
– Arraial do Cabo;
– Barra do Piraí;
– Barra Mansa;
– Belford Roxo;
– Bom Jardim;
– Búzios;
– Cabo Frio;
– Cachoeiras de Macacu;
– Cambuci;
– Campo Grande;
– Campos dos Goytacazes;
– Campos dos Goytacazes – Shopping Estrada;
– Cardoso Moreira;
– Ceasa;
– Center Shopping
– Com. Levy Gasparian;
– Conceição de Macabu;
– Cordeiro;
– Downtown Shopping;
– Duas Barras;
– Duque de Caxias – Saracuruna;
– Eng. Paulo de Frontin;
– Gávea;
– Guapimirim;
– Ilha do Governador;
– Itaboraí;
– Itaguaí – Shopping Mix;
– Italva;
– Itaperuna;
– Japeri;
– Jardim Guadalupe Shopping;
– Largo do Machado;
– Macaé;
– Macuco;
– Magé;
– Mangaratiba;
– Maricá;
– Méier;
– Mesquita;
– Miguel Pereira;
– Miracema;
– Natividade;
– Nilópolis;
– Niterói – Fonseca;
– Niterói Shopping;
– Nova Friburgo;
– Nova Iguaçu Shopping;
– Ouvidor – 15º Ofício;
– Paracambi;
– Paty do Alferes;
– Paraíba do Sul;
– Parque Maré – Nova Holanda;
– Penha Shopping;
– Petrópolis;
– Petrópolis – Shopping Estação Itaipava
– Pinheiral;
– Piraí;
– Porciúncula;
– Queimados;
– Quissamã;
– Resende;
– Rio Bonito;
– Rio Claro;
– Rio das Ostras;
– Santa Mª Madalena;
– Santo Antônio de Pádua;
– São Gonçalo – Neves;
– São Fidélis;
– São João de Meriti;
– São José de Ubá;
– São José do Vale do Rio Preto;
– São Sebastião do Alto;
– Sapucaia;
– Saquarema;
– Silva Jardim;
– Shopping Via Brasil;
– Sulacap;
– Sumidouro;
– Tanguá;
– Teresópolis;
– Trajano de Morais;
– Vaz Lobo;
– Vila Isabel – Shopping Iguatemi;
– Valença;
– Varre – Sai;
– Volta Redonda;
– West Shopping;
– Rio Poupa Tempo Bangu (somente 2ª via);
– Rio Poupa Tempo São João de Meriti (somente 2ª via);
– Rio Poupa Tempo Duque de Caxias (somente 2ª via).

domingo, 7 de março de 2021

Por que 8 de março é o Dia Internacional da Mulher?

 As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento.


Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período.



O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.



Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.



Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra - em um protesto conhecido como "Pão e Paz" - que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.


Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.


"O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países", explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas (Unicamp).

No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.



Fonte: Nova Escola