JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ

sábado, 3 de outubro de 2015

Saiba quem foi Tânia Maria da Silva e como ela morreu no Hospital Helio Montezzano!



Despedida de uma grande amiga Tânia Maria da Silva,saudades,saudades eternas!




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"Eu quero uma casa no campo, onde eu possa contar com meus amigos, meus discos e muita Paz"
Quero por perto os verdadeiros amigos e qualidade de VIDA. Assim Seja! Publicado em  12 de agosto.

 

Muito bom! Amo demais meus dois filhos! Marcus Vinicius Da Silva Milagres, e Yuri Marx. E ainda sobra um grande espaço em meu coração, para Amar os meus filhos do coração! Coração de mãe sempre cabe mais um! Publicado em 14 de abril














COMEÇO COM ELA MESMO SE APRESENTANDO EM UMA CARTA ESCRITA EM 2011

  "HISTÓRICO E PROPOSTAS QUE JÁ FIZ PARA O CAPS- SANTO ANTONIO DE PÁDUA - RJ - BRASIL 


Carta de apresentação


Sou Tânia Maria da Silva, hoje moro em Santo Antônio de Pádua, trabalhei em diversas áreas, como comerciaria, atuei em Jornal Regional de terceiros, e posteriormente montei o meu; “Opção”. E agora, depois dos filhos, formados, resolvi entrar para a Universidade, que hoje representa para mim, mais um objetivo, o de continuar aprendendo e ajudando a formar cidadãos.
Estou cursando o 5º período de Licenciatura em Pedagogia na FAETRJ, e tenho alguns Projetos que fiz, diante da necessidade de um trabalho mais pedagógico e prazeroso, dirigido a adultos e crianças.
O trabalho a que me refiro agora, é dirigido aos usuários dos CAPS –
Centro de Atenção Psicossocial, Que deveria ser um Hospital dia, mas com a falta de recursos, em alguns municípios, tornou-se simplesmente uma casa de acolhimento. Sendo que alguns oferecem pouquíssimas oficinas para entreter e socializar seus frequentadores. Quiçá um posto de atendimento médico sem humanização e alternativas para, pessoas que tem sofrimento mental terem um ponto de referência para tomar remédio, ir à médico, almoçar e ir embora após a refeição.
O Transtorno Mental requer mais que um tratamento objetivo, um prato de comida, LOAS, remédios e um tratamento muitas vezes, por parte de alguns funcionários, totalmente frio e distante. Todos sabem de Hospitais referência como o Pinel, que tem até uma rede de TV. Sei que ainda é uma proposta inusitada para o interior, mas, em Pádua por exemplo, o psicólogo Allan Aguiar, vêm fazendo um trabalho maravilhosos na Ilha da Convivência, que o Jornal da Ilha, onde todos, tem vez e voz. Mas por falta de dinheiro, vinha sendo editado dentro das possibilidades financeiras do grupo.
Diante do exposto, venho propor aos senhores que avaliem o Projeto que Idealizei para o CAPS, que uma proposta de Letramento e Recreação, para os usuários que se propõe a priori, trabalhar com atividades lúdicas, abordando vivências do cotidiano de cada um, procurando nortear o usuário para um resgate de identidade e cidadania. Sendo feito de forma suave e gradual, acompanhando as necessidades individuais e coletivas.
Para eliminar qualquer preconceito, me apresento também, como usuária do CAPS de Santo Antônio de Pádua, há 17 anos, conhecendo intimamente o sofrimento Mental e o esforço que travo todos os dias, para poder continuar a trabalhar, estudar e ser útil à Sociedade de alguma forma. Eu amo Trabalhar e peço aos senhores que me concedam a oportunidade de mostrar o meu potencial, tendo mais uma oportunidade de aprender e principalmente ter a minha independência financeira, longe das cadeiras do INSS. Para isso, peço que façamos uma experiência de mão dupla, e me dê a oportunidade de trabalhar no que amo e ter uma remuneração para viver.
Conto com a apreciação dos senhores do Projeto de Letramento e Recreação, agradecendo desde já a atenção:Escrito em 2011 por Tânia Maria da Silva."


22 de junho · 

• "Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: Vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas ajuizadas".
• "É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade..."
• “Para navegar conta a corrente são necessárias condições raras: espírito de aventura, coragem, 
perseverança e paixão.”
• “Todo mundo deve inventar alguma coisa, a criatividade reúne em si várias funções psicológicas importantes para a reestruturação da psique. O que cura, fundamentalmente, é o estímulo à criatividade.”
• “Desprezo as pessoas que se julgam superiores aos animais. Os animais tem a sabedoria da natureza. Eu gostaria de ser como o gato: quando não se quer saber de uma pessoa, levanta a cauda e sai. Não tem papo.”
• “Eu me sinto bicho. Bicho é mais importante que gente. Pra mim o teste é o bicho, se não passar por ele, não tem vez. Freud disse que quem pensa que não é bicho, é arrogante.”
• “Porque passei pela prisão, eu compreendo as pessoas e os animais que estão doentes, pobres, que sofrem. Eu me identifico com eles. Sinto-me um deles.”
• “Só os loucos e os artistas podem me compreender.” FRASES DA DRA. NISE





O que falar?

  Ela sempre foi autentica, muito inteligente, verdadeira, só queria uma oportunidade de levar a vida adiante,formada não teve uma chance de aplicar o que um diploma lhe concedeu,o preconceito paduano,o medo das pessoas em lhe dar uma única oportunidade de trabalho,e olha que já havia trabalhado antes,como diretora e sócia do Jornal A folha,na Igreja de Santo Antonio de Pádua,como ela ficou feliz com esse emprego e voltou a estudar se formou e de repente as portas se fecharam.A sociedade não gosta de pessoas francas,verdadeiras e procuram logo rotular,para tirar a credibilidade de suas palavras,nunca vi uma pessoa mesmo em suas crises tão lúcida,ela lembrava de tudo e de todos,contava cada fato e historias que muitos educadores duvido que conheça,ela estuda,buscava,infelizmente só não ouvida. Suas palavras “ Para eliminar qualquer preconceito, me apresento também, como usuária do CAPS de Santo Antônio de Pádua, há 17 anos, conhecendo intimamente o sofrimento Mental e o esforço que travo todos os dias, para poder continuar a trabalhar, estudar e ser útil à Sociedade de alguma forma. Eu amo Trabalhar e peço aos senhores que me concedam a oportunidade de mostrar o meu potencial, tendo mais uma oportunidade de aprender e principalmente ter a minha independência financeira, longe das cadeiras do INSS. Para isso, peço que façamos uma experiência de mão dupla, e me dê a oportunidade de trabalhar no que amo e ter uma remuneração para viver.”

Quanto ela entrava em crise era necessário a internação, só que não existe hospital psiquiátrico na região em Bom Jesus os políticos conseguiram acabar com a única opção de tratamento desses pacientes. Então ela era internada no hospital municipal de Santo Antonio de Pádua, No dia da internação fomos questionar o porquê de ela ficar em uma enfermaria com dois homens com problemas mentais também, a partir desses momentos os problemas começaram. Os pacientes  mentais não eram bem vistos e sim um incomodo, como disse o Presidente do hospital ali é só uma rede hoteleira para abrigar os pacientes mentais, não é obrigação dele e da equipe de enfermagem sequer colocar as mãos no paciente, isto dito ao Vinicius filho da Tânia e sua nora Patrícia. E proibiu o filho de ficar na enfermaria sendo homem foi quanto Vinicius questionou “Eu como filho não posso, mas ela pode ficar com dois homens desconhecidos e com problemas mentais, se ocorrer algo com minha mãe, ate mesmo um estrupada você se responsabiliza?”
E o presidente soltou essa perola: “Me responsabilizo” Como? Não importava se o fato ocorresse, a dor, o sofrimento, o direito dela de proteção e privacidade, não importava só ego do presidente, do advogado, como ele mesmo disse e ameaçou entre palavras que conhecia de leis, ali não importava a lei e sim a vida, essa é a lei maior que existe, o direito de prevenção, cuidados com os todos os doentes.
Pedi que Vinicius para acalmasse procurássemos a defensoria publica,já que ele disse que era advogado, para saber quais o direito da paciente,  se caso o que ele informava,que o leito era misto,que eu ficaria com ela,com isso o presidente se irritou mas ainda,proibindo a minha entrada no hospital,só se família permiti-se,na mesma hora Vinicius que me tem como sua mãe,autorizou e disse “ Ela é como se fosse Irma de minha e tão todo direito de ficar  ao lado dela,eu assino qualquer documento.”
 Para complementar seu filho Yuri que mora no RJ,ao tentar se despedir da mãe  fora do horário,foi barrado por uma enfermeira,que chamou a policia para retira-lo do hospital,isso tudo só agravou o estado de saúde da Tânia.Ela agrediu a enfermeira e gritava “ Você não tem filhos,deixa eu me despedir do meu filho!”.

A partir daí ela só piorou as crises aumentaram e pelo visto a medicação também ela fica topada o tempo todo,no dia de sua morte estive no hospital pela manha,ela estava muito topada,com a língua enrolada,e como estavam arrumando sua cama e dando medicamentos resolvi ir embora,quando o enfermeiro me chamou de volta e ela se agarrou em meu pescoço e disse no meu ouvido “tira daqui eles vão me matar”.Choro o todo quanto me lembro disso,devia ter ficado com ela,mas queria evitar problemas com o presidente do hospital.Procurei ajuda com o Secretario de saúde,pedi a ele  que ajuda-se a Tânia e outro paciente internado.E nada foi feito,não deu tempo ela morreu,morreu.......................

Não consigo escrever mais as lagrimas não permitem, a família promete tomar as devidas providencias para descobrir a causa da morte, pois nem os médicos que acompanhavam o seu tratamento sabem a causa e se negaram a dar um laudo, ficando seu atestado de orbito como causa indeterminada,.

A família procurou a 136 DP de Pádua para registrar o ocorrido, mas foi negado a ocorrência devido a uma resolução de n 34 de 29 de abril de 203 assinada pelo Secretario de Saúde Woodrow Pimentel Pantoja. A lei é enterrar e depois se o juiz achar que  ocorreu algo de errado libera a exumação do corpo.
 A família tem o direito de saber qual o motivo da morte já que os médicos não podem afirmar. Parece uma resolução criada por médicos, para defender eles mesmo, é, mas fácil atestar morte indetermina do que fazer de imediato a autopsia, isso agora vai levar  tempo e sofrimento a família. Outra situação que chamou atenção dos familiares, doente mental não tem direitos a outros exames?


Talvez nem todos leiam esse desabafo, pois ocorrem muitas festas, inaugurações na cidade, e a morte já se faz uma coisa banal em nossa sociedade,é só mais que morreu, só dói quando é na sua carne.

Vou parar por aqui, minha parte já fiz e encerro aqui, agora passo o bastão para os filhos. Que Deus lhe de forças e que a justiça seja feita. Se não for a do homem, a de Deus se ocorreu algum ato criminoso que a justiça faça valer, se não ocorreu à paz vai reinar entre familiares e amigos, mas verdade tem que aparecer. 



Porque a Tânia morreu, qual a causa? Será que um dia teremos a resposta?






Essa foto foi tirada por mim ela era muito participativa com os acontecimentos do município 


















Amiga se pudesse voltar atrás. Ela passava a maior parte do tempo dormindo.deveria ter observado que não era normal e sem se alimentar,muitas das vezes não comia.ela ficou fraca,ai meu Deus..........
















A lei dos hospital é essa a do silencio e o doente mental fica assim amordaçado
Ela ficou na mesma enfermaria com outro paciente homem,que presenciou sua intimidade diversas vezes,sem querer,não tinham culpa.As regras,as leis o sistema da saúde foi quem colocou eles  juntos na mesmo quarto.









Os familiares no hospital quando receberam a triste noticia


 


O velório foi muito triste pela forma que ocorreu o falecimento   da Tânia.











Fonte; Facebook da Tânia
Fotos Márcia Mendes









Em alguns casos pacientes mentais são amarrados  e acompanhados de perto por uma equipe psiquiátrica responsável pelo paciente.










Fotos ilustrativas




















Conheça a lei que protege os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais que não respeitados pela saúde!

O que diz a Lei 10.216/2001?
O Governo Federal, procurando atender a Saúde Mental da população, editou a Lei nº 10.216/2001, que tem por finalidade proteger e garantir os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Conforme esta lei, todos os pacientes que padecem de transtornos mentais têm direito a ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, adequado às suas necessidades, bem como ser tratado com humanidade e respeito, e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade.
Além disso, estes pacientes deverão ser protegidos contra qualquer forma de abuso e exploração, tendo garantia de sigilo nas informações prestadas a respeito de sua doença e com direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de uma possível hospitalização involuntária. Os pacientes podem ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis e devem receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento.
O artigo 3º da Lei 10.216/2001 confirma ser de responsabilidade do Estado “o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.”
Os artigos 4º e 6º desta mesma Lei prevêem que só ocorrerá a internação quando os demais recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes para o tratamento, sendo necessário para tal um laudo médico que caracterize os motivos da internação.
Vale ressaltar que todos os direitos acima indicados, bem como os demais previstos ao longo do texto da Lei 10.216/2002, devem ser cumpridos pela instituição médica, de modo que os pacientes possam exercê-los integralmente, sob pena de responsabilidade daquele que os desrespeitar.
2. A Política Nacional de Saúde Mental
Com base nesta Lei, o Governo Federal criou a Política Nacional de Saúde Mental, a fim de garantir a acessibilidade dos pacientes com transtornos mentais aos serviços disponíveis, bem como à sociedade e à cidade.
O programa “Conte com a gente” é o resultado destas medidas adotadas pelo Governo Federal. Os pacientes contam com uma vasta rede de serviços e equipamentos, por exemplo:
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS): Os CAPS, divididos em cinco categorias, são instituições destinadas a acolher os pacientes com transtornos mentais, estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico.
CAPS I: Serviço de atenção a saúde mental em municípios com população de 20 mil até 70 mil habitantes. Existem 788 unidades no país.
CAPS II: Serviço de atenção a saúde mental em municípios com população de 70 mil a 200 mil habitantes. Existem 424 unidades no país.
CAPS III: Serviço de atenção a saúde mental em municípios com população acima de 200 mil habitantes. Existem 56 unidades no país.
CAPS ad: Serviço especializado para usuários de álcool e drogas em municípios com população de 70 mil a 200 mil habitantes. Existem 268 unidades no país.
CAPS i: Serviço especializado para crianças, adolescentes e jovens (até 25 anos). Acima de 200 mil habitantes. Existem 134 unidades no país.
Além dos CAPS, existem também os Serviços Residenciais Terapêuticos, que são casas instituídas para responder as necessidades de moradia de pessoas com transtornos mentais graves, que foram internadas em hospitais psiquiátricos ou hospitais de custódia para tratamento psiquiátrico e que perderam os vínculos familiares e sociais. Para esta hipótese enquadram-se também os moradores de rua com transtornos mentais, quando inseridos em projetos terapêuticos acompanhados nos CAPS. São 596 casas no Brasil, com 3.236 moradores.
Também faz parte desta política o Programa de Volta para Casa que oferece bolsas para egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos. Este Programa tem por objetivo garantir a assistência, o acompanhamento e a integração social, fora da unidade hospitalar, de pessoas acometidas de transtornos mentais, com 02 anos ou mais de internação ininterruptos. É parte integrante deste Programa o auxílio-reabilitação, pago ao próprio beneficiário durante um ano, podendo ser renovado, caso necessário. São 3.832 beneficiários do PVC no país.



Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos


Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.







O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:


Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.


Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.


Art. 3o É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.


Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
§ 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio.
§ 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.
§ 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.


Art. 5o O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário.

Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.
Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:
I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e
III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.

Art. 7o A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.
Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.

Art. 8o A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento.

§ 1o A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.

§ 2o O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento.

Art. 9o A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.

Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.

Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.

Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão nacional para acompanhar a implementação desta Lei.



Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 6 de abril de 2001; 180o da Independência e 113o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Jose Gregori
José Serra



sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Policial abordou de forma considerada errada em blitz e todas as viaturas foram apreendidas e levadas para o depósito público

Veja abaixo o relato do Leitor que nos enviou as fotos e informações via WhatsApp:




“Não tá fácil pra ninguém, operação hoje na cabine de Olinda em Nilópolis, um veículo foi abordado e o policial agiu de forma errônea, e o que aconteceu? o senhor que foi abordado era delegado da PF e foi até o comandante da operação e pediu os documentos de todas as viaturas, como não tinham, foram todas elas recolhidas para o depósito público.”

Fonte:http://adilsonribeiro.net/2015/10/01/quinta-feira-policial-aborda-de-forma-considerada-errada-em-blitz-e-todas-as-viaturas-acabam-presas/nilo3_1_1/

CREMERJ REPUDIA CONCURSO DE SANTO ANTONIO DE PÁDUA

O CREMERJ faz um alerta aos médicos para que não façam a inscrição e a prova do concurso público da prefeitura municipal de Santo Antônio de Pádua.

 
O Conselho repudia a seleção divulgada pelo edital 01/2015 , que prevê vencimentos de R$ 3.707,00 para médicos atuarem no Programa Saúde da Família (PSF), com jornada de 40 horas semanais, e vencimentos para de R$ 1.803,97 para diversas especialidades médicas, com jornada de 20 horas semanais. 
O piso previsto pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) é de R$11.675,94 para 20 horas semanais.

Fonte: http://www.cremerj.org.br/informes/exibe/2928;jsessionid=A0D5517334981C123CF3B02D07802C4D

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

ESTUDANTES DE PORCIÚNCULA TÊM O MELHOR DESEMPENHO DO ESTADO EM AVALIAÇÃO NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO



A Educação em Porciúncula tem um excelente motivo para comemorar. Os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, na rede pública, conseguiram reduzir significativamente os níveis de analfabetismo no município. De acordo com reportagem publicada no jornal O Dia, “Entre os municípios fluminenses, a rede pública que mais avançou foi a de Porciúncula, no Noroeste Fluminense. As escolas do município conseguiram reduzir de 41,68% para 28,16% a quantidade de crianças no nível mais baixo em leitura. Em Matemática, a rede também melhorou, mas pouco. Baixou de 38,75% para 34,96% o total de alunos na menor escala de proficiência”.

No estado, Infelizmente, o nível geral de alfabetização é preocupante. É a conclusão do levantamento feito pelo Ministério da Educação (MEC). Mais da metade (60%) dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas no Estado do Rio tiveram resultado negativo em leitura e escrita, na Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2014. De acordo com o relatório, as crianças conseguem ler apenas textos muito simples e, em alguns casos, não compreendem do que se trata. Em Matemática, a diferença foi pequena. No total, 61% dos estudantes não conseguem somar ou fazer problemas com números de até três algarismos.

Segundo a secretária municipal de Educação de Porciúncula, Silméia Prevatto, este avanço na educação porciunculense tem motivos reais para estar acontecendo. Muitas ações estão sendo realizadas para incentivar e promover a leitura entre os estudantes. A principal delas é a seriedade e o comprometimento com o Pinaic (Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa). Os profissionais da educação levam para a sala de aula, questões que são estudadas, debatidas e desenvolvidas, previamente entre a equipe local e profissionais de todo o Brasil. “Temos investido em programas e projetos municipais de incentivo à leitura, como, “Leitura na praça”, “Kombi da leitura”, “Prêmio professor inovador”, ampliação do acervo de livros nas bibliotecas escolares, além de várias palestras e eventos motivacionais, para professores e alunos”, disse a secretária.

A prefeita de Porciúncula, Mirian de Paula Porto parabeniza o município pela conquista e agradece à equipe da Educação pelo empenho e dedicação em trazer o desenvolvimento estudantil. “Parabéns a todos, principalmente aos professores e alunos, que estão dentro da sala de aula, e fazem, de fato, esta grande diferença”.

Fabiano Júnior
Assessoria de Comunicação

Prefeitura de Porciúncula