Geladeiras antigas são transformadas em bibliotecas e levam conhecimentos a alunos em Campos, no RJ
| Eletrodomésticos que iriam para o lixo se transformam em objetos de conhecimento em escolas da rede municipal.
Um projeto voltada para a educação está transformando geladeira usadas em bibliotecas em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Os eletrodomésticos que não servem mais para o uso doméstico agora estão armazenando os livros, para alimentar o conhecimento dos alunos.
O "Geladoteca" está sendo implantado nas escolas da rede municipal.
Na Escola Branca Peçanha Ferreira, Parque Eldorado, o projeto começou em 2018 e foi retomado este ano. A diretora Neilce Faquer, conta que a ideia nasceu de uma professora que pediu para usar uma geladeira antiga para colocar livros.
“A geladoteca é mais um instrumento pedagógico que conseguimos criar em nossa escola, para estimular a leitura e entretenimento de nossos alunos. A criança sai do espaço da sala de aula e se “alimenta” dos livros escolhidos por eles. Quando ele abre a geladeira e encontra vários tipos de leitura, que vai do gibi a obras de Monteiro Lobato e outros autores renomados da literatura, abre-se o leque de interesse no mundo do aprender”, comenta Neilce.
A Escola Branca Peçanha tem 1.012 alunos, atende do Pré-II ao 5º Ano do Ensino Fundamental e está situada no Parque Eldorado.
A ideia da geladoteca foi aprovada pelos educadores. A professora Mônica Velasco acredita que a criatividade e o “sair do lugar comum” ajudam no processo de ensino-aprendizagem.
“Na minha opinião, projetos como esse fazem toda a diferença para os alunos, pois saem do ambiente de sala de aula e se tornam uma ferramenta de apoio para que o professor possa ajudá-los, de uma forma mais descontraída, a se interessar pela leitura e, consequentemente, a escrita. Em um segundo momento, trazem para a sala de aula um paralelo com o que foi trabalhado e aproveitado no ambiente. Os alunos gostam muito porque têm muitos livros e eles podem escolher e manusear à vontade. O ambiente é agradável, colorido e bonito”, conclui a professora.
Por g1 — Campos dos Goytacazes 29/11/2022