Novos índices entram em vigor a partir desta terça. Encargos setoriais, custos para comprar e distribuir energia e os chamados 'gatos' pesaram na conta, dizem companhias.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (15) reajustes entre 12% e 17%, em média, nas contas de luz de clientes da Light e da Enel Rio – distribuidoras de energia que atendem consumidores do estado do Rio de Janeiro.
O maior reajuste será para os clientes da Enel Distribuição Rio, que atende 3 milhões de unidades consumidoras.
Segundo a Aneel, o reajuste da Enel Rio será de:
17,14% para clientes residenciais;
15,38% para consumidores de alta tensão; e
17,39% para os consumidores de baixa tensão, como pequenos negócios, exceto os clientes residenciais.
Com isso, ao todo, o efeito médio do reajuste tarifário da Enel Rio será de 16,86%. Os novos índices já estão em vigor.
Light
Já para os clientes da Light, o reajuste terá um efeito médio de 14,68%, considerando todos os tipos de consumidores.
Por tipo de consumidor, o reajuste médio da Light será de:
15,41% para clientes residenciais;
12,89% para consumidores de alta tensão; e
15,53% para os consumidores de baixa tensão, como pequenos negócios, exceto os clientes residenciais.
Os novos índices também entram em vigor nesta terça.
O reajuste da Light foi feito a partir de um processo chamado "revisão tarifária periódica", realizado, em média, a cada quatro anos. O objetivo é adequar o contrato para custear os investimentos e a operação.
Já o reajuste da Enel Rio foi dentro do reajuste tarifário anual, que acontece no aniversário de contrato de cada distribuidora, com exceção de quando há a "revisão tarifária periódica".
Motivos
A alta de dois dígitos na conta de luz foi influenciada, principalmente, pelos encargos setoriais e pelos custos para comprar e distribuir energia. No ano passado, o país passou por uma crise energética que elevou o custo para produzir energia.
As concessionárias do Rio também são afetadas com os chamados "gatos", ou sejas, os furtos de energia. Cerca de 40% da energia é furtada, e o custo é distribuído entre os consumidores que pagam a conta de luz.
G1.COM