JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

COMÉRCIO E PRESTADORES DE SERVIÇOS DEVEM OFERECER LIVRO DE RECLAMAÇÕES


A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nesta terça-feira (05/11), em primeira discussão, o projeto de lei 1.497/12, que cria o livro de reclamações no comércio e prestadores de serviços no estado. A reclamação é formulada através do preenchimento da folha de reclamação, que será composta por três vias: uma será encaminhada ao órgão fiscalizador competente, outra será entregue ao consumidor e a terceira fará parte do livro de reclamações, que deverá ser mantido por cinco anos em um arquivo. O autor do projeto, deputado Wagner Montes (PSD) explica que a medida, já adotada em outros países, auxilia na solução de conflitos entre os consumidores e os comerciantes ou prestadores de serviço. “A criação do livro de reclamação vai revolucionar o atendimento aos consumidores no estado, pois garantirá o direito de reclamar, no ato da insatisfação. Com isso, o fornecedor ou prestador de serviço vai querer atender a reclamação para evitar o registro no livro. Hoje, a maior parte dos consumidores deixa de reclamar por falta de tempo para ir ao Procon, e convivem com situações abusivas”, argumenta.
(texto de Fernanda Porto)



Pedro Motta Lima
Diretoria de Comunicação Social da Alerj
(21) 2588-1627 / 2588-1404

COMISSÃO IDENTIFICA IRREGULARIDADES EM HOSPITAL DE TERESÓPOLIS


A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) constatou na manhã desta terça-feira (05/11) irregularidades no Hospital São José, em Teresópolis, Região Serrana. O relatório da visita será divulgado em breve pelo colegiado, representado pelos deputados Enfermeira Rejane (PCdoB) e Nilton Salomão (PT), que vistoriaram o local e ouviram queixas de pacientes. “Um morador me falou que a esposa teve uma crise, por causa da água contaminada”, contou a deputada Rejane.
A seção de hemodiálise do Hospital São José já tinha sido alvo de denúncias, em setembro deste ano, devido a suspeitas de contaminação pela hepatite C. “Vimos que aqui o despejo do material vai para o lixo comum. Precisamos averiguar com a Prefeitura o destino do lixo”, concluiu. A comissão quer ainda o relatório da Vigilância Sanitária sobre o fechamento de outra clínica da região onde, anteriormente, os pacientes faziam a hemodiálise.
No curto prazo, a comissão quer melhorias na quantidade de comida disponível e nos ônibus usados para o deslocamento dos pacientes de hemodiálise de Teresópolis, na Região Serrana, para Itaboraí, na Região Metropolitana. Segundo os parlamentares, a infraestrutura oferecida para hemodiálise é precária e os moradores esperam a construção de uma clínica pública para fazer o atendimento na cidade.

ESTADO GANHARÁ SETE NOVAS UNIVERSIDADES TECNOLÓGICAS


Expansão das Faeterjs (Faculdades de Educação Tecnológica) amplia educação superior gratuita no Rio

O Estado está ampliando, por meio da Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio), a oferta de educação superior tecnológica gratuita no Rio de Janeiro. Prova disso é que, em 2014, sete cidades ganharão Faeterjs (Faculdades de Educação Tecnológica): Barra Mansa, Volta Redonda, Niterói, Barra do Piraí, Campos dos Goytacazes, Saquarema e São João de Meriti. Os primeiros três municípios serão contemplados no primeiro semestre, enquanto os quatro últimos, no segundo.

A previsão da Faetec é de que, nos anos de 2014 e 2015, sejam oferecidas, em todas as Faeterjs, 4,4 mil vagas. Só no primeiro semestre de 2014, serão 498 novas vagas. Criadas por decreto, em 2012, as Faeterjs substituem os ISEs (Institutos Superiores de Educação) e os ISTs (Institutos Superiores de Tecnologia) e têm como objetivo ofertar educação profissional e tecnológica, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local e regional.
Além das novas unidades, as já existentes em Santo Antônio de Pádua, Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana receberão um novo curso cada: Tecnologia de Processos Gerenciais; Tecnologia em Gestão Comercial com foco em Empreendedorismo Digital e Tecnologia em Sistemas para a Internet, com foco em Empreendedorismo Digital, respectivamente.

Prefeitura de Itaperuna realiza segunda etapa da febre aftosa








Há mais de 15 anos não há registro de febre aftosa no Estado do Rio de Janeiro. E, assim, segue trabalhando a prefeitura de Itaperuna, através da Secretaria de Agricultura do município, em mais uma etapa de vacinação contra a doença. Somente bovinos e bubalinos (búfalos) com até 24 meses de idade estão inclusos nesta fase que objetiva imunizar o rebanho, evitando perdas econômicas para todo o Brasil.


Para o prefeito de Itaperuna, Alfredo Rodrigues – Alfredão, os bons resultados obtidos demonstram que o trabalho é feito com dedicação, contando sempre com a participação do produtor rural que compreende a importância de imunizar o animal.


A campanha começou na última sexta-feira (1º/11) e vai até o dia 30 deste mês. E conta com uma parceria entre a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seapec-RJ), o Núcleo de Defesa Agropecuária de Itaperuna e a Emater-Rio. O município de Itaperuna conta atualmente com um rebanho em torno de 100.800 cabeças.


O secretário Municipal de Agricultura, Luiz Alberto Azevedo, afirmou que os pecuaristas fluminenses têm um importante compromisso com a sanidade de seus rebanhos. Ele disse também que esta segunda fase da vacinação é obrigatória, tendo ainda que apresentar a Declaração de Vacinação em um dos Núcleos de Defesa Agropecuária (NDA) ou Postos Municipais no Estado.



Ana Lúcia de Oliveira, chefe da NDA de Itaperuna, esclareceu que o produtor deverá preencher a declaração de vacinação com o número de bovinos e bubalinos existentes e vacinados, por idade e por sexo, e anexar a nota fiscal de compra da vacina junto à declaração, que deverá ser entregue durante o mês da vacinação no escritório do Núcleo.


A produtora Maria das Graças Lopes, considera válida todo tipo de parceria. Para ela, esta vacinação tem que ser obrigatória, “visando o bem de todos”. Na propriedade dela, 39 vacinas foram aplicadas.


Representando o Ministério da Agricultura, Luiz Roberto Tinoco, reforçou a ação conjunta da prefeitura e do produtor rural e destacou que o objetivo da campanha só reforça a melhoria que o país vive no decorrer dos anos.


Para mais esclarecimentos, o produtor rural itaperunense pode entrar em contato com o NDA no endereço: Avenida Deputado Rubens Tinôco Ferraz, número 21, bairro Cidade Nova.




Crédito para fotos: Marcelo Nunes

Dengue: SMS de Itaperuna intensifica ações na Vinhosa



A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Itaperuna, município localizado no interior do Estado do Rio de Janeiro, vem intensificando suas ações a fim de controlar a proliferação do Aedes aegipty (mosquito transmissor da dengue), principalmente no Bairro Vinhosa, local onde apresentou aumento no número de depósitos com focos.
Na terça-feira (05/11), profissionais do setor realizaram ações de caráter educativo e preventivo na Estratégia de Saúde da Família (ESF), antigo PSF ou Postinho, unidade do Guaritá.
De acordo com Heron Macedo, coordenador da Vigilância Ambiental em Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde tem empregado todos os esforços disponíveis no combate ao mosquito. Além da realização dos trabalhos preventivos e educativos, serão realizadas ações integradas de bloqueio nos casos confirmados; intensificação nas buscas dos depósitos a fim eliminá-los; realização de evento emergencial de caráter preventivo nas áreas afetadas; dentre outras ações.
Durante trabalho realizado na unidade ESF - Guaritá, Josely Vieira, técnica do NICES (Núcleo de Informação, Comunicação e Educação em Saúde), informou os presentes sobre a importância de todos aderirem à luta contra o mosquito. “Precisamos ficar alerta durante todo ano. A gente precisa ter a consciência de que a dengue mata! Nós precisamos de todos vocês nesta luta. É muito importante que essas informações sejam passadas adiante, para vizinhos, amigos e familiares”, reforça Josely.
Raul de Oliveira, técnico do NICES, informou que as ações vão continuar. “As ações de prevenção e educação vão continuar pelo bairro. Vamos visitar escolas, a unidade ESF do São Mateus e diversos outros locais. Nosso intuito é formar multiplicadores dessa informação e, principalmente, fazer com que a população entenda que a dengue mata! Precisamos de todos no combate ao mosquito transmissor da dengue”, diz.
Moradores dispostos a colaborar
A equipe da Secretaria Municipal de Saúde foi muito bem recepcionada pelos moradores da Vinhosa, que demonstraram interesse pelo tema e dispostos a somar forças no combate ao Aedes aegipty.
O aposentado João Mendes disse que a informação é a melhor maneira de combater o mosquito. “Ainda tem muita gente desinformada, infelizmente isso é uma verdade. Esse trabalho que vocês fazem é bom demais, por que as pessoas acabam percebendo a gravidade do problema”. A comerciante Joana D´arc de Souza, também apoia a ação da Secretaria. “É muito importante trabalhar preventivamente, sai mais barato, afinal, é o nosso dinheiro que está em jogo”, destaca a comerciante. O eletricista Amarildo Soares destacou a falta de educação de alguns moradores. “Há pessoas que jogam lixo nas ruas e nos terrenos baldios, mesmo com o caminhão recolhendo o lixo. É preciso educar essas pessoas”, finaliza Amarildo.
Algumas medidas para eliminação dos locais de reprodução do mosquito
Tampar os grandes depósitos de água: a boa vedação de tampas em recipientes como caixas d'água, tanques, tinas, poços e fossas impedirão que os mosquitos depositem seus ovos. Esses locais se não forem bem vedados, permitirão a fácil entrada e saída de mosquitos.
Remover o lixo: o acúmulo de lixo e de detritos em volta das casas podem servir como excelente meio de coleta de água de chuva. Portanto, as pessoas devem evitar tal ocorrência e solicitar sua remoção pelo serviço de limpeza pública - ou enterrá-los no chão ou queimá-los, onde isto for permitido.
Fazer controle químico: existem larvicidas seguros e fáceis de usar, que podem ser colocados nos recipientes de água para matar as larvas em desenvolvimento. Este método para controle doméstico da dengue, tem sido usado com sucesso por várias secretarias municipais de saúde e é realizado pelos agentes de controle da dengue.
Limpar os recipientes de água: não basta apenas trocar a água do vaso de planta ou usar um produto para esterilizar a água, como a água sanitária. É preciso lavar as laterais e as bordas do recipiente com bucha, pois nesses locais os ovos eclodem e se transformam em larvas.
*Portal do Ministério da Saúde


INFORMAÇÃO E FOTOS
NICES | SMS
Núcleo de Informação, Comunicação, Educação em Saúde e Mobilização Social

terça-feira, 5 de novembro de 2013

PARLAMENTO JUVENIL É INSTALADO E ELEGE SEU PRESIDENTE



A 7ª edição do Parlamento Juvenil da Assembleia Legislativa do Rio (PJ-Alerj) foi instalada nesta nesta segunda-feira (04/11) e já teve seu presidente eleito. O estudante do município de Nilópolis, Baixada Fluminense, Júnior Bertucci, 19 anos, foi assumiu o cargo após receber 21 votos entre os 82 possíveis. A eleição foi feita após a instalação da sessão do PJ, realizada no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, presidida pela deputada Cida Diogo (PT). “Essa experiência é muito importante, pois a Casa estimula a juventude a entender que a política é importante para a vida de todos e que temos que contribuir com atitude e ações para melhorar a situação do nosso estado”, explica a parlamentar. Foram diplomados 82 jovens de 78 municípios.
O presidente eleito, é aluno do colégio Estadual Professor Mário Campos e está no 3º ano do Ensino Médio. Esta é a segunda participação de Júnior: “Estou me sentindo lisonjeado com essa juventude que apostou em mim, pois já faço um trabalho de apoio aos grêmios estudantis da Baixada e acredito que tenho muito a contribuir nessa semana como presidente. Pretendo buscar a união entre todos os parlamentares para que possamos aprovar o melhor projeto para encaminharmos ao governador”, pontua Junior, que foi eleito junto com o 1º vice-presidente, Jonanthan Werneck (Seropédica), o 2º vice-presidente, Philippe Paiva (Porto Real), a 1ª secretária, Valéria Rodrigues (Sumidouro), e a 2ª secretária, Irlane Maciel (Carapebus), ex-presidente do PJ em 2012.
O Parlamento Juvenil é realizado anualmente em parceira com a Secretaria de Estado de Educação, (Seeduc). “O PJ é uma verdadeira escola de democracia. Aqui é possível formar os novos quadros para a política e inovar ideias”, acredita o orientador e coordenador-geral do projeto, Eduardo Nunes. A próxima etapa, nesta terça-feira (05/11), será a defesa dos projetos de lei elaborados pelos parlamentares juvenis. O estudante do 1º ano do Ensino Médio, Luan Peixoto, 19 anos, do município de Belford Roxo, Baixada Fluminense, por exemplo, apresentou proposta focada na entrada dos jovens no mercado de trabalho: “Meu projeto incentiva os alunos da rede pública a ingressarem no mercado de trabalho com mais facilidade, através de parcerias que podem ser feitas com empresas e instituições”, diz o estudante do Colégio Estadual Presidente Kennedy.
Ex-parlamentares juvenis e familiares também prestigiaram o evento. O ex-parlamentar juvenil e atual vice-prefeito de Laje do Muriaé, região Norte do estado, Léo Dubary, disse que a partir de sua participação teve inspiração para continuar na carreira política: “Fui vereador em 2008, presidente de partido, candidato a deputado estadual em 2010 e hoje sou vice-prefeito. Aprendi no PJ que o jovem precisa fazer política, porque o jovem tem mais garra para cobrar as ações junto às autoridades públicas”, conclui.
Também estiveram presentes no evento a deputada Clarissa Garotinho (PR), o secretário de Estado de Habitação, Rafael Picciani, a coordenadora do PJ na Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), Jane Milan, a presidente do Conselho de Juventude do Estado do Rio, Adrielle Saldanha, e o superintendente de Políticas para a Juventude do Estado do Rio, Tiago Saldanha.
(texto de Camilla Pontes)



Pedro Motta Lima
Diretoria de Comunicação Social da Alerj

DEFENSORIA RECEBE DOCUMENTOS SOBRE ATRASOS EM EMPREENDIMENTOS


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para apurar as causas relativas ao atraso na entrega de imóveis pelas construtoras no estado entregou, nesta segunda-feira (04/11), durante uma reunião do colegiado, um conjunto de documentos a respeito das atividades da construtora AG Prima à Defensoria Pública do Estado do Rio. “O grande objetivo é tomar algum encaminhamento, alguma medida jurídica, em conjunto com a Defensoria, que resguarde os direitos de mais de uma centena de adquirentes que correm o risco de nem receberem os seus imóveis, nem o seu dinheiro de volta”, apontou o presidente da CPI, deputado Gilberto Palmares (PT), referindo-se a um empreendimento da empresa localizado em Campo Grande, Zona Oeste da capital fluminense.
A defensora pública Larissa Davidovich afirmou que a intenção do órgão é desenvolver um trabalho articulado, unindo esforços à CPI, para que se possa proteger os cidadãos que estão sendo lesados pelas construtoras. “O primeiro passo é nos reunirmos com os representantes dessas pessoas, para ouvir os depoimentos e, junto com os documentos recebidos hoje, iniciar um processo investigatório”, afirmou, completando que “muito provavelmente isso ensejará em uma ação coletiva, para resguardar os direitos do maior número de pessoas”. O também defensor público Eduardo Chow reforçou que o órgão atuará em defesa dos direitos dos adquirentes, e que serão buscadas indenizações aos que foram lesados material e moralmente.
Outra construtora, a Gafisa, também foi avaliada pelo colegiado durante a reunião. Diretor de Incorporação da Gafisa, Alexandre Millen falou sobre as razões para o atraso de empreendimentos da empresa. Segundo ele, o fato ocorreu em um período específico, de grande alta no setor, o que gerou falta de materiais e mão de obra, mas que todos já foram devidamente entregues. Sobre o empreendimento Grand Valley, em Niterói, o presidente da comissão citou que há problemas sérios em relação ao acesso às garagens do conjunto. “Como alguém vai comprar um apartamento e deixar o seu carro estacionado na garagem do prédio vizinho, sem ter acesso direto ao seu andar? É óbvio que isso é irregular, e gera um problema sério de acessibilidade”, indagou Gilberto Palmares.
Alexandre Millen justificou que o empreendimento é um só, que todas as questões legais foram atendidas e que o projeto inicial já previa a necessidade de transferência de elevadores para alguns proprietários, apesar de admitir que tal situação possa ser desconfortável para alguns moradores. O representante da Gafisa comprometeu-se a procurar os proprietários do condomínio para buscar alternativas que solucionem o problema. “A Gafisa não errou no projeto, nem há impedimento de acessibilidade no conjunto. Mas tentaremos entrar em um acordo com os condôminos para buscar um maior equilíbrio nessa questão”, colocou Millen.
O presidente da Associação de Adquirentes do empreendimento Admira Icaraí, de responsabilidade da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), Gustavo Azeredo, afirmou que há um atraso de quase dois anos na entrega dos imóveis. “Nós estamos tentando minimizar os problemas financeiros que os adquirentes irão enfrentar. Estamos no caminho final de entrega do empreendimento, mas os problemas persistem”, acrescentou. Dois advogados da construtora Camargo Corrêa compareceram para justificar a ausência de técnicos da empresa, convidados pela CPI para prestar esclarecimentos, e entregaram um documento com respostas aos questionamentos dos membros da comissão. Ficou acertado entre as partes que a empresa retornará à CPI em outra data, com a presença de técnicos habilitados à responderem as questões dos deputados. Também estiveram presentes os deputados Luiz Paulo (PSDB), vice-presidente da CPI, Wagner Montes (PSD), relator, e Comte Bittencourt (PPS), membro do colegiado.
(texto de Thiago Manga)



Pedro Motta Lima
Diretoria de Comunicação Social da Alerj

TRANSPORTE PÚBLICO É CITADO COMO ENTRAVE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


O direito à gratuidade e à acessibilidade nos transportes públicos do Rio de Janeiro foram apontados como um dos principais problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência no Estado. A Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro (Elerj) discutiu, nesta segunda-feira (04/11), soluções para um tratamento igualitário para esta parcela da população. O coordenador da Elerj, deputado Gilberto Palmares (PT), pontuou a questão da unificação do passe livre para pessoas com deficiência como um dos temas mais importantes no momento. “É uma perversidade o que as empresas de ônibus, trem, metrô e barcas fazem com essas pessoas. Enquanto o cidadão que não tem nenhum problema de mobilidade usa um único cartão do Bilhete Único ou do Rio Card para andar em todos os meios de transporte, as pessoas com deficiências são obrigadas a ter três, quatro cartões, sem nenhuma justificativa, cada um de um modal diferente”, explicou o parlamentar.
De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), 119 mil pessoas com deficiência física no estado têm cartão de gratuidade. Esse número está abaixo do esperado. Coordenadora geral do Vale Social da Setrans, Dora Nadja, afirma que 180 mil pessoas deveriam ser beneficiadas com o vale. O presidente da Comissão de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência da Alerj, deputado Márcio Pacheco (PSC), ressaltou durante o debate que o transporte público é o principal problema da efetivação do direito da pessoa com deficiência física no país. “Se esse cidadão não tiver o direito do transporte garantido, os demais serão ainda mais difíceis de serem inseridos”, salientou Pacheco.
Segundo o diretor da Associação de Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro (Adverj), Luis Cláudio Freitas, é preciso melhorar o cumprimento da lei 4.510/05, que dá à pessoa com deficiência física o direito à obtenção do Vale Social. “Cabe ao poder público estadual fiscalizar as concessionárias, a SuperVia, a CCR Barcas, o Metrô Rio e os ônibus que estão exigindo cartões próprios diferentemente do vale social, que é o previsto em lei”, afirmou Luis Cláudio. A acessibilidade também foi lembrada por ele. “Precisamos buscar uma padronização dos veículos, para que se dê autonomia para as pessoas com deficiência. A frota tem que ter o mínimo de padronização. Validadores no mesmo lugar, sinalização sonora e visual para que possamos ter um transporte inclusivo e mais acessivo”, pontuou.
Para garantir a acessibilidade desses usuários, a Secretaria Municipal de Transporte do Rio implementou o projeto "Transporte Para Todos". De acordo com o cadeirante Fabinho Fernandes, assessor especial de Acessibilidade da pasta, o órgão vai visitar as 43 empresas de ônibus que prestam serviço na cidade do Rio e verificar se as frotas estão adaptadas. As empresas terão até 2014 para regularizar a situação. “No próximo ano vamos começar com a 'blitz da acessibilidade'. Vamos para as ruas fiscalizar se os ônibus estão operando normalmente, se o elevador funciona, se ele está quebrado ou se o condutor não sabe operar o sistema”, explicou Fabinho. Caso o ônibus esteja irregular ele será levado para a garagem, não poderá voltar a circular e a empresa terá que pagar uma multa.
(texto de Buanna Rosa)



Pedro Motta Lima
Diretoria de Comunicação Social da Alerj

DEFENSORIA RECEBE DOCUMENTOS SOBRE CONSTRUTORA AG PRIMA


A Defensoria Pública do Estado do Rio recebeu um conjunto de documentos a respeito da construtora AG Prima, durante a audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as causas relativas ao atraso na entrega de imóveis pelas construtoras no estado que está sendo realizada nesta tarde de segunda-feira (04/11). “Nesse caso, trata-se de quase um estelionato, segundo tudo que apuramos até agora. Fizemos isso para que a defensoria não precise esperar o relatório final da CPI para começar a agir nesse caso específico, envolvendo a AG Prima”, afirmou o presidente da comissão, deputado Gilberto Palmares (PT).



Pedro Motta Lima
Diretoria de Comunicação Social da Alerj

PROGRAMA LIDERA RIO NOS ESPORTES CHEGA A REGIÃO CENTRO-SUL


O Programa Lidera Rio nos Esportes, uma parceria entre o Sebrae-RJ, o Fórum Permanente de Desenvolvimento do Estado e a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer chega à sua quarta edição, desta vez na região Centro-sul do estado. O seminário de abertura acontece nesta terça-feira (05/11), às 9h, no Clube Atlético Entre Rios, na cidade de Três Rios. O evento contará com a participação de gestores da área de esportes dos municípios de Areal, Comendador Levy Gasparian, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Rio das Flores, São José do Vale do Rio Preto e Sapucaia, além da cidade anfitriã.
O seminário, que vem atravessando o estado em reuniões periódicas desde o mês de agosto, busca capacitar os municípios fluminenses a captar recursos para desenvolver projetos esportivos e aproveitar as oportunidades de negócios geradas pelos megaeventos esportivos que estão na agenda do estado até 2016. "O objetivo destes seminários é apresentar para a população o potencial econômico do esporte. É o que pretende a capacitação que está sendo oferecida pelo Sebrae aos gestores da região, para que eles possam colocar em prática projetos benéficos aos seus municípios", explica a secretária geral do Fórum, Geiza Rocha.



Pedro Motta Lima
Diretoria de Comunicação Social da Alerj

Programação especial no Teatro SESI Itaperuna em comemoração ao Dia da Cultura

Em comemoração ao Dia Nacional da Cultura, o Sistema FIRJAN, através do SESI Cultural, preparou para esta terça-feira, 5, no Teatro SESI Itaperuna, uma programação gratuita dedicada a um dos grandes ícones da arte no Brasil: Vinicius de Moraes, que completaria 100 anos em 2013.

A partir das 19h30, alunos das oficinas culturais do SESI entram em cena no espetáculo “Para Vinicius”. Durante a apresentação, sonetos e músicas do poetinha serão interpretados e dançados. A direção é de Cecília Janotti e Michelle Belcanto.

No mesmo dia, às 20h, será exibido o documentário “Vinicius”, que retrata a vida, a obra e os amores do artista, mostrando sua essência criativa e as transformações do Rio, através de imagens, entrevistas e interpretações de seus clássicos. Entre os atores que compõem o elenco estão Gilberto Gil, Ricardo Blat e Camila Morgado. A duração é de 121 minutos.

O Teatro SESI Itaperuna fica na Avenida Deputado José de Cerqueira Garcia, 883 – bairro Presidente Costa e Silva. O telefone é (22) 3811-9219.

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Mais informações
Sistema Firjan – Assessoria de Imprensa Itaperuna
(22) 3824-6500 

Secretaria de Saúde de Itaperuna no jornal O Globo



A Secretaria Municipal de Saúde de Itaperuna, município localizado no Estado do Rio de Janeiro, tem buscado constantemente melhorar seus serviços. Recentemente, o Programa de Hanseníase desenvolvido em Itaperuna foi destaque no Portal G1. No último final de semana uma equipe do jornal O Globo esteve em Itaperuna para realizar uma série de matérias na região Noroeste Fluminense, dentre elas, pautas referentes à Secretaria Municipal de Saúde.
Em princípio, a equipe se interessou pelo Programa de Hanseníase e pelo Boletim Epidemiológico da Saúde, que apontou queda em doenças no município.  A equipe do jornal que esteve na cidade contou com a jornalista Leandra Lima; o fotojornalista Felipe Hanower; e o motorista Edson Barreto Correia.
As matérias produzidas na região Noroeste Fluminense poderão ser conferidas na edição do jornal O Globo, em 24 de novembro, no Caderno Norte Fluminense.
RELEIA AS MATÉRIAS SOBRE HANSENÍASE E BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO
Pacientes portadores de hanseníase recebem apoio em Itaperuna
Em Itaperuna/RJ, município localizado na região Noroeste Fluminense, pacientes portadores de hanseníase recebem apoio da Secretaria Municipal de Saúde. Além de exames e da medicação gratuita, o ‘Programa de Hanseníase’ acolhe os pacientes, promove palestras e encontros, pratica a assistência, além de intensificar o trabalho de Educação em Saúde.
Quinzenalmente, o ‘Programa de Hanseníase’ promove encontros com pacientes e profissionais do setor de Saúde. Nessas reuniões há esclarecimentos e orientações aos portadores de hanseníase sobre a doença, bem como acontece a troca de informações e experiências entre os próprios pacientes.
De acordo com Genilce Meireles, enfermeira do ‘Programa de Hanseníase’, é um momento ímpar para tratar do assunto e formar multiplicadores da informação. “São muitas as dúvidas existentes, principalmente em relação à perda da sensibilidade e da força. A questão alimentar é outra dúvida que surge com frequência entre eles”, destaca a enfermeira.
Cerca de vinte pacientes participam regularmente das reuniões, que ainda contam com a presença de profissionais de Nutrição e Fisioterapia. “Aqui, os pacientes tem as informações necessárias. O grupo precisa ser bem informado para que possa multiplicar a informação”, reforça Genilce.
A enfermeira Genilce Meireles também falou sobre o preconceito existente. “O preconceito ainda é enorme. Há pessoas que chegam aqui e não gostam de falar sobre o assunto. A forma de amenizar esse preconceito é através da informação. Hoje em dia temos tratamento e o mais importante é frisar o seguinte: o tratamento é gratuito”, diz.
Quando o paciente inicia o tratamento de hanseníase e ocorre a evasão do tratamento, agentes comunitários de Saúde realizam o procedimento chamado ‘Busca Ativa’, que consiste numa investigação criteriosa, junto ao paciente e familiares. O objetivo da ação é o reingresso do paciente ao tratamento.
Outas informações sobre o ‘Programa de Hanseníase’ podem ser obtidas na ESF (Estratégia de Saúde da Família), nos bairros e distritos do município (antigo PSF); ou no Centro de Saúde Dr. Raul Travassos.
Divulgado Boletim Epidemiológico da Saúde em Itaperuna
A Secretaria Municipal de Saúde de Itaperuna, RJ, através da Vigilância em Saúde, divulgou o Boletim Epidemiológico da Saúde de casos notificados e confirmados referentes a algumas doenças ocorridas no município até o mês de setembro de 2013.
O médico Lauro Amaral, coordenador da Vigilância em Saúde, apresentou dados relevantes (tabela em anexo), que mostram diminuição de uma série de doenças, quando comparados com dados de 2012.
A Vigilância Epidemiológica notificou ainda outras doenças e agravos, incluindo casos de outros municípios. No entanto, os dados informados na tabela são referentes apenas, ao município de Itaperuna.
Detalhamento do Boletim Epidemiológico da Saúde
Atendimento antirrábico: indivíduo que entrou em contato não casual com animal, próprio ou errante, doméstico ou selvagem, sadio ou não (principalmente cão, gato etc), sofrendo mordedura, arranhadura etc.
Febre maculosa/rickettsioses: doença potencialmente grave e de difícil diagnóstico, caso não se faça um vínculo epidemiológico das queixas do paciente com fatores ambientais, principalmente contato com animais infestados por carrapatos (capivara etc) e/ou ter frequentado ambientes favoráveis aos mesmos (zona rural).
Leptospirose: é possível que haja subnotificação, pois os sintomas nas formas leves a moderadas são muito semelhantes com os de outras doenças, podendo ser confundida até com a gripe.
Violências: são considerados confirmados os casos de violência psicológica/moral e negligência/abandono. Para violência física e/ou sexual, considera-se a necessidade de confirmação por exame pericial. Principais vítimas notificadas: mulheres, crianças e idosos. Encontra-se em elaboração uma Portaria a ser publicada oficialmente, estabelecendo regras, reafirmando conceitos e organizando formalmente uma rede de atendimento às vítimas de violência no que tange às ações de Saúde Pública para o município de Itaperuna.
Acidentes com material biológico: trata-se de eventos em que um profissional de Saúde sofre contato com sangue ou outro material potencialmente contaminado (por vírus das hepatites B e C, HIV etc) de um paciente-fonte, particularmente ao se perfurar com agulhas. É preciso que estes profissionais estejam atentos e se protejam contra hepatite B. Além disso, é necessário que os profissionais façam exames para checar se a vacina funcionou.
O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) do Noroeste informa que haverá uma capacitação em Acidentes com Material Biológico, que ocorrerá em novembro deste ano, com data e local a serem informados.

INFORMAÇÃO E FOTOS
NICES | SMS
Núcleo de Informação, Comunicação, Educação em Saúde e Mobilização Social

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Palestra gratuita acontecerá em Itaperuna no dia 13 de novembro. Especialistas mostrarão que adotar práticas ambientais também pode gerar lucro

O Sistema FIRJAN retorna, este mês, um ciclo de palestras sobre gestão ambiental focado em micro e pequenas empresas. O objetivo é tirar dúvidas sobre temas como licenciamento ambiental e explicar como a implantação da gestão ambiental pode impactar, diretamente, na lucratividade da empresa. Em Itaperuna, a apresentação será no dia 13 de novembro, na sede da Representação Regional FIRJAN no Noroeste Fluminense, no bairro Cidade Nova. As inscrições estão abertas e são gratuitas.

O evento de Itaperuna trará o depoimento de Pérsio Terra, diretor industrial da Xamego Bom, além da palestra de especialistas do Sistema FIRJAN. Pérsio falará sobre os principais desafios e soluções encontrados durante o processo de licenciamento ambiental da empresa, que fabrica doce de leite e sobremesas lácteas. Os especialistas vão mostrar como bons exemplos de sustentabilidade em grandes empresas podem ser disseminados para a cadeia de fornecedores. Essas práticas podem ajudar os fornecedores, por exemplo, a reduzir o desperdício, e alertar os micro e pequenos empresários que quem não faz gestão ambiental pode perder boas oportunidades de negócio.

“As maiores empresas do País estão disseminando a cultura da gestão ambiental em sua cadeia de valor e dão preferência a fornecedores atentos às questões ambientais”, explica Luis Augusto Azevedo, gerente de Meio Ambiente do Sistema FIRJAN.

Política Nacional de Resíduos Sólidos, gestão da água e efluentes e Produção Mais Limpa, são outros temas abordados pelos palestrantes. Quem assistir ao evento receberá, gratuitamente, o Manual de Gestão Ambiental para Micro e Pequenas Empresas, produzido pela Gerência de Meio Ambiente do Sistema FIRJAN.

Mais informações e inscrições para a palestra podem ser obtidas pelos telefones 0800 0231 231 e 4002-0231 e pelo e-mail faleconosco@firjan.org.br. As inscrições também podem ser feitas diretamente na Representação Regional FIRJAN no Noroeste Fluminense, com Monique Vinhosa Theodoro, através do telefone do telefone (22) 3824-6500 ou do e-mail mtheodoro@firjan.org.br.

ÔNIBUS DO CONSUMIDOR ATENDE POPULAÇÃO DE NATIVIDADE, NOROESTE DO RIO


O próximo destino do ônibus da Comissão de Defesa do Consumidor (Codecon) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) será Natividade, no Noroeste Fluminense. O veículo estará nesta segunda-feira (04/11), das 9h às 17h, na Praça Ferreira Rabelo, próximo à Prefeitura. O presidente da Codecon, deputadoLuiz Martins (PDT), destaca a importância de um canal da Casa com a população. “Não podemos achar que todas as pessoas podem vir até o Centro da capital para serem atendidas pela comissão. Por isso, o serviço móvel é muito importante”, diz Martins.
Os casos que não puderem ser resolvidos no local serão enviados online para a sede da comissão, no Edifício Leonel de Moura Brizola, na Rua da Alfândega, 8, Centro, Rio de Janeiro. Os consumidores podem, ainda, se dirigir ao térreo deste endereço, onde estão disponíveis guichês de atendimento à população. O serviço funciona nos dias úteis, das 10h às 16h. Os interessados em entrar em contato com a comissão para tirar dúvidas ou fazer reclamações de serviços e produtos podem também fazê-lo através do atendimento telefônico, o Disque Defesa do Consumidor (0800 282 7060), ou pelo site http://www.alerj.rj.gov.br/cdc/.



Pedro Motta Lima
Diretoria de Comunicação Social da Alerj

Papa estaria na mira de espionagem norte-americana












Até o papa estaria na mira da espionagem norte-americana, informa a edição publicada nesta quinta-feira da revista semanal italiana Panorama. De acordo com a publicação, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos teria grampeado 46 milhões de chamadas telefônicas na Itália - entre elas, aquelas do Vaticano.

Gina Marques, correspondente da RFI em Roma

A revista fala do período de 10 de dezembro de 2012 até 8 de janeiro de 2013, durante o pontificado de Bento XVI, mas afirma que o então cardeal Jorge Maria Bergoglio era alvo dos espiões desde 2005. A agência americana desmentiu a notícia.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, declarou que não tem informações nem está preocupado com o assunto. Mas se o menor Estado do mundo não está preocupado com a espionagem da grande potência mundial, o mesmo não acontece com o governo italiano. O primeiro ministro Enrico Letta convocou para hoje uma reunião do Comitê Interministerial para a Segurança da República para tratar do assunto com os ministros das Relações Exteriores, do Interior, da Justiça e da Economia.



Segundo a imprensa alemã, das 19 bases americanas de espionagem na Europa, uma estaria na Embaixada dos Estados Unidos em Roma. O secretário de Estado encarregado dos serviços secretos italianos Marco Minniti declarou que o problema de espionagem americana na Europa existe, mas que os meios não podem justificar os fins.

Fonte: RFI

A festança dos mortos


A imagem da morte associada ao medo e à tristeza não se aplica ao Dia de Finados no México. Os mexicanos desafiam o pesar da data com alegria e irreverência: montam altares coloridos em casa com flores e comida dedicados aos mortos, reúnem-se para limpar os túmulos de entes queridos, até levam grupos de mariachis aos cemitérios. Não que não haja choro ou luto. Mas os mexicanos acreditam que, nessa época, os mortos voltam para casa para reencontrar suas famílias. E é uma oportunidade de recriar — simbolicamente, por supuesto — os momentos felizes de convivência com os parentes que já não estão ali. A prática, no mínimo inusitada em comparação com a maioria dos costumes ocidentais, é uma tradição antiga incorporada à cultura mexicana, e por isso mesmo, muito natural no país.

— Ao longo de várias gerações, esse hábito criou um sentimento de união entre os que se foram e os que ficaram, o que também explica por que a atitude diante da perda costuma ser encarada como uma mudança, e não como o final de algo — disse ao GLOBO o arqueólogo Orlando Casares, do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (Inah), em Mérida. — Não é algo a ser receado, e sim esperado, por isso se celebra com banquetes, risos e tudo aquilo que faça recordar os entes queridos.

O costume vem dos povos pré-hispânicos, que já traziam a concepção de que a morte é parte do ciclo da vida, e que deve ser respeitada, não temida. Astecas, maias e toda a imensa diversidade de grupos indígenas mesoamericanos dedicavam vários rituais a divindades relacionadas à morte, tidas por eles como responsáveis por influenciar o que acontecia com os vivos. Em celebrações de nascimentos, sacrifícios, plantações ou colheitas, a morte era um elemento sempre presente.

— Desde tempos pré-hispânicos, os mortos assumiram uma condição sagrada por sua relação com uma série de divindades. Acredita-se que eles estão ligados à atividade agrária, que ajudam a provocar a chuva, amenizam tempestades, evitam inundações e favorecem o crescimento de plantações. Em alguns lugares do Pacífico mexicano, crê-se que os mortos trabalham para os vivos, e eles são recompensados com uma grande festa — conta ao GLOBO o antropólogo Arturo Gómez Martínez, do Museu Nacional de Antropologia, na Cidade do México.

Influência do catolicismo

Com a chegada dos espanhóis e a repressão da Conquista, vieram as mudanças. Elementos coloniais associados ao catolicismo, como imagens de santos e velas, invadiram as oferendas. E as homenagens antes realizadas em vários dias acabaram concentradas nesta época do ano, em consonância com o calendário religioso católico.

Nas áreas rurais mexicanas, porém, onde povos indígenas ainda resistem às influências dos centros urbanos e do Halloween do país vizinho, as festividades não se restringem a uma só data ou estilo. Entre os mazatecos, no estado de Oaxaca, por exemplo, a celebração começa desde 29 de outubro, com banquetes dedicados aos defuntos e oferendas nos cemitérios. As cores vibrantes amarela e alaranjada das flores de cempaxóchitl — também chamada de “flor dos mortos” — atrairiam e guiariam os defuntos no caminho ao reencontro com a família. Já os nahuas, otomís e outros grupos indígenas do centro do país costumam até jantar nos cemitérios nesta época para “desfrutar” da comida com os entes queridos falecidos. No Sudeste do México, a prática vai além:

— Antes da festividade, os maias exumam, limpam e levam os ossos dos mortos para casa, para que eles presidam as festas nos altares, envolvidos em tecidos bordados. Quando acaba a comemoração, eles são devolvidos aos túmulos — conta Gómez Martínez.

Os simbolismos do culto pré-hispânico à morte — e aos mortos — são menos visíveis nos centros urbanos, mas também estão ali: as festas com música nos cemitérios, as rezas e as oferendas de comidas e flores preparadas com antecedência e esmero.

— O estilo dos altares pode variar, mas os mais comuns são montados com objetos que pertenciam aos defuntos e fotografias deles, além de suas comidas e bebidas preferidas. Também há velas e, no caso de crianças, o altar ganha mais cores e seus brinquedos favoritos — enumera Casares.

Também é popular no país a Santa Morte, representada com a imagem de um esqueleto com vestes de santa. Apesar da temática em comum, ela não vem das cerimônias ligadas ao Dia de Finados.

— A Santa Morte surge da própria visão mexicana sobre a morte, desde tempos pré-hispânicos, em contraste com o catolicismo taxativo que a encara como um inimigo, sob o argumento bíblico de que Jesus a venceu — explica Casares. — E ela aparece com uma variação à concepção mexicana da morte, vista como uma santa, quase uma ‘outra personalidade’ da Virgem de Guadalupe.

Os devotos da Santa Morte costumam ser pessoas com profissões de risco, que então rezam para ela em busca de proteção — ou rogam por uma morte sem dor. Nos últimos anos, com o aumento da violência e o combate aos cartéis de drogas no México, a veneração acabou mais associada aos traficantes. Mas, apesar de polêmicas e desvirtuações, não se restringe a eles. A Santa Morte tem muitos santuários espalhados país afora.

Caveiras de açúcar e papelão

Longe de controvérsias estão as caveiras coloridas feitas de papelão ou açúcar, que surgem numa tentativa de estender a “presença” dos entes queridos. Na Cidade do México e em boa parte do centro do país, é comum representar o falecido com uma caveira artesanal caracterizada com elementos que remetem à profissão que ele teve em vida. Também é de praxe dedicar a amigos e familiares versinhos gaiatos e bem-humorados nos quais a morte é o tema — chamados de calaveras, caveiras, em espanhol.

Antigas ou mais recentes, são mostras simples de apreço, aliadas à característica de um povo — nisso semelhante ao brasileiro — de rir e fazer troça dos desafios e percalços da vida. Uma marca, com o perdão do trocadilho, aparentemente imortal nos mexicanos.



FONTE: JORNAL O GLOBO


Desigualdade cai no Brasil e pode chegar à taxa dos EUA





O pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Sergei Soares disse ontem que a desigualdade econômica no Brasil cairá para um patamar semelhante ao dos Estados Unidos, em oito anos, e ao do Canadá, em 20 anos, caso o país mantenha o ritmo de desconcentração de renda registrado na última década. Ele apresentou os dados durante seminário de comemoração pelos dez anos do Bolsa Família, que contou também com o lançamento do livro “Programa Bolsa Família — Uma década de inclusão e cidadania”.

Segundo Sergei, a diminuição da desigualdade até o patamar dos EUA, caso ocorra, não será o mesmo que desfrutar do padrão de vida dos norte-americanos, já que a desigualdade diz respeito à distribuição da riqueza e não à renda per capita.

O presidente do IPEA, Marcelo Neri, lembrou que os EUA têm experimentado movimento inverso ao do Brasil, com aumento da desigualdade. Neri lembrou ainda que os 10% mais pobres da população brasileira tiveram ganho real de 120% na renda, entre 2001 e 2012:

— É uma estatística para chinês ficar com inveja. Não de nós, mas dos pobres brasileiros — disse Neri, que é também ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.





FONTE: O GLOBO

Congresso Nacional corta mais de 2 mil supersalários





A determinação de corte dos supersalários de milhares de funcionários no Congresso Nacional já pegou dois deputados e resultou numa economia de pelo menos R$ 7,23 milhões aos cofres públicos. O valor corresponde somente aos descontos feitos das remunerações acima do teto constitucional de dois mil servidores da Câmara. No Senado, a medida deve atingir ao menos 500 pessoas. O corte na folha de outubro é o primeiro desde que o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que os valores eram irregulares.

O GLOBO constatou que os deputados federais Nice Lobão (PSD-MA) e Carlos Bezerra (PMDB-MT) estão entre os que tiveram os maiores cortes de salário em razão da decisão do TCU. Um deputado tem como remuneração apenas o salário fixo de R$ 26,7 mil — todos os pagamentos inerentes ao cargo, como a cota parlamentar, não são incluídos no cálculo remuneratório.

Nice, mulher do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e mãe do senador Lobão Filho (PMDB-MA), acumulava a remuneração como servidora aposentada da Câmara, de R$ 18,4 mil, e o salário de deputada, R$ 26,7 mil, o que totalizava R$ 45,1 mil brutos até a folha de setembro. Não havia qualquer aplicação de abate-teto. Com a determinação do TCU, o desconto obrigatório nos contracheques da parlamentar foi de R$ 17 mil.

O salário de Bezerra teve um desconto de R$ 10,1 mil em outubro, em razão de uma aposentadoria recebida pelo deputado, segundo a diretoria geral da Câmara. Uma decisão judicial já mandava cortar a remuneração do parlamentar. Em setembro, o abate-teto foi de R$ 12,2 mil. Os dois deputados não retornaram às ligações do GLOBO.

Antes de a Casa começar a cumprir a decisão do TCU, o abate-teto aplicado levava a uma economia de R$ 3,27 milhões. Agora, com os novos critérios determinados pelo TCU, R$ 10,5 milhões deixaram de ser depositados nas contas de servidores que, até há bem pouco tempo, recebiam mais do que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), cujo salário — R$ 28.059,29 — é o teto do funcionalismo público no país.

Novo cálculo incluiu funções comissionadas

Em agosto, o plenário do TCU decidiu que todos os servidores da Câmara com salários acima do teto constitucional deveriam receber no máximo R$ 28 mil. Uma auditoria inicial identificou 1,1 mil servidores nessa condição. Depois, um novo pente-fino do tribunal encontrou 2,2 mil funcionários recebendo acima do teto. Naquela ocasião, os ministros do TCU concordaram com a tese de que não havia necessidade de devolução do dinheiro recebido além do permitido por lei. No mês seguinte, o mesmo tribunal determinou o corte dos supersalários no Senado e a devolução dos valores pagos a mais para quase 500 servidores.

A interpretação que prevaleceu no TCU é de que funções comissionadas devem ser incluídas no cálculo para a adaptação ao teto. A Câmara excluía esses pagamentos do cálculo. Até a folha de setembro, 1.277 servidores da Casa tinham os salários descontados por um abate-teto. O maior desconto até então era de R$ 12,3 mil. A partir de outubro, primeiro mês de aplicação da decisão do TCU, 2 mil funcionários foram enquadrados e tiveram as remunerações limitadas a R$ 28 mil brutos cada um. As novas regras levaram a descontos maiores nos salários, ou seja, a uma maior economia aos cofres públicos.

Secretário-geral teve corte superior a R$ 23 mil

A remuneração bruta do secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara, Mozart Vianna, foi reduzida de R$ 51,1 mil para R$ 28 mil, o teto constitucional. O abate totalizou R$ 23,1 mil, considerado um dos mais altos em decorrência da decisão do TCU. Como servidor aposentado, Mozart tinha uma remuneração bruta de R$ 36,2 mil, já descontados R$ 4,5 mil para uma primeira adequação ao teto. O cargo de natureza especial rendia outros R$ 14,8 mil. Agora, o valor total não excede a R$ 28 mil. O secretário-geral vai decidir durante as férias se continuará no cargo, uma vez que, salarialmente, já não há diferença em relação à aposentadoria.

— O STF precisa estabelecer uma regra geral para todos os poderes. Falta uma norma geral, uma regulamentação, e o momento é bom e didático para se resolver isso de uma vez por todas. Toda a minha carreira foi construída por meio de concursos públicos. E sempre fui convidado, nunca pedi cargos — disse Mozart.

O diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, passou a receber um salário bruto R$ 8,2 mil menor. Antes, com um abate-teto de apenas R$ 1,3 mil, o diretor recebia R$ 36,2 mil brutos. Agora, é o teto de R$ 28 mil.

— Foi descontado basicamente o valor da minha função comissionada. Se for para todo mundo, eu acho muito justo. Mas não é para todo mundo no funcionalismo público. Na Câmara, quem está no fim da carreira não pode mais virar diretor-geral, por exemplo — afirmou Sérgio.

FONTE: OGLOBO


ASSASSINATOS SUBIRAM 38% NO ESTADO E 19% NA CAPITAL




Depois de três meses em queda, enquanto a situação do estado já preocupava as autoridades de segurança, os casos de homicídios aumentaram na cidade do Rio. Os últimos indicadores de criminalidade, divulgados ontem pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), revelam que, em agosto deste ano, houve 113 assassinatos na capital contra 95 no mesmo mês de 2012. Isso significa um crescimento de 18,94%. O relatório do ISP também não traz boas notícias para o estado, onde não houve mudança na tendência de alta: pelo sexto mês seguido, comparado ao mesmo período de 2012, o número de homicídios cresceu, chegando a 406 em agosto deste ano, contra 294 em 2012 (mais 38,04%). Outros crimes também seguem a tendência. A PM atribui o deslocamento de policiais para as manifestações como a causa do fenômeno. Em agosto, ocorreram mais de 30 protestos.

O sinal de alerta disparou entre especialistas de segurança. E não só por conta dos homicídios, mas principalmente pelo recrudescimento das estatísticas de modo geral em todo o estado, na comparação entre agosto deste ano e o mesmo mês de 2012. Os roubos a estabelecimentos comerciais aumentaram 44,54%; a residências, 26%; de veículos, 44,31%; a transeuntes, 32,46%; e em coletivos, 82,31%.

SOCIÓLOGO: "ESSAS POLÍTICAS SE ESGOTARAM"

Para o sociólogo Ignácio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, a alta dos crimes deixa claro que as políticas de segurança bem-sucedidas estão se esgotando. Ele ressalta que medidas como a implantação das UPPs, o estabelecimento de metas para a redução de crimes e a criação da Divisão de Homicídios ajudaram a promover uma queda histórica dos índices de violência em 2011 e em grande parte de 2012.

— Essas políticas se esgotaram. Já deram o que tinham que dar. Agora está tudo estagnado. O estado não tem um projeto para continuar esse processo de redução, principalmente na Baixada e na Zona Oeste do Rio — diz o sociólogo, destacando que as manifestações vêm mobilizando parte do efetivo da PM, que acaba sendo deslocado do policiamento nas ruas.

A opinião é compartilhada por Paulo Storani, antropólogo e ex-capitão do Bope, que vê na falta de policiais nas ruas um dos fatores para o incremento da violência:

— Esse crescimento se deve a um conjunto de fatores. A PM está se desdobrando para deslocar efetivo para as manifestações. O policiamento ostensivo previne o crime.

Storani observa que a falta de contingente é um problema antigo, agravado com as UPPs, que têm recebido a maioria dos policiais recém-formados. Segundo ele, outro fator é a adaptação dos criminosos às medidas de segurança.

NA BAIXADA, O MAIOR NÚMERO DE MORTES

Sem fazer análise do que estaria por trás desses números, o presidente do ISP, tenente-coronel Marcus Ferreira, através de sua assessoria, reconheceu um crescimento no estado da chamada letalidade violenta (soma do número de homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte, roubos seguidos de morte e autos de resistência). Houve, em toi do o estado, 453 mortes em agosto que podem ser enquadradas no conceito de letalidade violenta. Em julho, tinham sido 357 casos, uma variação de 26,9%, ou 96 mortes a mais. O percentual ainda é maior quando se compara com o mesmo mês de j 2012, quando foram registradas 350 mortes: 29,4%, ou 103 mortes a mais. A Baixada Fluminense foi o cenário da maior parte das mortes, 34,2% do total do estado aconteceram lá. Quando se leva em consideração a circunscrição, a Zona Oeste (com região de Santa Cruz e adjacências) também se destaca como uma área problemática, com a maior incidência de mortes no mês: 30.

A hipótese levantada pelos especialistas é uma certeza para a Polícia Militar. Segundo a corporação, o número de crimes subiu em áreas onde PMs passaram a ser deslocados para atuar em manifestações que terminaram em violência. Com isso, o patrulhamento ostensivo foi prejudicado. Mas a corporação adianta que, até o final do ano, mais 689 novos policiais serão formados e trabalharão em unidades convencionais e também em UPPs.

Por nota, a PM informa ainda que outras medidas estão sendo adotadas, como o remanejamento de 18 policiais atualmente da Banda de Músicos do 12^ BPM (Niterói), que irão para unidades operacionais, e também de cerca de 60 PMs do 1® Batalhão de Polícia Burocrática (BPB), que já estão fazendo rondas a pé das 16h às 22h, de segunda a sexta-feira, em Botafogo, onde houve aumento em alguns índices de criminalidade. Outros cem PMs do Batalhão de Grandes Eventos fazem agora o patrulhamento em Santa Teresa e na região da Saara, no Centro, aos sábados.

Ao mesmo tempo, a PM contabiliza, em levantamento interno, resultados que considera positivos: um aumento, de janeiro a setembro deste ano, de mais de 23% na apreensão de pistolas e de 11,38% na de fuzis, em relação ao 2012.0 número de prisões também cresceu: 26%.




FONTE: OGLOBO

Desigualdade cai no Brasil e pode chegar à taxa dos EUA



O pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Sergei Soares disse ontem que a desigualdade econômica no Brasil cairá para um patamar semelhante ao dos Estados Unidos, em oito anos, e ao do Canadá, em 20 anos, caso o país mantenha o ritmo de desconcentração de renda registrado na última década. Ele apresentou os dados durante seminário de comemoração pelos dez anos do Bolsa Família, que contou também com o lançamento do livro “Programa Bolsa Família — Uma década de inclusão e cidadania”.

Segundo Sergei, a diminuição da desigualdade até o patamar dos EUA, caso ocorra, não será o mesmo que desfrutar do padrão de vida dos norte-americanos, já que a desigualdade diz respeito à distribuição da riqueza e não à renda per capita.

O presidente do IPEA, Marcelo Neri, lembrou que os EUA têm experimentado movimento inverso ao do Brasil, com aumento da desigualdade. Neri lembrou ainda que os 10% mais pobres da população brasileira tiveram ganho real de 120% na renda, entre 2001 e 2012:

— É uma estatística para chinês ficar com inveja. Não de nós, mas dos pobres brasileiros — disse Neri, que é também ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.





FONTE: O GLOBO

A festança dos mortos



A imagem da morte associada ao medo e à tristeza não se aplica ao Dia de Finados no México. Os mexicanos desafiam o pesar da data com alegria e irreverência: montam altares coloridos em casa com flores e comida dedicados aos mortos, reúnem-se para limpar os túmulos de entes queridos, até levam grupos de mariachis aos cemitérios. Não que não haja choro ou luto. Mas os mexicanos acreditam que, nessa época, os mortos voltam para casa para reencontrar suas famílias. E é uma oportunidade de recriar — simbolicamente, por supuesto — os momentos felizes de convivência com os parentes que já não estão ali. A prática, no mínimo inusitada em comparação com a maioria dos costumes ocidentais, é uma tradição antiga incorporada à cultura mexicana, e por isso mesmo, muito natural no país.

— Ao longo de várias gerações, esse hábito criou um sentimento de união entre os que se foram e os que ficaram, o que também explica por que a atitude diante da perda costuma ser encarada como uma mudança, e não como o final de algo — disse ao GLOBO o arqueólogo Orlando Casares, do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (Inah), em Mérida. — Não é algo a ser receado, e sim esperado, por isso se celebra com banquetes, risos e tudo aquilo que faça recordar os entes queridos.

O costume vem dos povos pré-hispânicos, que já traziam a concepção de que a morte é parte do ciclo da vida, e que deve ser respeitada, não temida. Astecas, maias e toda a imensa diversidade de grupos indígenas mesoamericanos dedicavam vários rituais a divindades relacionadas à morte, tidas por eles como responsáveis por influenciar o que acontecia com os vivos. Em celebrações de nascimentos, sacrifícios, plantações ou colheitas, a morte era um elemento sempre presente.

— Desde tempos pré-hispânicos, os mortos assumiram uma condição sagrada por sua relação com uma série de divindades. Acredita-se que eles estão ligados à atividade agrária, que ajudam a provocar a chuva, amenizam tempestades, evitam inundações e favorecem o crescimento de plantações. Em alguns lugares do Pacífico mexicano, crê-se que os mortos trabalham para os vivos, e eles são recompensados com uma grande festa — conta ao GLOBO o antropólogo Arturo Gómez Martínez, do Museu Nacional de Antropologia, na Cidade do México.

Influência do catolicismo

Com a chegada dos espanhóis e a repressão da Conquista, vieram as mudanças. Elementos coloniais associados ao catolicismo, como imagens de santos e velas, invadiram as oferendas. E as homenagens antes realizadas em vários dias acabaram concentradas nesta época do ano, em consonância com o calendário religioso católico.

Nas áreas rurais mexicanas, porém, onde povos indígenas ainda resistem às influências dos centros urbanos e do Halloween do país vizinho, as festividades não se restringem a uma só data ou estilo. Entre os mazatecos, no estado de Oaxaca, por exemplo, a celebração começa desde 29 de outubro, com banquetes dedicados aos defuntos e oferendas nos cemitérios. As cores vibrantes amarela e alaranjada das flores de cempaxóchitl — também chamada de “flor dos mortos” — atrairiam e guiariam os defuntos no caminho ao reencontro com a família. Já os nahuas, otomís e outros grupos indígenas do centro do país costumam até jantar nos cemitérios nesta época para “desfrutar” da comida com os entes queridos falecidos. No Sudeste do México, a prática vai além:

— Antes da festividade, os maias exumam, limpam e levam os ossos dos mortos para casa, para que eles presidam as festas nos altares, envolvidos em tecidos bordados. Quando acaba a comemoração, eles são devolvidos aos túmulos — conta Gómez Martínez.

Os simbolismos do culto pré-hispânico à morte — e aos mortos — são menos visíveis nos centros urbanos, mas também estão ali: as festas com música nos cemitérios, as rezas e as oferendas de comidas e flores preparadas com antecedência e esmero.

— O estilo dos altares pode variar, mas os mais comuns são montados com objetos que pertenciam aos defuntos e fotografias deles, além de suas comidas e bebidas preferidas. Também há velas e, no caso de crianças, o altar ganha mais cores e seus brinquedos favoritos — enumera Casares.

Também é popular no país a Santa Morte, representada com a imagem de um esqueleto com vestes de santa. Apesar da temática em comum, ela não vem das cerimônias ligadas ao Dia de Finados.

— A Santa Morte surge da própria visão mexicana sobre a morte, desde tempos pré-hispânicos, em contraste com o catolicismo taxativo que a encara como um inimigo, sob o argumento bíblico de que Jesus a venceu — explica Casares. — E ela aparece com uma variação à concepção mexicana da morte, vista como uma santa, quase uma ‘outra personalidade’ da Virgem de Guadalupe.

Os devotos da Santa Morte costumam ser pessoas com profissões de risco, que então rezam para ela em busca de proteção — ou rogam por uma morte sem dor. Nos últimos anos, com o aumento da violência e o combate aos cartéis de drogas no México, a veneração acabou mais associada aos traficantes. Mas, apesar de polêmicas e desvirtuações, não se restringe a eles. A Santa Morte tem muitos santuários espalhados país afora.

Caveiras de açúcar e papelão

Longe de controvérsias estão as caveiras coloridas feitas de papelão ou açúcar, que surgem numa tentativa de estender a “presença” dos entes queridos. Na Cidade do México e em boa parte do centro do país, é comum representar o falecido com uma caveira artesanal caracterizada com elementos que remetem à profissão que ele teve em vida. Também é de praxe dedicar a amigos e familiares versinhos gaiatos e bem-humorados nos quais a morte é o tema — chamados de calaveras, caveiras, em espanhol.

Antigas ou mais recentes, são mostras simples de apreço, aliadas à característica de um povo — nisso semelhante ao brasileiro — de rir e fazer troça dos desafios e percalços da vida. Uma marca, com o perdão do trocadilho, aparentemente imortal nos mexicanos.



FONTE: JORNAL O GLOBO