A Atenção ao tratamento de álcool e outras drogas se faz necessário em Pádua- RJ com urgência!
Foto enviada pela família |
Com
a proclamação da Constituição, em 1988, cria-se o Sistema Único de Saúde (SUS)
e são estabelecidas as condições institucionais para a implantação de novas
políticas de saúde, entre as quais a de saúde mental.
Consoante
com diversas experiências de reforma da assistência psiquiátrica no mundo
ocidental, e as recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)
contidas na Carta de Caracas (1990), o Ministério da Saúde, a partir da década
passada, define uma nova política de saúde mental que redireciona
paulatinamente os recursos da assistência psiquiátrica para um modelo
substitutivo de base comunitária.
Incentiva-se a criação de serviços em saúde
mental de atenção comunitária, pública, de base territorial, ao mesmo tempo em
que se determina a implantação de critérios mínimos de adequação e humanização hospitalar especializado.
Mas tem funcionado realmente para todos ou só para uma minoria?
Jovens paduanos estão se viciando rápido
demais nas drogas e álcool, muitas das vezes com o aval da família, na sociedade
as festas, encontros são regados com muitas
bebidas alcoólicas , a porta de entrada para esses jovens a um mundo mais
relaxante e liberal. Infelizmente junto com o álcool vêm as drogas e a
situação está alarmante e crescente.
As
famílias quanto perdem o controle não sabem como lidar com a situação,
lógicos não são profissionais é necessária
atenção maior para esse problema que cresce a cada dia é uma bomba
preste a explodir já que o tratamento não é eficaz, duradouro, pois é
necessário um empenho familiar e profissional da aérea de saúde
mental.
Muito
dos jovens não tem acesso a internação só se for judicialmente, existe
a fragilidade de uma internação facilitadora sem ter que recorrer a
justiça.
Uma
família do bairro Cidade Nova em Pádua_ RJ procurou o jornal, pois
não agüentam mais o filho drogado em casa, batendo em familiares e
quebrando tudo, orientei que se procure o Caps ou a justiça,a resposta foi que
fizeram tudo isso e não teve o retorno esperado,era como se
não tivessem procurado ninguém. Estão desesperados e abandonados. Bom
o que dizer? Insista.
“Márcia,
ajuda a gente pelo amor de Deus, meu pai teve que abandonar a casa ele agride
meu pai todo dia e põe pra fora de madrugada, a minha família que internar ,a cada dia ele fica mais agressivo e pior. Será que vão esperar ele matar meu pai ou
tacar fogo na casa como ocorreu mês passado com outro jovem aqui do bairro também? Precisamos de ajuda. “
Bom
o que posso fazer? Espero que essa matéria chame atenção da saúde mental em Pádua,
que eles tenham um olhar mais atento a essas situações que vem crescendo ao
longo do tempo.
O
jovem que pede socorro como outros precisam de mais atenção, pois a
quantidade de jovens envolvidos com o uso de drogas e álcool aumentou
assustadoramente no Município de Santo Antonio de Pádua e
isso aumenta a violência ao município, pois acabam
roubando por conta do vicio. O final da historia pode ser cadeia ou a morte, mas
quem sabe com um tratamento mental esses jovens podem ter uma chance de mudar, só
basta que uma mão se estenda para que a internação aconteça sem
tantas burocracias e dificuldades. Hoje são esses jovens sem
recursos financeiros amanha pode ser os seus filhos, netos,
sobrinhos, pois mesmo com recursos essas drogas acabam com qualquer
estrutura familiar.
O que adianta ter rios de dinheiro dentro
de uma família totalmente destruída pelas drogas.
Então melhor
prevenir, cuidar e participar mais da vida dos nossos jovens eles são a
geração do futuro. Prevenção sim.
Já
pensou uma geração totalmente alienada, drogada e
alcoolizada?
“Infelizmente
muitos enriquecem com doença, traficantes,médicos inescrupulosos
muitos deles viciados também,uma saúde mercenária que só pensa em tirar
proveitos de verbas que chegam para ajudar e não são usadas como
deveria,investida realmente em prol dos pacientes mentais.Verbas que enriquecem
absurdamente e deixam pacientes mentais abandonados..........”
EM PÁDUA O CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ILHA
DA CONVIVÊNCIA
È um serviço aberto e comunitário que tem como papel cuidar de pessoas que
sofrem com transtornos mentais severos e persistentes, como as neuroses graves
e psicoses, além de funcionar como organizador da rede de atenção psicossocial.
É
a porta de entrada para os mais diversos e variados casos de agravos e
sofrimentos psíquicos, inclusive os referentes ao uso abusivo de álcool e
outras drogas.
Um
dos princípios básicos determinados por lei é que nossa unidade se
responsabilize por essas demandas específicas no campo da saúde mental,
garantindo a presença de profissionais responsáveis durante todo o período de
funcionamento, um plantão técnico, que crie uma ambiência terapêutica
acolhedora, ao mesmo que inclua pacientes muito desestruturados que não
consigam acompanhar as atividades estruturadas da unidade.
A atenção também inclui ações dirigidas aos
familiares, onde trabalhamos com a idéia de gerenciamento de casos, buscando
personalizar o projeto terapêutico de cada paciente que deve ser singular,
respeitando-se as diferenças pessoais.
Através
de contribuições técnicas multidisciplinares é articulado recursos de natureza clínica,
incluindo consultas em diversas áreas, medicamentos, arranjos de moradia, de
trabalho, de lazer, de previdência e outros. A ênfase se dá numa possível e
adequada reabilitação biopsicossocial, tríade importante.
Em
nosso Município o DEPARTAMENTO DE SAÚDE MENTAL
Possui
três unidades de Atendimentos a população:
•
O CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ILHA DA CONVIVÊNCIA;
•
AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL;
•
SERVIÇO RESIDENCIAL TERAPÊUTICO
MAS O CAPS FUNCIONAM REALMENTE?
Os
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção
à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. É
o surgimento destes serviços que passa a demonstrar a possibilidade de
organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país.
É
função dos CAPS prestar atendimento clínico em regime de atenção diária,
evitando assim as internações em hospitais psiquiátricos; promover a inserção
social das pessoas com transtornos mentais através de ações intersetoriais;
regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área
de atuação e dar suporte à atenção à saúde mental na rede básica.
É
função, portanto, e por excelência, dos CAPS organizar a rede de atenção às
pessoas com transtornos mentais nos municípios. Os CAPS são os articuladores
estratégicos desta rede e da política de saúde mental num determinado
território.
Cabe
aos CAPS o acolhimento e a atenção às pessoas com transtornos mentais graves e
persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em
seu território.
O
Serviço Residencial Terapêutico (SRT) – ou residência terapêutica ou
simplesmente “moradia” – são casas localizadas no espaço urbano, constituídas
para responder às necessidades de moradia de pessoas moradoras de transtornos
mentais graves, institucionalizadas ou não. O número de usuários pode variar
desde 1 indivíduo até um pequeno grupo de 8 pessoas, que deverão contar sempre
com suporte profissional sensível às demandas e necessidades de cada um.
Considera-se
que a atenção básica/saúde da família é a porta de entrada preferencial de todo
o Sistema de Saúde, inclusive no que diz respeito às necessidades de saúde
mental dos usuários. Busca-se resgatar a singularidade de cada usuário,
investindo no seu comprometimento com o tratamento, apostando em seu
protagonismo, tentando romper com a lógica de que a doença é sua identidade e
de que a medicação é a ‘única’ responsável pelas melhoras; investir nas suas
potencialidades; auxiliar na formação de laços sociais e apostar na força do
território como alternativa para a reabilitação social.
Uma
forma de implementar o apoio matricial é através dos NASF (Núcleo de Apoio à
saúde da Família). Desde janeiro de 2008 há regulamentação para a formação
destas equipes, com recomendação explícita de que cada NASF conte com pelo
menos um profissional de saúde mental.
A atenção a álcool e outras drogas funcionam
em seu município?
A
política de atenção a álcool e outras drogas prevê a constituição de uma rede
que articule os CAPS e os leitos para internação em hospitais gerais (para
desintoxicação e outros tratamentos). Estes serviços devem trabalhar com a
lógica da redução de danos como eixo central ao atendimento aos
usuários/dependentes de álcool e outras drogas. Ou seja, o tratamento deve
estar pautado na realidade de cada caso, o que não quer dizer abstinência para
todos os casos (para a implantação de CAPSad, ver item 4)
A
implantação de um Serviço Hospitalar de Referência para Álcool e outras Drogas
(SHRad) em Hospital Geral é importante em municípios com mais de 200.000
habitantes que já ofereçam atendimento especializado, como o CAPSad (projetos
de municípios com menor população podem ser analisados, de acordo com a
situação local). Municípios entre 20 a 70.000 habitantes – CAPS I e rede
básica com ações de saúde mental.
Os
principais objetivos dos SHRad são o atendimento de casos de
urgência/emergência relacionados a álcool e outras drogas (Síndrome de
Abstinência Alcoólica, overdose, etc) e a redução de internações de alcoolistas
e dependentes de outras drogas em hospitais psiquiátricos. Para tanto, os SHRad
realizam procedimentos melhor remunerados pelo SUS e podem contar com, no
máximo, 16 leitos.
REFORMA
PSIQUIÁTRICA
É
a ampla mudança do atendimento público em Saúde Mental, garantindo o acesso da
população aos serviços e o respeito a seus direitos e liberdade;
É
amparada pela lei 10.216/2001, conquista de uma luta social que durou 12 anos;
Entendimento
das questões de álcool e outras drogas como problema de saúde pública e como
prioridade no atual governo;
Ratificação
das diretrizes do SUS pela Lei Federal 10.216/01 e III Conferência Nacional de
Saúde Mental.
Os Desafios
Fortalecer
políticas de saúde voltadas para grupos de pessoas com transtornos mentais de
alta prevalência e baixa cobertura assistencial;
Consolidar
e ampliar uma rede de atenção de base comunitária e territorial, promotora da
reintegração social e da cidadania;
Implementar
uma política de saúde mental eficaz no atendimento às pessoas que sofrem com a
crise social, a violência e desemprego;
Aumentar
recursos do orçamento anual do SUS para a Saúde Mental.
Leitos de Atenção Integral
São
considerados Leitos de Atenção Integral em Saúde Mental todos os recursos de
hospitalidade e acolhimento noturno da rede de atenção à saúde mental (leitos
dos Hospitais Gerais, dos CAPS III, das emergências gerais, dos Serviços
Hospitalares de Referência para Álcool e Drogas), quando articulados em rede –
podendo estar associados aos leitos de hospitais psiquiátricos de pequeno
porte, quando eles existirem.
Estes
leitos devem ofertar o acolhimento integral ao paciente em crise, devendo estar
articulados e em diálogo com outros dispositivos de referência para o paciente.
Estima-se
que de 10% a 20% da população de crianças e adolescentes sofram de transtornos
mentais. Desse total, de 3% a 4% necessitam de tratamento intensivo. Entre os
males mais freqüentes estão a deficiência mental, o autismo, a psicose
infantil, os transtornos de ansiedade. Observamos, também, aumento da
ocorrência do uso de substâncias psicoativas e do suicídio entre adolescentes.
Rede
de atenção psicossocial de acordo com o porte dos municípios:
Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, Álcool e Drogas (CAPS AD) e Infanto-juvenil (CAPSi).
Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, Álcool e Drogas (CAPS AD) e Infanto-juvenil (CAPSi).
Municípios
entre 20 a 70.000 habitantes – CAPS I e rede básica com ações de saúde mental.
REPUBLICADA
EM 04 DE MARÇO DE 2008. Nesta portaria, há a recomendação explícita de que cada
NASF conte com pelo menos um profissional de saúde mental, para realizar as
ações de matriamento que visam potencializar as ESF.
Abaixo, segue a
recomendação:
Art. 4º – IV
§ 2º Tendo em vista a magnitude epidemiológica dos transtornos mentais, recomenda-se que cada Núcleo de Apoio a Saúde da Família conte com pelo menos 1 (um) profissional da área de saúde mental.
Existem 2 modalidades de NASF:
O NASF I deve realizar as suas atividades vinculadas a no mínimo 8 Equipes de Saúde da Família,
e no máximo a 20 Equipes de Saúde da Família.
• Exceção: municípios com menos de 100.000 habitantes da região NORTE, cada NASF poderá realizar suas atividades vinculado a, no mínimo 5 ESF e a, no máximo 20 ESFObs: os municípios com menos equipes poderão se unir para implantar um NASF.
• Financiamento: R$ 20.000,00 / mês
• Deverá ser composto por, no mínimo cinco profissionais de nível superior, de ocupações não-coincidentes.
O NASF II deve realizar suas atividades vinculado a, no mínimo 3 (três) equipes de Saúde da Família.
• O número máximo de NASF 2 aos quais o Município pode fazer jus para recebimento de recursos financeiros específicos será de 1 (um) NASF 2.
• Somente os Municípios que tenham densidade populacional abaixo de 10 habitantes por quilômetro quadrado, de acordo com dados da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE, ano base 2007, poderão implantar o NASF 2.
• financiamento: R$ 6.000,00 / mês
• Nasf II deverá ser composto por, no mínimo três profissionais de nível superior, de ocupações não-coincidentes.
Outra possibilidade é a realização do apoio matricial por meios dos CAPS ou ambulatórios de saúde mental. As principais ações do apoio matricial são:
1) Responsabilidade compartilhada
2) Construção de uma agenda integrada:
a) Atendimento conjunto
b) Discussão de casos – supervisão
c) Criação de estratégias comuns para abordar as questões de violência, abuso de álcool e
outras drogas, entre outras
d) Elaboração de um projeto terapêutico singularizado
3) Formação continuada
4) Fomento das ações intersetoriais
E o atendimento em hospitais psiquiátricos?
A
Política de Saúde Mental tem como uma de suas principais diretrizes a reestruturação
da assistência hospitalar psiquiátrica, objetivando a redução contínua e
programada de leitos em hospitais psiquiátricos, com a garantia da assistência
destes pacientes na rede de atenção extra-hospitalar, buscando sua reinserção
no convívio social. Para isso foi instituído, através das Portarias
GM/MS
nº 52 e 53, de 20 de janeiro de 2004, o Programa Anual de Reestruturação da
Assistência Hospitalar Psiquiátrica no SUS – PRH.
Bom a matéria foi feita como forma de esclarecimento sobre a saude mental como funciona no Brasil,detalhes maiores procurem os CAPS de seu município.
Abaixo os contatos para ajuda ou orientação:
CONTATOS DA COORDENAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE MENTAL
Endereço eletrônico: saudemental@saude.gov.br
Telefones: (61) 3315 2313/ 33152684/ 3315 2655/ 33153319
Fax: (61) 3315 2313
Endereço:
Ministério da Saúde
Coordenação Geral de Saúde Mental/DAPE/SAS
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Edifício Sede, 6º andar, sala 603
Brasília – DF
CEP: 70.058-90
Em
Santo Antonio de Pádua
Departamento
de Saúde Mental
Praça
Monsenhor Diniz, s/nº - Centro
Santo
Antônio de Pádua – RJ
Tel.:
(22) 3851 0474
E-mail:
saudementalpadua@gmail.com
Diretor
do Departamento
de
Saúde Mental:Allan de Aguiar Almeida