JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Aplaudido de pé e ao som da orquestra do Teatro Municipal, Papa Francisco se encontrou com representantes da sociedade civil brasileira

“Hoje, ou se aposta na cultura do encontro, ou todos perdem; percorrer a estrada justa torna o caminho fecundo e seguro”
Na Jornada Mundial da Juventude. No discurso de boas vindas, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, se referiu ao momento atual do Brasil e ao papel que cabe aos jovens neste “novo momento”. Ele expressou sua esperança que a Jornada Mundial da Juventude contribua com este impulso de democracia participativa.
 
“Um ponto deve unir todos: uma busca obstinada em valorizar o ser humano, em particular aqueles mais fragilizados. Precisamos e devemos afirmar o sonho da justiça, da paz e da reconciliação de todos”.
 Walmyr Goncalves da Silva Júnior, membro da pastoral jovem, falou em nome da sociedade civil. O jovem de 28 anos, morador de uma comunidade, disse “eu também sou sociedade civil”, apesar de ter tido todas as possibilidades de ser mais uma vítima da violência e das drogas. Graças ao trabalho da Igreja, hoje é professor universitário. Em um emocionante discurso, falou da força do amor: “amar e ser amado é, para mim, o sentido da vida em sociedade”.
Em seu discurso, Papa Francisco pediu aos presentes “responsabilidade solidária para construir o futuro, o diálogo construtivo para encarar o presente. Fazer que a humanização integral e a cultura do encontro e do relacionamento cresçam é o modo cristão de promover o bem comum, a felicidade de viver. E aqui convergem a fé e a razão, a dimensão religiosa com diversos aspectos da cultura humana: arte, ciência, trabalho, literatura. O cristianismo une transcendência e encarnação; sempre revitaliza o pensamento e a vida, frente a desilusão e o desencanto que invadem os corações e saltam para a rua".
O Papa chamou a atenção para atitudes fundamentais: “o futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza. Que ninguém fique privado do necessário, e que a todos sejam asseguradas dignidade, fraternidade e solidariedade: esta é a via a seguir”, assegurou. “Além da racionalidade científica e técnica, na atual situação, impõe-se o vínculo moral com uma responsabilidade social e profundamente solidária”.
Papa Francisco citou o diálogo como a opção possível para evitar a indiferença e a violência “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo”
“É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos”.
“O outro tem sempre algo para nos dar, desde que saibamos nos aproximar dele com uma atitude aberta e disponível, sem preconceitos”. 
“Hoje, ou se aposta na cultura do encontro, ou todos perdem; percorrer a estrada justa torna o caminho fecundo e seguro”. No final, um grupo de crianças sentou-se ao redor do Papa enquanto se ouvia o hino “Ubi Caritas”.

Papa: “Jesus nos dá algo maior que a Copa do Mundo”


Mais de três milhões de jovens ocuparam Copacabana, segundo os cálculos da Prefeitura do Rio de Janeiro, para participar com Papa Francisco de uma vigília de oração e fé da Jornada Mundial da Juventude. Para uma JMJ, este é o segundo maior público, considerando que nas Filipinas foram 4 milhões. Um mar de bandeiras de vários países podia ser visto desde as primeiras horas da manhã na Praia de Copacabana, transformando a cidade em uma festa de cor e juventude. Antes da Vigília, grupos musicais, vídeos e apresentações artísticas animaram os peregrinos. O flashmob, com a participação de padres e bispos, foi um dos momentos mais surpreendentes da primeira parte do programa.
Diante de Papa Francisco, quatro jovens contaram suas histórias, mostrando que em situações difíceis, encontraram razões para viverem na fé. O Papa mencionou a troca de local da Vigília, do Campus Fidei, em Guaratiba, para Copacabana, devido ao mau tempo – perguntando aos jovens. “Não estaria o Senhor querendo dizer que o verdadeiro campo da fé, o verdadeiro campus fidei, não é um lugar geográfico, mas sim somos nós?”
Alternando momentos de silêncio e oração com diálogo com os jovens, Francisco classificou o campo como uma seara, um lugar de treinamento e como uma obra em construção.
 “Queridos jovens quando aceitamos a palavra de Deus, então nos convertemos no Campus Fidei! Por favor, deixem que Cristo e sua Palavra entrem em sua vida, que germine e cresça”. Muito próximo aos jovens, explicou que sempre há espinhos e pedras na vida, mas pediu – com palavras típicas da Argentina – a fazerem um “pouco de terra boa (un cachito de buena tierra) nos corações”. “Vão ver como germina”, concluiu. Entre as dificuldades, Papa assinalou a superficialidade e a falta de coragem de ir contra a corrente. Pediu aos milhões de jovens que não “sejam cristãos pela metade ou de fachada”.
Não poderia faltar no discurso aos jovens – em sua maioria brasileiros – uma referência ao futebol como paixão nacional para lembrar da importância do treinamento para “estar em forma e enfrentar sem medo todas as situações da vida”. Sob aplausos dos jovens, Francisco disse: “Jesus nos oferece algo maior que a Copa do Mundo. Oferece uma possibilidade de uma vida fértil e feliz”. O pontífice identificou os três pontos fundamentais deste treinamento: “a oração, os sacramentos e a ajuda ao próximo” e disse que os jovens são “os autênticos atletas de Cristo”.
Para finalizar, Papa pediu o compromisso dos jovens. “Sejam protagonistas da sociedade. Não assistam a vida pela janela, Jesus não fez isso”, disse usando palavras típicas de seu país (“No balconeen la vida”). Fazendo uma referência direta aos jovens que “haviam saído às ruas para expressar o desejo de uma sociedade mais justa e fraterna”, Francisco lembrou que a resposta deve ser cristã. Depois das palavras, o Santo Padre deu início ao momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, parte central da Vigília.

MISSA PAPA DIA 28 EM COPACABANA‏

















Pronunciamento do Metropolitano de Cracóvia

É com grande alegria que recebi a mensagem anunciada hoje pelo Papa Francisco, de que a próxima Jornada Mundial da Juventude será realizada na Polônia no ano 2016. É uma alegria, honra e grande responsabilidade para nós. Será no mesmo ano em que celebraremos o 1050° ano do Batismo da Polônia.
Junto de toda a Igreja na Polônia, eu me regozijo pois o Papa Francisco aceitou o convite direcionado à ele pelas autoridades da República da Polônia e do Episcopado Polonês. Com isto, ele respondeu ao desejo de tantos jovens que há tempo desejam celebrar sua fé no país e na cidade de Karol Wojtyła, ele que desde a cidade de Cracóvia partiu em Outubro de 1978 para a Cidade Eterna, e quem, como Joao Paulo II, Bispo de Roma, constituiu as Jornadas Mundiais da Juventude.
Entre as diversas iniciativas pastorais de Joao Paulo II, as Jornadas Mundiais da Juventude sem dúvida tem sido de maior sucesso, abrangentes e frutuosas. O Santo Papa, desde o comeco, viu nos jovens "sentinalas da manhã(Isaías 21, 11-12), fazendo vigília ao amanhecer do Terceiro Milênio" (Tor Vergata, 19 August 2000).
Hoje, Polônia e Cracóvia abrem seus coracoes, para que em três anos possam acolher os jovens peregrinos sob a lideranca do Papa Francisco.
Nós estamos gratos ao Santo Papa pela sua decisao de visitar o país do Beato (que em pouco será Santo) Joao Paulo II, e esperamos ansiosos para fazer vigília com os "sentinelas da manha" nas festividades em Cracóvia.
Santo Papa Francisco, aguardamos ansiosos e com alegria a sua vinda e a chegada de  nossos jovens amigos.
Stanislaw Card. Dziwisz
Arcebispo Metropolitano de Cracóvia
Rio de Janeiro, 28 de Julho de 2013 

Papa pede renovação interna e o diálogo com o mundo atual


















“O Bispo deve guiar, que não é o mesmo que comandar”

Diante do Comitê da Coordenação da Celam (Conferências Espiscopais da América Latina e Caribe), Papa Francisco se dirigiu aos bispos da América Latina em um de seus últimos discursos nesta Jornada Mundial da Juventude. No início da cerimônia, Monsenhor Carlos Aguiar Retes, presidente da Celam, afirmou que “estamos em um momento crucial, os desafios da mudança de época que vivemos exige o replanejamento das atitudes, estruturas e atividades pastorais”. Para cumprir este objetivo, propôs “fazer do Documento de Aparecida uma realidade pastoral, começando em nossas próprias igrejas”.

Papa Francisco fundamentou seu discurso na essência da “Missão Continental”, conclusão da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, em 2007, e no significado do discipulado missionário, que está no lema da JMJ: “Ide e fazei discípulos em todas as nações (Mt. 28,19)”, e que é parte esencial da mensagem de Aparecida.

Papa destacou uma série de particularidades em Aparecida, cujo documento de conclusão chamou de “milagre”: “o que fizemos em Aparecida foi um milagre. Não só pelo que recebemos, mas por termos concluído o documento quando, três dias antes do fim, tínhamos várias versões”

Aparecida, nas palavras do Papa, se prolonga em compromisso, com a Missão Continental, uma missão que passa pelo “discipulado missionário” e traz, como desafios, a “renovação interna da Igreja e o diálogo com o mundo atual”.

Pautas eclesiológicas

Papa Francisco propôs algumas pautas eclesiológicas: o discipulado missionário, o perigo que a Igreja se transforme em uma ONG, a importância das atitudes pastorais, como a proximidade e o encontro e o perfil do trabalho do Bispo. “O discipulado missionário é o caminho que Deus quer para ‘hoje’. Toda projeção utópica (para o futuro) ou restauracionista (para o passado) não é do espírito bom. Deus é real e se manifesta no ‘hoje’”.

Continuando, o Papa sinalizou a importância de a Igreja sair às ruas “A Igreja é instituição, mas, quando se erige em ‘centro’, se funcionaliza e, pouco a pouco, se transforma em uma ONG. Então, a Igreja pretende ter luz própria e deixa de ser aquele “mysterium lunae” de que nos falavam os Santos Padres. Torna-se cada vez mais auto-referencial e enfraquece a sua necessidade de ser missionária. Aparecida quer uma Igreja Esposa, Mãe, Servidora, facilitadora da fé e não controladora da fé”.

Esta saída às ruas se traduz em “duas categorias pastorais que (...) podem servir de orientação para avaliar o modo como vivemos eclesialmente o discipulado missionário: a proximidade e o encontro”. Papa Francisco explicou que “a atividade pastoral é a Igreja ser mãe” e, às vezes, a Igreja é um pouco “madrasta”.

Como termômetro para avaliar o discipulado, Papa sugeriu a avaliação das homilias: “Uma pedra de toque para aferir a proximidade e a capacidade de encontro de uma pastoral é a homilia. Como são nossas homilias? Estão próximas do exemplo de Nosso Senhor, que ‘falava como quem tem autoridade’, ou são meramente prescritivas, distantes, abstratas?

O Papa dedicou especial atenção ao trabalho do Bispo. “O Bispo deve guiar, que não é o mesmo que comandar (…) Os Bispos devem ser Pastores, próximos das pessoas, pais e irmãos, com grande mansidão: pacientes e misericordiosos. Homens que amem a pobreza, quer a pobreza interior como liberdade diante do Senhor, quer a pobreza exterior como simplicidade e austeridade de vida. Homens que não tenham ‘psicologia de príncipes’. Homens que não sejam ambiciosos e que sejam esposos de uma Igreja sem viver na expectativa de outra. Homens capazes de vigiar sobre o rebanho que lhes foi confiado e cuidando de tudo que o mantém unido: vigiar sobre seu povo, atento a eventuais perigos que o ameacem, mas sobretudo para cuidar da esperança: que haja sol e luz nos corações. Homens capazes de sustentar com amor e paciência os passos de Deus em seu povo”.

Para finalizar, Papa acrescentou “incluindo-me a mim mesmo nesta afirmação, que estamos um pouco atrasados no que a Conversão Pastoral indica”, pedindo aos seus irmãos de episcopado para “tomar a sério a nossa vocação de servidores do povo santo e fiel de Deus, porque é nisso que se exerce e mostra a autoridade: na capacidade de serviço”.

Cracóvia será sede da próxima JMJ

O anúncio foi feito pelo Papa Francisco na manhã do domingo

A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será sediada pela Cracóvia (Polônia), em 2016, cidade natal do beato João Paulo II. O anúncio foi feito pelo Papa Francisco na manhã deste domingo, 28, durante a Missa de Envio da JMJ Rio2013.
Terra natal do beato João Paulo II, Cracóvia é considerada a capital espiritual da Polônia. A vida espiritual da cidade iniciou muito antes de Karol Wojtyła. Já no ano 1000, a diocese de Cracóvia foi criada, e a cidade tornou-se um destino popular para peregrinações cristãs.
O país encontra-se no centro do continente europeu. Perto de Varsóvia é onde se localiza o centro geométrico da Europa, no qual se cruzam as linhas que unem os cabos Nordkinn (a Noruega) com Matapan (o Peloponeso, a Grécia) e o Cabo da Roca (Portugal) com a parte central dos Montes Urais. Pela Polônia passa também a fronteira continental entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental.
Bandeiras da Polônia são agitadas a todo momento e faixas com o nome de João Paulo II são erguidas pelos que acompanharam a cerimônia. Um grupo de 30 pessoas, que vieram de Varsóvia, comemorou a confirmação da escolha da cidade de Cracóvia para a próxima jornada e convidou os brasileiros a conhecer a Polônia.
Um deles, o padre Krystian Chmiefewski, disse que vai ser difícil fazer uma JMJ melhor que a do Brasil. “Para nós, apesar de tudo, o Rio foi melhor do que Madri [em 2011] e que a Alemanha [em Colônia, em 2005]. O espírito do povo, alegre e fácil, inclusive dos motoristas de ônibus, que pararam inúmeras vezes para nos deixar tirar fotos,  é uma coisa incrível no Brasil", elogiou Chmiefewski.
O estudante Mikhal Sadownikis, de 18 anos, ressaltou que é difícil imaginar tantas pessoas reunidas na Polônia, mas disse que receberá com a mesma hospitalidade os brasileiros e pessoas de outras naçãoes que forem à próxima jornada. “Estou muito feliz, venham para a minha cidade. Vou recebê-los na minha casa.”
Reunidos nas areias da Praia de Copacabana, entre o Posto 5 e  o 6, onde passaram a noite, dez jovens da cidade de Gdynia, na Polônia, ficaram emocionados com a escolha de uma cidade polonesa para sede da próxima jornada.
"A Polônia merece. Somos um grupo grande de católicos, mas as pessoas não  praticam, não vão à igreja. A Jornada Mundial da Juventude vai dar esperança ao povo polonês, que também tem sofrido com a situação política", disse Patrick Lehmann, de 18 anos. Todos os integrantes do grupo convidam os brasileiros a conhecer Cracóvia. "Venham, vocês vão gostar, vamos retribuir", reforçou o padre Krystian.

João Paulo II será homenageado na Jornada da Juventude de 2016


A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ),em Cracóvia, na Polônia, em 2016, deverá ter como homenageado o papa João Paulo II, um dos criadores do evento, e que será canonizado (declarado santo) nos próximos meses. A jornada é o maior encontro da juventude católica.
A informação é do porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, durante entrevista à imprensa na JMJ, que se encerra hoje (28) na cidade do Rio, depois de uma semana de atividades com o papa Francisco.
"Naturalmente, com a perspectiva de canonização de João Paulo II, nos próximos meses, é interessante ter a próxima JMJ em sua cidade, porque ele, certamente, será protetor da jornada, desta vez, como santo", disse o porta-voz.
Durante a entrevista, Lombardi confirmou que mais de 3 milhões de pessoas participaram do evento de despedida do pontífice na Praia de Copacabana. Entre as autoridades estavam: a presidenta Dilma Rousseff; o presidente do Suriname, Desi Bouterse; o presidente da Bolívia, Evo Morales; e a presidenta da Argentina, Cristina Kichner. O vice-presidente do Uruguai, Danilo Astori, e do Panamá, Juan CarlosVarela, também participaram da Missa de Envio.
O papa presenteou a presidenta argentina com sapatinhos de bebê. "Cristina foi avó recentemente e o papa fez esse gesto. Isso não é um segredo", disse o porta-voz.

Lombardi também revelou que, uma das crianças que receberam a benção de Francisco nesta manhã, no evento na praia, era um bebê com anencefalia. "O papa conheceu os pais da criança na catedral e ficou comovido com a família que, pelas leis brasileiras, poderia ter abortado a criança, mas não o fez", pontuou.


Um novo espaço para as artes

Exposição de 20 trabalhos, entre pinturas, esculturas e instalações, o artista visual Henrique Resende na inauguração do  Espaço Cultural Maria de Bragança em Aperibé.
Ricardo Gomes

Um novo espaço para as artes na Casa de Cultura de Aperibe será inaugurado no dia 9 de agosto com a Exposição Arqueologia da Saudade, do artista visual  itaocarense Henrique Resende. A Casa de Cultura e Museu de Aperibé reúne uma serie de documentos que contam a historia da cidade. Na opinião de Marcelo da Cunha Hungria o Espaço Vivo já não comportava as exposições e o novo espaço recebe o nome da artesã Maria de Lourdes Martins Bragança. Para Marcelo uma homenagem justa para uma das grandes colaboradoras da cultura em Aperibé.
O nome foi sugerido pelo diretor-presidente do Museu e casa da Cultura de Aperibé, Marcelo da Cunha Hungria, ao prefeito Dr. Flávio Gomes de Sousa e este, em sua sensibilidade à cultura, tão logo recebeu o memorando, de pronto proferiu satisfatoriamente.“Homenagear esta ilustre carioca que se tornou cidadã aperibense é manter viva parte da nossa própria história.”, disse Marcelo Hungria
Na exposição, intitulada Arqueologia da Saudade, Resende, que tem mãe aperibeense e pai itaocarense, explora materiais como óleo, renda, ecoline e grafite em seus quadros, e papel, renda, ferro fundido e até ossos em suas esculturas. Com temática muitas vezes autobiográfica, o resultado é eclético, indo de um neo-expressionismo mórbido ao contemplativo, mas sempre com uma linguagem contemporânea.
Pinturas retratando personalidades como a saudosa Dercy Gonçalves (por quem nutria grande amizade) e como o ex Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (mostrado completamente nu) estarão presentes e o maior escritor brasileiro de todos os tempos, Machado de Assis, estará retratado numa escultura em tamanho natural e realista toda feita com papel, cola e tinta. “Esses trabalhos retratam pessoas específicas, mas o meu desejo é, através do particular, atingir uma questão universal. A condição humana é que me interessa. Acredito na arte como uma busca de crescimento espiritual e em sua importância para fazer com que o homem se torne aquilo que é”, revela Henrique Resende.
“Hoje vemos um trabalho que merece destaque em Aperibé, e vem sendo realizado pelo Marcelo Hungria, na Casa de Cultura e Museu de Aperibé. Poucas cidades ainda se preocupam em preservar sua história e sua cultura. E vemos como esse trabalho tem o apoio do Prefeito Flávio Gomes de Souza, um dos grandes intelectuais aperibeenses, e isso tem proporcionado exposições e agora com este novo espaço cultural que presta uma justa homenagem a Maria de Lourdes Martins de Bragança, uma mulher que deixou como legado seu interesse pela cultura e pelas artes.”, enfocou Pe. José Maurício Peixoto.
Maria de Lourdes Martins Bragança muito contribuiu para o progresso de Aperibé. Ela foi a primeira grande empresária do ramo das marmorarias, uma mulher à frente de seu tempo. “Carioca da gema, era filha de um casal de portugueses, comerciantes e residentes na cidade do Rio de Janeiro desde o início do século XX.
Veio parar nestas sertanias do estado do Rio de Janeiro, quando de seu casamento com o aperibense Luis Carlos Boechat Bragança, no ano de 1953. Em uma de suas viagens à Velha Europa, acabaram se esbarrando por lá, e tudo aconteceu. Tiveram dois filhos: Maria Luiza e Rodrigo, ainda na cidade maravilhosa, mas nos finais dos anos 1960, vieram em definitivo para a fazenda de propriedade da  avó materna de seu marido, Maria Reis Boechat.”, ressalta Marcelo Hungria
Para a cultura, Maria Bragança contribuiu com a sua arte espontânea, através do artesanato principalmente o patch-work, técnica de recriar mosaicos coloridos para a confecção de colchas, edredons, toalhas, panos e outros artigos de decoração e uso geral. Seus trabalhos eram bastante conhecidos e admirados, mas não parava nesta técnica. Era uma exímia confeccionista de bordados, tricô, crochet e outras habilidades que somente mãos sensíveis como as suas podiam criar.

Muito ajudou na fundação da Associação de artesãos de Aperibé - APEART - instituição que ajuda a divulgar o nome e a criatividade de Aperibé para diversos cantos do Brasil, tendo inclusive esta associação emprestado seu nome para angariar os recursos para a construção do espaço que será brevemente inaugurado.
“Maria Bragança era uma mulher de temperamento bastante forte. Era intensa em tudo e por essa razão, nem sempre era compreendida, porém, aqueles que tiveram o prazer de sua convivência, certamente muito aprenderam com ela. Defendia e aplicava valores como autenticidade e ponderância e era contra qualquer tipo de hipocrisia.”, disse Marcelo.
Ela deixou um legado principalmente no ramo empresarial de como gerir uma empresa participativa, tendo assim contribuído para a formação e independência profissional de muitos que pela empresa Aperibé, Granitos e Mármores passaram e depois fundaram suas próprias firmas no mesmo ramo.
No campo da cultura, seus trabalhos sempre muito disputados por amantes do bom e velho artesanato, encontram-se espalhados por muitos lugares, mas a sua sensibilidade para criar, seu capricho nos mais rebuscados detalhes, estes requisitos encontram-se nas mentes e nos corações de todos os que a conheceram e puderam um pouco que seja, presenciar sua arte tão espetacular que transformava o que ninguém mais queria em trabalhos tão singulares.

Maria de Lourdes Martins Bragança empresta seu nome a mais este espaço cultural, que será incorporado pelo Museu e casa da Cultura de Aperibé, este importante equipamento cultural que tem resgatado muito da nossa história através de seu trabalho junto à comunidade.



Alfredão vai a Brasília e concretiza parceria para revitalização do Poliesportivo

Na última sexta-feira (26/07), o prefeito de Itaperuna, Alfredo Paulo Marques Rodrigues - Alfredão, foi a Brasília para participar de uma audiência com o ministro do Esporte, José Aldo Rebelo e com o deputado federal, Vitor Paulo (PRB). No encontro, foi confirmada a revitalização do Centro Poliesportivo Dr. Edgard Pinheiro Dias, transformando o local em um centro olímpico. O diretor do Departamento Municipal de Esporte e Lazer, Nivaldo Godoi Ramos, e o secretário municipal de Gabinete, Celso Nunes de Oliveira, também participaram de toda a reunião na capital federal


Eles ainda conversaram sobre o projeto Segundo Tempo do Ministério do Esporte que, visa estender o horário do turno escolar, proporcionando acesso a diversas atividades e modalidades esportivas (individuais e coletivas) e ações complementares, desenvolvidas em espaços físicos da escola ou em espaços comunitários.


Vitor Paulo ressaltou que Itaperuna é uma das cidades mais importante do Estado e reconheceu a importância dessa unidade esportiva para os atletas do município e região. “O esporte é um grande instrumento de inclusão social do mundo e um dos melhores instrumentos de justiça social”, completou.


Alfredão disse que irá sempre em busca de ajuda para o município. “Os itaperunenses merecem o melhor e o nosso trabalho é para conseguir os recursos e aplicá-los corretamente”. Ele afirmou ainda que os projetos serão todos encaminhados, o mais rápido possível, para que as obras comecem no Poliesportivo.


Celso avalia positivamente a reunião e disse que as obras vão trazer grandes benefícios para os itaperunenses, fortalecendo o incentivo aos atletas.


O deputado disse também que os recursos disponibilizados pelo projeto Segundo Tempo não foram “aplicados onde deveriam ter sido, mas com a competência do prefeito Alfredão, com a responsabilidade que ele tem”, e com a equipe dessa gestão, os jovens não vão ficar sem receber a verba federal. Na oportunidade, Vitor Paulo parabenizou o chefe do executivo itaperunense pelas conquistas e compromisso em governar.


Outro objetivo do prefeito é inserir no município o projeto Segundo Tempo. Alfredão confirmou que esta é uma das prioridades do governo para regularizar atividades sociais que envolvem os alunos da rede pública.
Larissa Mercante
Coordenadora de Comunicação
Departamento de Comunicação Prefeitura de Itaperuna

Jornal Sem Limites encerrou cobertura da jornada mundial, e fica feliz em representar a imprensa do interior nesta jornada de 2013!


O papa destacou a importância dos jovens e pediu que partissem pelo mundo como missionários do amor.


“Neste clima de gratidão e saudades, penso nos jovens, protagonistas desse grande encontro: Deus lhes abençoe por tão belo testemunho de participação viva, profunda e alegre nestes dias. Muitos de vocês vieram como discípulo nesta peregrinação não tem dúvida de que todos agora partem como missionários. A partir do testemunho de alegria e de serviço de vocês, façam florescer a civilização do amor. Mostrem com a vida que vale a pena gastar-se por grandes ideais, valorizar a dignidade de cada ser humano e apostar em Cristo e no seu Evangelho. Foi ele que viemos buscar nestes dias, porque ele nos buscou primeiro, ele nos faz arder o coração para anunciar a Boa Nova nas grandes metrópoles e nos pequenos povoados, no campo e em todos os locais deste nosso vasto mundo. Continuarei a nutrir uma esperança imensa nos jovens do Brasil e do mundo inteiro.”
Esta mensagem do papa ressalta como me sinto no momento já com um misto de saudades, mais com a certeza de ter tentado anunciar a boa nova aos pequenos povoados como o papa disse. Apesar de muitas dificuldades como locomoção para retirar as benditas pulseiras que davam acesso ao PIT, onde toda imprensa ficava reunida, mesmo depois de ter feito todo ritual de cadastramento e vistorias possíveis, no médio Center, isto não me afastou de fazer o meu trabalho na humildade que o interior conhece e deve ser partilhado com todos do mundo inteiro. Gostei da entrevista do papa a um repórter onde ele pede aos padres, bispos, cardeais, mais humildade e menos ostentação. Falou a respeito de veículos  caros de  marca, “é necessário que o pároco tenha um veiculo,mais simples ,sem luxo, pois a locomoção é grande,são muitos compromissos a serem cumpridos,e o que vemos não é isso,é muito luxo vivido por alguns  padres e não é isso que Jesus nos pede,em primeiro  humildade infelizmente não é   demonstrado em atitudes de alguns representantes da igreja católica,que usa de ostentação”
O papa tenta desmistificar a Igreja como símbolo de ostentação e riqueza. "O seu crucifixo é uma das provas disso. Ele trocou o ouro pelo aço.”

De arrepiar! Essa é a sensação que todos os cariocas e peregrinos brasileiros e estrangeiros, que o Papa Francisco deixou ao passar em cada lugar que ele visitou no Rio. O clima de muita ansiedade durante a Jornada Mundial da Juventude por grupos de fiéis acabava quanto os peregrinos ficavam próximo ao Santo Papa, até mesmo de longe só de ver e sentir aquele olhar amoroso era o bastante, muito mesmo decepcionados com a falta de organização com o transporte, informação, dizem que valeu a pena, e se Deus quiser estarão  juntos  novamente em 2014,na polônia.e eu também se Deus permitir estarei fazendo a cobertura em 2014,agora com mais experiência,pois esta foi a minha primeira jornada,e o inicio de muitas.
Santo Papa o senhor já deixou saudades em nossos corações!


REPORTER JORNAL O DIA

 DECEPÇAO AO SER BARRADO POR FALTA DA PULSEIRA

IMPRENSA BARRADA POR FALTA DA PULSEIRA








 Momentos que ficaram marcados em minha memória a praia de Copacabana com mais de três milhões de católicos é de arrepiar.










LINDO MOMENTO,ESTE OLHAR DO PAPA REGISTRADO PELO JORNAL




Textos e fotos: Márcia Mendes








Retornando a Santo Antonio de Pádua com a certeza de tarefa cumprida e aguardem as postagem dos vídeos, muito interessante algumas imagens eentrevistas.Mesmo com uma filmagem amadora e mãos estremecidas pela emoção que essa juventude transmitiu,para todos,mesmo na dificuldade, “tenhamos fé!