Devido à pandemia da Covid-19, a tradicional Procissão do Fogaréu ficou por dois anos sem ser realizada, em 2019 a Procissão completou 10 anos de tradição levando dezenas de fiéis as ruas do município, e após dois anos de espera essa revelou grandes surpresas e o maior público de todos os tempos.
A Procissão do Fogaréu, única neste estilo realizada no Brasil. Simboliza a busca e prisão de cristo. Dela participam personagens encapuzados, denominados Farricocos (Carregador de ataúdes nos enterros, Pessoa que, nas procissões de penitência, veste hábito escuro com capuz, e toca trombeta) que seriam penitentes e mantenedores da ordem.
A procissão tem início com a iluminação pública apagada e ao som de tambores. As figuras encapuzadas remontam as cerimônias espanholas, mais especificamente as de Toledo e Sevilha e ao período da inquisição. A escuridão, as tochas, a rapidez e os encapuzados, criam um clima medieval assustador e excitante de beleza ímpar.
A superstição também está presente. Acreditava-se que o demônio estava solto pelas ruas da cidade nesta noite, aterrorizando a todos e principalmente as crianças que iam para a cama mais cedo. Originalmente, desta cerimônia só era permitido participar os homens. Outras crendices também fazem parte, relacionadas com a presença de lobisomem e mula-sem-cabeça, principalmente na zona rural.
A celebração, que dá continuidade a uma tradição de pouco mais de 200 anos, consiste em encenar as principais passagens bíblicas que antecedem a crucificação pelas ruas das quais a Procissão do Fogaréu faz parte. Nela, os farricocos, homens encapuzados com vestes vermelhas, carregam tochas acesas entre as ruas, representando o caminho dos romanos até o momento da prisão de Cristo.
"A primeira Procissão do Fogaréu no município de Santo Antônio de Pádua foi realizada em abril de 2009, sendo o projeto e execução elaborados por José Alencar Mangia Junior e logo obteve adesão de muitos fiéis católicos. Desde o seu surgimento até os dias atuais muitas pessoas participam desta celebração que também é considerada um folclore religioso. Ao som das matracas e seguindo os farricocos a população anda apressada em busca do Cristo. No ano de 2021 foi produzido através da Lei Aldir Blanc um documentário chamado: “Chamas da fé” que aborda a história desta procissão em Santo Antônio de Pádua, este documentário está disponível no canal do youtube da Secretaria Municipal de Cultura de Pádua. Após dois anos sem a realização da procissão pelas ruas cidade devida ao surgimento da COVID19, o organizador e sua equipe preparam grandes surpresas para o ano de 2022. Que tenhamos uma semana santa participando dos mistérios da Paixão de Cristo e meditando sobre o seu amor e sua entrega por nós."
Com Informação: Jornal Sem limites/ Jornal Comunicare / Jornal Na Boca do Povo
Fotos: Márcia Mendes/ Jornal Sem limites
O espetáculo tem a direção de Alencar
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