*Apelo à Secretaria de Saúde destaca que o RJ é o estado com mais mortes por câncer de mama*
O Rio de Janeiro é o estado onde mais morrem mulheres com câncer de mama e o segundo em óbito por câncer de colo de útero no Brasil. A trágica realidade fez a deputada Rosane Felix (PSD) apelar, novamente, à Secretaria de Saúde para a execução da Lei 12.732/2012, que obriga o Poder Público iniciar o tratamento de paciente com câncer no SUS em até 60 dias.
Ainda de acordo com a legislação, no diagnóstico de casos mais graves de câncer, cai para 30 dias o prazo para início do tratamento. Rosane Felix alertou o secretário de Saúde, Carlos Alberto Chaves, e o governador em exercício, Cláudio Castro, para a necessidade de aumentar o acesso das mulheres à saúde pública.
“É responsabilidade do Estado colocar polos de atendimento em todas as regiões para diagnóstico. Está na lei, mas a situação atual é crítica, o Rio é o Estado que mais desobedece a Lei dos 60 dias no Brasil. Aqui, só seis em cem pacientes conseguem tratamento dentro do prazo”, alertou Rosane Felix, durante transmissão em sua rede social na noite desta segunda-feira (19), comparando a realidade do Rio com outros estados. Os índices de cumprimento à Lei 12.732/2012 ficam em 30,4% em São Paulo, 40% em Minas Gerais e 55% no Espírito Santo.
Apresentando dados do Inca, IBGE e Sociedade Brasileira de Mastologia, Rosane Felix alertou que a campanha Outubro Rosa, com a realização de exames sem agendamento no Rio Imagem, tem de ocorrer junto a um mutirão em todos os municípios para assegurar o encaminhamento para exames. Sem essa mobilização, segundo Rosane, continuarão “trágicos” os números de óbitos de mulheres no Rio.
“Comparada a outros estados, a saúde da mulher não funciona no Rio de Janeiro. Precisamos assegurar dignidade, respeito e transparência porque a descoberta precoce da doença e o tratamento podem definir a vida ou morte”, disse Rosane, que agradeceu a disponibilidade da secretária de Saúde do Rio, Beatriz Bush, por responder perguntas de internautas nesta segunda-feira, mesmo dia em que foi contatada. A deputada, no entanto, desde a semana passada ainda aguarda respostas do secretário estadual Carlos Chaves sobre as suas reivindicações pela saúde das mulheres.
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