JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ: Chikungunya avança no Rio de Janeiro

terça-feira, 22 de maio de 2018

Chikungunya avança no Rio de Janeiro

 E m 4 meses deste ano, número de casos é mais que o dobro do registrado em 2017 e numero de pacientes aumentam.




                         


O número de casos de chikungunya no estado do Rio registrados nos quatro primeiros meses do ano já é mais do que o dobro notificado em todo o ano passado. E, pela primeira vez, a doença é mais prevalente do que a dengue.
De janeiro a abril de 2018, foram 8.963 notificações de chikungunya, enquanto em 2017, 4.305. Na cidade do Rio, já são 2.372 casos este ano, mais do que o dobro do registrado no mesmo período de 2017 e 31% mais que o total daquele ano (1.808). 
O aumento do número de casos não é surpresa, de acordo com o infectologista Rivaldo Venâncio, pesquisador e coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz. Nos meses de março e abril, são registradas temperaturas mais elevadas e chuvas em abundância, que são dois fatores fundamentais para a proliferação dos mosquitos transmissores.
— Além disso, por se tratar de uma doença nova no Rio de Janeiro, temos uma população suscetível, sem anticorpos. Já no caso da dengue, temos um percentual infinitamente maior de pessoas já com anticorpos — diz Rivaldo.
Segundo ele, neste momento, não é possível afirmar que o estado caminhe para uma epidemia, muito menos descartar essa possibilidade:
— Mas se fecharmos o ano com algo entre 60 mil a 80 mil casos são será surpresa.
Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria municipal de Saúde, Cristina Lemos lembra que uma epidemia de chikungunya era prevista para o ano passado:
— Não aconteceu, talvez porque choveu 30% menos. Mas não podemos dizer se teremos epidemia este ano. É uma doença sazonal, que aumenta nos períodos mais quentes. Esperamos uma tendência de diminuição em maio.
Quem teve a doença e segue com dores nas articulações deve procurar uma clínica da família.
— Há protocolo para manejo da dor. É preciso acompanhar esses casos, que, quando necessário, são encaminhados ao reumatologista — diz Cristina Lemos.
Para evitar a doença, é preciso combater o mosquito, eliminando focos, que costumam estar dentro das casas.


Além de serem igualmente temidas pela população, a dengue, zika e chikungunya têm outro denominador comum: seus sintomas. Dor de cabeça, enjoo, febre e dores espalhadas pelo corpo são apenas algumas das semelhanças dessas doenças, que também podem ser confundidas com uma simples gripe. Além de um atendimento médico especializado, é preciso bastante atenção para identificar possíveis sinais desse indesejado trio de doenças.
A dengue comum tem como primeira manifestação a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias. Ela vem acompanhada de dores intensas atrás dos olhos e dores de cabeça, cansaço, dores fortes nos músculos, falta de apetite, abatimento, fraqueza e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos também são comuns. A desidratação é grave em todos os casos e a ingestão de líquido é primordial para a melhora.
A doença é caracterizada por derrubar o número de plaquetas do sangue, o que pode ser verificado após um hemograma. Plaquetas são as responsáveis por evitar sangramentos (hemorragias), e é justamente por isso que a versão mais radical e perigosa, a dengue hemorrágica, pode matar. Ela provoca sangramentos na boca, gengivas e nariz, dificuldade de respiração, fortes dores abdominais, confusão mental, boca seca e sede constante. Não hesite em procurar tratamento especializado quando sentir alguns desses sintomas.



Fonte: Extra



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