Preso por policiais da 39ª DP (Pavuna), no início da manhã de sábado, Joilson Rangel Estevão, de 45 anos, suspeito de estuprar meninas menores de idade, usava perfis falsos no Facebook para atrair as vítimas. De acordo com a polícia, o homem criou duas contas com nomes de garotas - Pamela e Mariana - pelas quais se passava. Fingindo ser as moças, Joilson se aproximava das vítimas. Após fazer amizade com elas, o homem convidava as meninas para serem acompanhantes de um amigo, que na verdade era ele próprio, em jantares. Pelos encontros, oferecia de R$ 300 a R$ 800.
Já no carro de Joilson, as garotas eram dopadas, levadas para motéis e estupradas. As vítimas depois eram largadas nas ruas da Pavuna, bairro onde o suspeito morava. As meninas eram dopadas com remédios colocados pelo homem, com uma seringa, dentro de copos de guaraná natural que eram oferecidos para elas ao entrarem no veículo.
Segundo a polícia, três vítimas - de 13, 14 e 15 anos - já reconheceram Joilson
Na chegada da polícia à residência do suspeito, além da mulher, com quem ele morava, estavam seus sogros. Em depoimento, a esposa disse que não sabia do envolvimento do marido com as jovens.
Numa das conversas, no Facebook, entre Joilson - na ocasião se fazendo passar por Mariana Sisva -, com uma das vítimas, o homem marca onde elas encontrarão o seu “amigo”, com o qual almoçariam.
A mãe de uma vítima de 14 anos relatou que, ao chegar em casa, vizinhos vieram lhe contar que a filha estava caída em uma rua próxima. Segundo a mãe, sua filha foi chamada, por uma amiga, que teria caído na conversa do acusado e acreditou que Joilson era Pamela, uma menor de idade, que estava com a mãe no shopping as esperando.
- Ela disse que a tal Pamela marcou de pegar ela e a amiga em um posto de gasolina e deu a descrição do carro. Na hora, quem estava ao volante era ele (Joilson), dizendo que Pamela e a mãe pediram para buscar as duas - disse.
Já dentro do carro, as duas comentaram que estavam com sede.
- Ele ofereceu guaraná natural, elas começaram a passar mal e a apagar. Depois, quando encontrei minha filha caída no chão da rua, ela só repetia: mãe, foi o moço, foi o moço - lembra a mãe.
Foi um desespero só.
- Minha filha não está conseguindo comer e dormir. Nem eu. Ela tem pesadelo toda noite, acorda gritando. Vai ter de passar por vários tratamentos - emociona-se a mãe.
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