Governo promete pagamento da correção até
julho, cinco meses depois de ativos e aposentados, pensionistas não acreditam,
mais neste governo de promessas. Mais ainda, sonham com essa promessa.
"Estou sem esperança alguma, nós não temos os mesmos direitos dos servidores na ativa e mesmo com manifestações públicas, parece que somos insignificantes, as dividas só aumentam, pois o poder de compras para nossa sobrevivência aumentou muito, hoje vivemos para o básico, imploramos ao governo que cumpra sua promessa, o governador teve seu aumento em janeiro e NÓS VAMOS ESPERAR ATÉ QUANDO?". Esse é o desabafo da pensionista Marcia Nogueira, de 62 anos, que há quase 30 anos recebe pensão pela morte do marido. Ela aguarda há mais de três meses pela aplicação da recomposição de 5,9% nos salários, já paga a servidores da ativa e aposentados, e prometida aos pensionistas até julho, segundo o Rio previdência. Como ela estão outras 87,2 mil pessoas que dependem financeiramente de pensões pagas pelo Estado do Rio.
A correção salarial, que repõe a inflação acumulada
entre dezembro de 2021 e novembro de 2022, foi oficializada por lei sancionada
em janeiro deste ano, passando a valer já na folha do primeiro mês do ano, paga
em fevereiro.
O governo
fluminense não pode conceder um aumento real, isto é, acima da inflação, para
não ferir as regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
No entanto, pensionistas relatam há meses que a
correção não caiu na conta. O Rio
previdência só fala que devido, por se tratar de um lançamento manual,
precisaria entrar em contato com os órgãos de origem para emitir as declarações
das pensionistas. E admiti que "a situação não é a ideal". Hoje, o
fundo afirma que "trabalha em parceria com os órgãos de origem do
instituidor da pensão para saná-los e tornar mais ágil o processo".
O órgão informa ainda que os pensionistas terão
direito ao retroativo da correção e que tem se reunido com representantes das
classes para todos os esclarecimentos sobre os procedimentos que estão sendo
adotados.
Esta realidade é vivida por Marcia, que desde os 27 anos
recebe pensão pela morte do marido, técnico de enfermagem do Rio (UERJ). Hoje,
ela depende financeiramente da pensão, para o seu sustento, mora em Pádua-
interior do RJ, três filhos e completando agora 10 netos e 1 bisneto, diagnosticado
com transtorno depressivo, devido em 2022, ter passado por diversas, biopsias e
demais exames de saúde. Na falta de correção do benefício, ela começou a fazer
algumas vendas, para ajudar pagar as muitas dividas, ainda em aberta.
A pensionista, discorda da posição do órgão, e afirma:
“Um absurdo, um órgão que deveria lutar a nosso favor, mais sempre sai em
defesa do governo, que o governador, presidente do Rio Previdência, troque de
lugar conosco, por um único segundo pior é todo mês ficar à espera do contra cheque,
na esperança do reajuste, é humilhante, desesperador. Não aguento mais isso, estou
doente, nós estamos doentes, com tantas mentiras e promessas..... “ Marcia
Nogueira- 62 anos.
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