JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ: Aos quatro meses de mandato, Justiça Eleitoral cassa prefeita de Araruama

terça-feira, 18 de abril de 2017

Aos quatro meses de mandato, Justiça Eleitoral cassa prefeita de Araruama

Más notícias para Lívia de Chiquinho (PDT), prefeita de Araruama: na última quarta-feira (12), a Justiça Eleitoral cassou o mandato de Lívia e de seu vice-prefeito, Marcelo Carneiro, e convocou novas eleições.
Porém, o que mais chama atenção não é o fato de a prefeita perder o mandato em apenas quatro meses, e sim o motivo pelo qual se deu a cassação. A juíza Alessandra de Souza Araújo concordou que o processo eleitoral de 2016 foi fraudado, um argumento raramente aceito.

É que o "de Chiquinho" na alcunha da prefeita é uma referência a seu marido, o ex-prefeito de Araruama Francisco Ribeiro, conhecido como Chiquinho da Educação ou Chiquinho do Atacadão.

Condenado por improbidade, mas com uma grande legião de fãs na Região dos Lagos, Chiquinho lançou a mulher em seu lugar nas eleições passadas, já que ele está inelegível até 2019.

Durante a campanha, o político subiu nos palanques, discursou, visitou eleitores desacompanhado e até aproveitou para xingar os adversários. Para Carlos Magno de Carvalho, advogado dos autores da ação, o slogan "vota nela que ele volta" seria mais uma prova de que, na verdade, o candidato não era Lívia.
Na decisão de primeira instância, além da convocação de novas eleições, a juíza também decretou a inelegibilidade por quatro anos do casal de políticos, mas não de Marcelo Carneiro.

A Prefeitura de Araruama afirma que ainda não foi notificada oficialmente sobre a decisão da Justiça. Procurado, o ex-prefeito Francisco Ribeiro afirmou que só irá se pronunciar depois de ser notificado.
Ainda cabe recurso, e a atual gestão permanece no poder até que o caso seja julgado em instância superior.

Só que a acusação não está satisfeita. O próximo passo será pedir uma ordem de restrição contra Chiquinho, para impedir que ele entre na prefeitura. É que há denúncias que o primeiro-cavalheiro tem mandado e desmandado, com direito a gabinete e secretária.

Se a onda pega...

Outras alcaides fluminenses também foram eleitas na esteira do prestígio de seus maridos inelegíveis, como Manoela Peres (PTN), de Saquarema, Christiane Cordeiro (PP), de Carapebus e Margareth do Joelson (PP), de Italva.

Se outros juízes forem convencidos de que as candidaturas não foram legítimas, o Rio de Janeiro pode ver uma onda de eleições fora de hora.

Fonte: Berenice Seara / Extra

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