O motivo da insatisfação foi porque os prefeitos queriam aumento do valor repassado para o fundo de participação dos municípios.
Em um encontro com prefeitos em Brasília, a presidente Dilma Rousseff foi aplaudida e vaiada no fim do discurso. O motivo da insatisfação foi porque os prefeitos queriam aumento do valor repassado pelo Governo Federal para o fundo de participação dos municípios, e essa reivindicação não foi atendida pela presidente.
Ela chegou, cumprimentou quem estava por perto e discursou. Anunciou o repasse de R$ 15 bilhões para as prefeituras, a maior parte para saúde e educação, e mais R$ 4,7 bilhões para levar o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ aos municípios com menos de 50 mil habitantes.
No meio da fala, gritos de prefeitos que pediam o aumento de pelo menos 1% no valor repassado do fundo de participação dos municípios, dinheiro que vem de tributos federais. A presidente não tocou no assunto, continuou o discurso e foi vaiada.
Antes de terminar, disse que não faz milagres. “Vocês são prefeitos, como eu sou presidenta. Vocês sabem que não tem milagre. Quem falar que tem milagre na gestão pública sabe que não é verdade”, disse. Encerrou entre aplausos e vaias.
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios tentou explicar o comportamento dos prefeitos. “A crise nos municípios é realmente forte, muito aguda, e muitos não conseguem se controlar. Então isso, de certo ponto, justifica esta agitação”, disse Paulo Zilkoski.
Mais tarde a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse a presidente Dilma atendeu à solicitação dos prefeitos e que o dinheiro anunciado equivale ao que os prefeitos queriam. Mas que, neste momento, o governo não tem como se comprometer com uma despesa fixa maior.
“Nós temos uma crise internacional gravíssima, nós temos uma situação de responsabilidade, de controle da inflação, de responsabilidade dos gastos. Portanto, qualquer alteração em vinculação neste momento nem os prefeitos fazem quando vivem uma situação de um reajuste, um percentual de reajuste. Eles, grande parte, em muitos momentos, não fazem dada a situação econômica e fiscal do município”, disse.
Dos valores anunciados, R$ 3 bilhões são recursos emergenciais para gastos em saúde e educação. O dinheiro será transferido em duas parcelas: uma agora em agosto e outra em abril do ano que vem.
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