Brasília – Ao comentar o lançamento do Programa Mulher, Viver sem Violência, na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (18) que a medida será um marco para assegurar a defesa e a autonomia de mulheres brasileiras.
“A Casa [da Mulher Brasileira] vai ser um lugar de acolhimento, de apoio, um ponto de referência onde as pessoas sabem que podem ir para serem atendidas, protegidas. E também é um início para quem, muitas vezes, precisa recomeçar a vida. ”
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma lembrou que cada uma dessas casas vai contar com serviços de apoio à mulher que sofreu violência, como delegacias especializada, defensorias pública, juizados especial e equipes de psicólogos e assistentes sociais, além de alojamentos e brinquedotecas.
“Tudo isso em um só lugar, para que elas não precisem ficar andando de um lugar para o outro em busca de ajuda, para que elas saibam aonde ir, para que elas tenham uma referência. Entre a delegacia e a defensoria pública, por exemplo, muitas mulheres acabam desistindo de levar a denúncia adiante, porque têm medo, vergonha ou porque ficam cansadas com a burocracia. ”
De acordo com a presidenta, a ideia do governo é humanizar o atendimento a mulheres vítimas de violência no país, sobretudo na área de saúde. Quem chegar a uma Casa da Mulher Brasileira precisando de cuidados médicos será transportado por uma equipe da própria instituição ao hospital mais próximo.
“Queremos acabar com aquela história da mulher que acabou de sofrer violência ter ainda que enfrentar olhares desconfiados dentro dos hospitais, o que só aumenta o trauma de quem já sofreu humilhações – acrescenta uma humilhação à outra. ”
Dilma comentou ainda o aumento de denúncias registradas pelo Ligue 180. Em 2012, foram registradas 730 mil ligações. Ao final do programa, ela pediu que as mulheres não deixem de denunciar qualquer tipo de ameaça e que os homens respeitem suas companheiras.
“Se você sabe de um caso de violência doméstica no seu bairro, ligue para o 180. Você não precisa se identificar e esse telefonema pode salvar a vida de uma mulher e vai transformar para melhor a nossa sociedade”, concluiu.
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Edição: Denise Griesinger
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