Os benefícios do Bolsa Família foram cancelados para 14,7 mil famíliasem julho devido a baixa frequência escolar. O número corresponde a2,4% do total de atendidos em abril, último mês de acompanhamentodessa contrapartida. No entanto, aqueles que perderam os valores dobenefício têm até dia 31 de agosto para poderem ir às prefeiturasjustificar os motivos das faltas.Segundo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, outros7,8 mil jovens de 16 e 17 anos também foram excluídos do programa detransferência de renda, mas nesse caso a família perde apenas aparcela referente a cada um deles, que pode ser de R$ 38 ou R$ 76.No último acompanhamento da frequência, em abril e maio, 95% dosalunos cumpriram a carga mínima exigida. O percentual obrigatório é de85% de frequência escolar na faixa etária dos 6 aos 15 anos.Cancelamento é sempre indesejável. O que queremos é que essas criançasvoltem a estudar”, afirma o coordenador de Condicionalidades daSecretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do MDS, MarcosMaia. O ministério também suspendeu o pagamento de 61 mil benefíciospor 60 dias pelo mesmo motivo. Outros 72 mil estão bloqueados emjulho. Nesse último caso, os valores serão recebidos, retroativamente,no mês que vem.Maia sugere iniciativas municipais para evitar a perda do benefício:“É preciso que os gestores se comuniquem mais com os beneficiários,insiram as famílias no acompanhamento familiar ou apresentem recursode reversão, nos casos em que a baixa frequência apontada tenha sidoum engano.”São Paulo foi o estado que apresentou o maior índice, com 7,8% relaçãoà população atendida, seguido pelo Paraná, com 4,2%. Os menoresíndices estão no Amapá (0,5%) e Maranhão e Piauí (0,8%). O processoentre a notificação da família e o cancelamento dura cerca de um ano.Esse prazo foi definido pelo MDS para que a gestão municipalidentifique os motivos que estão levando beneficiários a não acessaremos serviços de educação. “Esse tempo é para o poder públicoidentificar a causa, atuar sobre essa situação e prevenir ocancelamento”, observa Maia.Os descumprimentos geralmente ocorrem nas famílias mais vulneráveis,que precisam do apoio do poder público municipal, por meio das áreasde assistência social, educação e saúde, para voltar a atender aosrequisitos mínimos. Elas devem ser inseridas no acompanhamentofamiliar.FONTE:GOVERNO FEDERALJoão Dias (Joãozinho)
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