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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Bolsa família com 14 mil cancelamentos por baixa frequência escolar‏


Os benefícios do Bolsa Família foram cancelados para 14,7 mil famílias
em julho devido a baixa frequência escolar. O número corresponde a
2,4% do total de atendidos em abril, último mês de acompanhamento
dessa contrapartida. No entanto, aqueles que perderam os valores do
benefício têm até dia 31 de agosto para poderem ir às prefeituras
justificar os motivos das faltas.
Segundo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, outros
7,8 mil jovens de 16 e 17 anos também foram excluídos do programa de
transferência de renda, mas nesse caso a família perde apenas a
parcela referente a cada um deles, que pode ser de R$ 38 ou R$ 76.
No último acompanhamento da frequência, em abril e maio, 95% dos
alunos cumpriram a carga mínima exigida. O percentual obrigatório é de
85% de frequência escolar na faixa etária dos 6 aos 15 anos.
Cancelamento é sempre indesejável. O que queremos é que essas crianças
voltem a estudar”, afirma o coordenador de Condicionalidades da
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do MDS, Marcos
Maia. O ministério também suspendeu o pagamento de 61 mil benefícios
por 60 dias pelo mesmo motivo. Outros 72 mil estão bloqueados em
julho. Nesse último caso, os valores serão recebidos, retroativamente,
no mês que vem.
Maia sugere iniciativas municipais para evitar a perda do benefício:
“É preciso que os gestores se comuniquem mais com os beneficiários,
insiram as famílias no acompanhamento familiar ou apresentem recurso
de reversão, nos casos em que a baixa frequência apontada tenha sido
um engano.”
São Paulo foi o estado que apresentou o maior índice, com 7,8% relação
à população atendida, seguido pelo Paraná, com 4,2%. Os menores
índices estão no Amapá (0,5%) e Maranhão e Piauí (0,8%). O processo
entre a notificação da família e o cancelamento dura cerca de um ano.
Esse prazo foi definido pelo MDS para que a gestão municipal
identifique os motivos que estão levando beneficiários a não acessarem
os serviços de educação. “Esse tempo é para o poder público
identificar a causa, atuar sobre essa situação e prevenir o
cancelamento”, observa Maia.
Os descumprimentos geralmente ocorrem nas famílias mais vulneráveis,
que precisam do apoio do poder público municipal, por meio das áreas
de assistência social, educação e saúde, para voltar a atender aos
requisitos mínimos. Elas devem ser inseridas no acompanhamento
familiar.
FONTE:GOVERNO FEDERAL
João Dias (Joãozinho)

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