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terça-feira, 21 de junho de 2022

Ação Nacional de Identificação e Documentação Civil de Pessoas Presas chega ao TJRJ

 

 O representante do TSE Iuri Camargo Kisovec, a coordenadora do eixo 4 do programa Fazendo Justiça Ana Teresa Iamarino, o juiz Marcelo Oliveira e o 2º vice-presidente do TJRJ Marcus Henrique Basílio. 

O 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Marcus Henrique Pinto Basílio, se reuniu, no dia 20 de junho de 2022, com representantes do programa Fazendo Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral para dar início à Ação Nacional de Identificação e Documentação Civil de Pessoas Presas no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo do projeto, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é promover cidadania às pessoas que foram privadas de liberdade, permitindo a construção de novas trajetórias.   
  A coordenadora do núcleo de biometria e documentação do Fazendo Justiça, Ana Teresa Iamarino, explicou que a iniciativa abrangerá a cobertura da porta de entrada (após as audiências de custódia), a certificação para a integração dos bancos de dados biométricos e residual (com a coleta dos dados biométricos nas administrações penitenciárias), visando o fortalecimento de uma base única de identificação civil nacional. “Nosso objetivo primeiro é oferecer cidadania, além da autenticação cadastral para suporte da atuação do Judiciário, padronização na emissão dos documentos civis, qualificação dos dados do sistema prisional e utilização da tecnologia e integração da base de dados para otimização de recursos públicos”, afirmou.  
  O juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência Marcelo Oliveira da Silva lembrou que o TJRJ iniciou, em junho de 2021, de forma embrionária, a identificação civil dos presos que ingressam no sistema penitenciário por meio de uma parceria entre a 2ª Vice-Presidência, a Corregedoria Geral da Justiça e o Detran-RJ.   
  Para o 2º vice-presidente do TJRJ, é necessária a adaptação do fluxo contínuo de identificação civil iniciado no ano passado com a participação de todos os envolvidos para a efetivação do projeto. “Para funcionar, todos têm que atuar. A logística precisa ser alinhada para que consigamos cumprir”, completou o desembargador Marcus Henrique Basílio.   
  O Tribunal Superior Eleitoral forneceu o software e o CNJ adquiriu os equipamentos para viabilização do cadastramento da população carcerária no banco de dados de identificação civil. Os kits biométricos estão sendo distribuídos para implantação pelos estados. Atualmente, a ação está presente em outros nove estados da federação: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Tocantins, Paraíba, Ceará, Acre e Roraima.  
  O programa Fazendo Justiça atua para a superação de desafios estruturais do sistema penal e do sistema socioeducativo a partir do reconhecimento do estado de coisas inconstitucional nas prisões brasileiras pelo Supremo Tribunal Federal. Trata-se da continuidade de parceria iniciada em 2019 entre o Conselho Nacional de Justiça e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, com importante apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e outras colaborações envolvendo o setor público, o setor privado e a sociedade civil.  
  
MB/FS


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