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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cracóvia será sede da próxima JMJ

O anúncio foi feito pelo Papa Francisco na manhã do domingo

A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será sediada pela Cracóvia (Polônia), em 2016, cidade natal do beato João Paulo II. O anúncio foi feito pelo Papa Francisco na manhã deste domingo, 28, durante a Missa de Envio da JMJ Rio2013.
Terra natal do beato João Paulo II, Cracóvia é considerada a capital espiritual da Polônia. A vida espiritual da cidade iniciou muito antes de Karol Wojtyła. Já no ano 1000, a diocese de Cracóvia foi criada, e a cidade tornou-se um destino popular para peregrinações cristãs.
O país encontra-se no centro do continente europeu. Perto de Varsóvia é onde se localiza o centro geométrico da Europa, no qual se cruzam as linhas que unem os cabos Nordkinn (a Noruega) com Matapan (o Peloponeso, a Grécia) e o Cabo da Roca (Portugal) com a parte central dos Montes Urais. Pela Polônia passa também a fronteira continental entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental.
Bandeiras da Polônia são agitadas a todo momento e faixas com o nome de João Paulo II são erguidas pelos que acompanharam a cerimônia. Um grupo de 30 pessoas, que vieram de Varsóvia, comemorou a confirmação da escolha da cidade de Cracóvia para a próxima jornada e convidou os brasileiros a conhecer a Polônia.
Um deles, o padre Krystian Chmiefewski, disse que vai ser difícil fazer uma JMJ melhor que a do Brasil. “Para nós, apesar de tudo, o Rio foi melhor do que Madri [em 2011] e que a Alemanha [em Colônia, em 2005]. O espírito do povo, alegre e fácil, inclusive dos motoristas de ônibus, que pararam inúmeras vezes para nos deixar tirar fotos,  é uma coisa incrível no Brasil", elogiou Chmiefewski.
O estudante Mikhal Sadownikis, de 18 anos, ressaltou que é difícil imaginar tantas pessoas reunidas na Polônia, mas disse que receberá com a mesma hospitalidade os brasileiros e pessoas de outras naçãoes que forem à próxima jornada. “Estou muito feliz, venham para a minha cidade. Vou recebê-los na minha casa.”
Reunidos nas areias da Praia de Copacabana, entre o Posto 5 e  o 6, onde passaram a noite, dez jovens da cidade de Gdynia, na Polônia, ficaram emocionados com a escolha de uma cidade polonesa para sede da próxima jornada.
"A Polônia merece. Somos um grupo grande de católicos, mas as pessoas não  praticam, não vão à igreja. A Jornada Mundial da Juventude vai dar esperança ao povo polonês, que também tem sofrido com a situação política", disse Patrick Lehmann, de 18 anos. Todos os integrantes do grupo convidam os brasileiros a conhecer Cracóvia. "Venham, vocês vão gostar, vamos retribuir", reforçou o padre Krystian.

João Paulo II será homenageado na Jornada da Juventude de 2016


A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ),em Cracóvia, na Polônia, em 2016, deverá ter como homenageado o papa João Paulo II, um dos criadores do evento, e que será canonizado (declarado santo) nos próximos meses. A jornada é o maior encontro da juventude católica.
A informação é do porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, durante entrevista à imprensa na JMJ, que se encerra hoje (28) na cidade do Rio, depois de uma semana de atividades com o papa Francisco.
"Naturalmente, com a perspectiva de canonização de João Paulo II, nos próximos meses, é interessante ter a próxima JMJ em sua cidade, porque ele, certamente, será protetor da jornada, desta vez, como santo", disse o porta-voz.
Durante a entrevista, Lombardi confirmou que mais de 3 milhões de pessoas participaram do evento de despedida do pontífice na Praia de Copacabana. Entre as autoridades estavam: a presidenta Dilma Rousseff; o presidente do Suriname, Desi Bouterse; o presidente da Bolívia, Evo Morales; e a presidenta da Argentina, Cristina Kichner. O vice-presidente do Uruguai, Danilo Astori, e do Panamá, Juan CarlosVarela, também participaram da Missa de Envio.
O papa presenteou a presidenta argentina com sapatinhos de bebê. "Cristina foi avó recentemente e o papa fez esse gesto. Isso não é um segredo", disse o porta-voz.

Lombardi também revelou que, uma das crianças que receberam a benção de Francisco nesta manhã, no evento na praia, era um bebê com anencefalia. "O papa conheceu os pais da criança na catedral e ficou comovido com a família que, pelas leis brasileiras, poderia ter abortado a criança, mas não o fez", pontuou.


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