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segunda-feira, 28 de março de 2011
CPI VISTORIA BOM JARDIM
CPI VISTORIA BOM JARDIM E CONSTATA QUE ENCHENTE DESTRUIU PONTES Se Nova Friburgo e Teresópolis tiveram suas tragédias marcadas pela grande quantidade de deslizamentos, e o município de Sumidouro pela imensa destruição de estradas vicinais e plantações na área rural, na cidade de Bom Jardim foi a enchente que deixou suas marcas pela cidade. Vistoriada neste sábado (26/03) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as responsabilidades de agentes políticos e públicos no desastre ocorrido em janeiro, quando as chuvas devastaram municípios da região Serrana, a cidade ainda encontra problemas como a queda da maioria de suas pontes, principalmente a que liga Bom Jardim à Nova Friburgo, na RJ-116. “As questões centrais de Bom Jardim são a reconstrução das pontes, principalmente, da grande ponte da RJ-116. Mas há outros problemas seriíssimos, porque parte da cidade se desenvolveu ao longo do Rio Grande e, obviamente, as casas foram todas atingidas. No meu entendimento, há que se ter uma nova cultura, porque as casas não podem permanecer lá”, frisou o presidente da CPI, deputado Luiz Paulo (PSDB). De acordo com o deputado, embora seja complicado modificar a postura, é preciso existir uma solução. “Não se pode partir para a reconstrução da cidade no mesmo modelo antigo. Verifiquei aqui mesmo, no Rio Grande, por exemplo, uma ponte que está sendo construída com o mesmo padrão da anterior, ou seja, quando tiver outra cheia vai cair de novo. É a tragédia já anunciada, além de dinheiro jogado fora”, constatou o tucano, lembrando que a dimensão de uma enchente como a ocorrida talvez nunca tenha sido presenciada por um morador da região. “Foi uma chuva que, provavelmente, colocou mais de dois metros de água na cidade inteira, o que significa que o Rio subiu pelo menos meia dúzia de metros e destruiu avassaladoramente a cidade de Bom Jardim, também atingindo a área rural e derrubando 25 pontes. Inclusive a RJ-116, que é o contorno de Bom Jardim, teve sua ponte central derrubada, que será refeita pelo estado, mas com um viaduto, aumentando em dobro o seu vão”, explicou. Para o tucano, o saldo das vistorias, feitas nesta sexta-feira (25/03), em Sumidouro, e sábado (26/03), em Bom Jardim, foi positivo. “A visita colaborou com a CPI para que ela pudesse fechar o seu juízo de valor sobre as medidas que não aconteciam em épocas pretéritas e as que precisam ocorrer daqui para frente”, ponderou. Para formar esta análise, os deputados vistoriaram a cidade e, antes de partir para campo, se reuniram com o prefeito e vereadores, que durante a visita acompanharam a comissão nos diversos pontos do município que foram atingidos. O deputado Rogério Cabral (PSB), que esteve no dia seguinte à tragédia em Bom Jardim, afirmou que embora alguma medidas já tenham sido tomadas, alguns bairros ainda encontram muitas dificuldades. “Dois meses e meio já se passaram e as obras ainda não foram iniciadas, mas é preciso um estudo concreto de sondagem de solo. Não é uma obra que você chega e começa de um dia para o outro, mas é difícil, para quem está com o problema, entender. Não bastasse todo o sofrimento, ainda temos problemas como no bairro de São José, por exemplo, onde as águas da Cedae estão com cor de barro”, contou. A demora na execução das ações e o esquecimento do poder público são preocupações do deputado Sabino (PSC). “Há uma grande preocupação com as pontes, com as estradas vicinais, com as casas populares e isso nos deixa em alerta também, porque temos exemplos concretos, como no caso de Niterói e de Angra dos Reis, no próprio estado do Rio. O Estado precisa rapidamente demonstrar que as pessoas não ficarão desassistidas”, falou Sabino, lembrando que também o acesso secundário à Bom Jardim, feito através de Santa Maria Madalena, ficou interrompido. Para resolver o problema da população mais carente de forma mais imediata, a deputada Janira Rocha (PSol) reforçou que faz coro dentro da CPI. “Estamos preocupados com o comércio e com o setor produtivo, mas estamos muito precupados com a população, que é quem está vivendo aqui, por exemplo, com uma situação de água barrenta que pode levar a várias doenças. Os setores mais pobres, que tem menos defesa e menor capacidade de negociação também são foco primário da CPI”, frisou a parlamentar. O deputado Bernardo Rossi (PMDB) também esteve presente no encontro com o prefeito e os vereadores. Texto de Marcela Maciel
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