ARQUIVO: MAPA DA DOENÇA EM 31/03/2011
O Governo do Rio anunciou nesta terça-feira (12) que passará a divulgar um boletim epidemiológico semanal sobre a dengue em todas as nove regiões do estado. Os técnicos responsáveis identificaram uma tendência de aumento no número de casos da doença, que já está muito acima do esperado para este período.
O objetivo do boletim, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), é atualizar os dados da doença nos 92 municípios fluminenses e analisar a tendência de casos levantada pelo Centro de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde, do Centro de Inteligência em Saúde da SES (CIEVS/CIS-RJ).
Segundo o Governo, o modelo de análise estima o dobro de casos que ainda não foram notificados, devido a atrasos no registro. A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, destacou a importância da vigilância e da agilidade nas respostas para evitar epidemias e óbitos.
Região Metropolitana I em alerta
De acordo com o boletim atualizado nesta terça-feira (12), a Região Metropolitana I apresenta o maior atraso nas notificações, sendo que Mesquita, Nova Iguaçu, Itaguaí e a cidade do Rio de Janeiro são os municípios que registram o maior número de casos para este período do ano.
A secretária Claudia Mello explicou que esses municípios apresentam uma tendência de crescimento rápido e atraso no registro dos casos.
Atualização dos números
Até esta segunda-feira (11), o Estado do Rio registrou 43.205 casos da doença, com 2.481 internações e 26 óbitos. Na última quinta-feira (7), foi divulgado que uma mulher de 45 anos contraiu o tipo 4 da dengue, sendo o primeiro caso da variante desde 2018.
Análise por região
A Região Litorânea apresenta um atraso nas notificações e uma estabilidade nos casos, porém em um patamar alto. Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia estão com um número de casos muito acima do esperado para o ano todo e para o momento atual.
Rio das Ostras também apresenta um atraso significativo nas notificações, com uma tendência crescente.
Já na região da Baía da Ilha Grande (BIG), não existe atraso nas notificações, mas as cidades de Angra dos Reis e Mangaratiba têm um padrão de casos fora do esperado para este período.
A região do Centro Sul registra um atraso importante nas notificações, com uma tendência de crescimento, sendo que Três Rios é o município com o maior número de casos em atraso.
No Médio Paraíba, não há atraso nas notificações, mas Resende apresenta uma tendência de aumento de casos.
Já a Metropolitana II chama atenção por não ter registrado aumento de casos de dengue em 2023.
As regiões Serrana, Norte e Noroeste não apresentam tendência de aumento ou municípios fora do padrão, exceto Santo Antônio de Pádua (Noroeste), que tem uma tendência de crescimento, de acordo com o modelo de atraso de notificações.
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