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quinta-feira, 17 de agosto de 2023

CONCESSÕES: RECEITAS EXTRAS, COMO PUBLICIDADE, PODEM ENTRAR NO CÁLCULO DE EQUILÍBRIO CONTRATUAL

Receitas extras arrecadadas pelas empresas concessionárias de serviço público, como locação de espaços para publicidade, podem ser incluídas na análise de equilíbrio financeiro nos contratos com o Estado do Rio.

É o que prevê o Projeto de Lei 1.816/16, do deputado Carlos Minc (PSB) e da ex-deputada Ana Paula Rechuan, que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em primeira discussão, nesta quarta-feira (16/08). A medida ainda precisa passar por uma nova votação pela Casa.

O projeto altera a Lei 2.831/97, que regulamenta a concessão de serviços públicos no Estado do Rio. A medida foi motivada pelo ajuste tarifário promovido pelas empresas de transporte e o lucro das mesmas com verbas advindas da publicidade, por exemplo. “Os contratos definem o reajuste das tarifas periodicamente considerando a necessidade do equilíbrio econômico-financeiro da operação. 

Se as receitas não-tarifárias fossem incluídas neste cálculo, fica evidente que o reajuste seria menor”, afirmou Minc.Além de receitas de publicidade feita em veículos e estações, o projeto também prevê que sejam incluídas as receitas com o aluguel de espaços para lojas para exploração comercial, com a venda direta pela concessionária de produtos e serviços, inclusive de acesso à internet, além de qualquer outra atividade cobrada pela concessionária que seja adversa ao contrato com o Estado.Minc citou as receitas obtidas pela concessionária de metrô entre os anos de 2013 e 2015: a receita tarifária passou de R$ 549 milhões para R$ 765 milhões. 

Além disso, somente com receitas extras, a arrecadação da concessionária registrou R$ 27,3 milhões, em 2013, e R$ 34,7 milhões, em 2015. Segundo o Metrô Rio, essas receitas não tarifárias são oriundas, sobretudo, de espaço físico, considerando o estacionamento da estação Uruguai; produtos de loja e quiosques, em razão da aplicação do percentual de 30% sobre a renovação dos contratos, o que não acontecia em 2013; Wi-Fi nas estações, além da renovação dos contratos de publicidade em melhores condições de receitas para a concessionária.

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