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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Presidente do PL convocou imprensa para novo pronunciamento sobre as eleições

 



Valdemar da Costa Neto fez o pronunciamento na sede do Partido Liberal, em Brasília

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, convocou a imprensa para um pronunciamento. A fala do liberalista foi concedida na sede do partido, em Brasília. O comunicado se deu por meio das redes sociais.
De acordo com a publicação, o discurso aconteceu por volta das 16 h. Havia muita especulação sobre qual seria o discurso de Valdemar, uma vez que o PL iria pedir a anulação das eleições.

Valdemar da Costa Neto começou seu pronunciamento desejando boa tarde a todos e dizendo que ao seu lado estava o engenheiro Carlos Costa e o jurista Marcelo Bessa, advogados, ambos contratados pelo PL. “Muitos de vocês devem estar se perguntando por que eu resolvi pedir um relatório sobre o processo eleitoral. Eu queria responder  a essa indagação lembrando que foi o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que nos deu essa incumbência, abrindo a possibilidade de que o PL  e outros partidos pudessem ter acesso ao sistema da Justiça Eleitoral e as instalações do TSE. Quero dizer que nós  estamos aqui com uma única intenção: Contribuir para o fortalecimento da democracia  do nosso Pais. Nós temos a certeza que estamos fortalecendo a democracia e assim, fortalecendo o brasil. Quero dizer com toda humildade  que nós do PL não somos especialistas em segurança de dados, por isso fomos atrás de técnicos que fizessem esse trabalho para garantir a transparência do processo eleitoral. Até porque eu, Valdemar, fui eleito com  urna eletrônica, as bancadas do PL também e então é natural que se peça um trabalho de fiscalização para que não fique nenhuma dúvida em relação ao nosso sistema eleitoral. Dessa forma, contratamos técnicos e especialistas em segurança de dados para poder discutir tecnicamente com os funcionários do TSE, o que é salutar e saudável para a democracia”.
“O engenheiro Carlos Rocha, que liderou o estudo técnico comentou alguns pontos que merecem ser observados, o presidente do PL disse ter ficado surpreso, frisando que o relatório não expressa a opinião  do PL, mas é o resultado de estudos liderados por  especialistas graduados em  uma das universidades mais respeitadas do mundo e que no nosso entendimento, deve ser analisado pelos especialistas do TSE, de forma que seja segurada e resguardada a integridade do processo eleitoral com o único intuito: Fortalecer a democracia para fortalecer o Brasil”

O engenheiro Carlos Rocha explicou que quem  audita procura sempre colaborar com as organizações auditadas e no caso aqui, o propósito é contribuir com o aperfeiçoamento do sistema e ampliar a confiança, seja dos eleitores, seja dos candidatos em todo o processo eleitoral, então esse é o objetivo

Seguindo orientação do TSE, analisamos os arquivos  ‘log de urna’ que é esse elemento de auditoria, que pela primeira vez foi divulgado com os boletins de urna – São mais de 472 mil urnas. Ao montarmos a tabela, surgiu uma ocorrência que nos chamou a atenção, em alguns bilhões de linhas aparecem apenas um número, que é um número inválido, que está fora da faixa de numeração – Os códigos de identificação da urna, que são os números de série vão até um valor de dois milhões e pouco e esse número que aparece lá é de 67 milhões e uns quebrados. Ora,  buscamos diversas formas de encontrar mais informações, mas infelizmente ficou constatado nesse trabalho da equipe técnica, que há dois comportamentos diferentes.
O comportamento das urnas novas que são as que chegaram recentemente, pouco menos de 193 mil urnas, mais ou menos 40,8% de todas as urnas. E nessas urnas o arquivo é gerado da forma esperada, para cada atividade aparece o código de identificação da urna correto, que permite identificar  o registro de atividade.

Quando fomos analisar as urnas antigas, que são 279 mil urnas, 59,2% do total de urnas.  Nessas urnas, infelizmente encontramos esse número inválido na 4ª coluna do log. Esse é um indício muito forte de falha, mal funcionamento  da urna porque é impossível associar o registro de cada atividade e ao hardware, ao equipamento físico que teria gerado aquela atividade. Isso evidentemente se tornou um problema porque é muito desagradável ter esse indício de mal funcionamento pois, gera incerteza agora nos resultados que são gerados por essas urnas. Por isso, gostaríamos de interagir construtivamente com o TSE e avaliar com eles se existe uma previsão na resolução que abre a fiscalização, que é para se fazer exatamente quando se ocorre um evento extraordinário, se fazer uma verificação extraordinária após o pleito e é isso que a gente espera fazer na sequencia dessa descoberta.

Outro tema  para finalizar é que surgiu outra ocorrência que também é importante, pois descobriu-se que existem urnas que travaram, assim como nosso computador e celular trava e precisamos desligar e ligar novamente. Isso aconteceu com urnas eletrônicas, que travaram e foram desligadas no meio da votação. O mesário fez esse desligamento na chave e foram religadas para que voltassem a funcionar. Isso não seria um problema se não tivesse ocorrido uma violação do sigilo do ato de votar.
O que acontece é que na hora em que a urna trava, em diversos momentos isso aconteceu, durante a votação de um eleitor. Quando a urna trava, registra no log uma linha de atividade com a mensagem de erro, mas que expõe os dados pessoais de eleitores. De duas formas: Seja no nome completo do eleitor, em algumas ocasiões, em torno de 200 ocorrências, seja expondo o número do título de eleitor daquele eleitor que estava votando no momento em que a urna travou. Esse ponto é muito sensível porque o sigilo da votação é um direito constitucional, na hora que identifica uma ocorrência que viola o sigilo do ato de votar, é um tema que traz preocupação. Então será muito importante trabalhar com os colegas do TSE para averiguar o que poderá ter causado esse tipo de ocorrência.
O relatório técnico será divulgado e todos poderão ver de forma detalhada a análise que foi feita.
Finalizando: Uma ocorrência é que em cada linha de registro da atividade de funcionamento da urna em todas as urnas modelos antigos o código é inválido – É impossível associar aquela atividade com a urna que realizou, isso e um indício muito forte de que há um problema nos programas, que pode ter diferentes causas.
O outro ponto é essa ocorrência da violação do sigilo do ato de votar”



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