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terça-feira, 18 de outubro de 2022

Polícia Federal faz operação para investigar crimes de funcionários da ANTT

 

De acordo com autoridades, entre os alvos está um servidor acusado de corrupção, que teria pedido R$ 240 mil em propina

A Polícia Federal (PF) deu início, neste dia 18 de outubro, a uma operação para investigar crimes cometidos por um servidor e ex-membros de uma comissão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Os policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, em Brasília e São Paulo.

“São apurados atos de corrupção praticados por um servidor de cargo efetivo da ANTT e outras condutas atribuídas a ex-ocupantes de cargos em comissão da Autarquia Federal. O cumprimento das ordens judiciais visa robustecer elementos de informação já produzidos no âmbito de dois inquéritos policiais”, informou a PF, em comunicado.

O servidor em questão ocupava um cargo técnico, e chegou a exercer a função de Superintendente de Passageiros da ANTT. De acordo com a investigação, ele pediu R$ 240 mil em propina para uma empresa do setor de transporte interestadual.

“Há indícios de que os valores das solicitações indevidas consideravam, por exemplo, o grau de lucratividade das linhas de ônibus sobre as quais se demandava registro por parte da ANTT”, aponta a PF.

No caso dos ex-membros de comissão investigados, a polícia encontrou indícios de que eles utilizavam informações internas da ANTT em benefício de interesses privados.

Por exemplo, uma das investigadas acessou estruturas físicas e sistemas internos da ANTT quase 18 mil vezes, por cerca de um ano, depois de terminado seu vínculo com a Agência.

A investigação da PF contou com apoio da Controladoria Geral da União.

Os investigados podem responder pelos crimes de crimes de corrupção passiva, associação criminosa, violação de sigilo funcional e usurpação de função pública.

A CNN entrou em contato com a a assessoria da ANTT para se pronunciar sobre a operação, mas ainda não houve retorno.

* Publicado por Léo Lopes, com informações de Thayana Araújo e Gabriela Bernardes, da CNN, em Brasília



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