O
ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o desbloqueio
das contas bancárias de empresários
investigados por troca de mensagens em
que supostamente defendiam um golpe de Estado no país caso o
presidente Jair Bolsonaro (PL) perca as eleições deste ano.
O bloqueio
tinha sido ordenado pelo ministro no fim de agosto. Atendendo a pedido da
Polícia Federal, Moraes autorizou o cumprimento de mandados de busca e
apreensão em endereços de oito empresários em diversos estados.
Na decisão
em que liberou a conta dos empresários, o ministro considerou que a medida não
era mais necessária após o fim das comemorações do 7 de Setembro. Segundo
Moraes, recursos dos empresários poderiam ter financiado "atos ilícitos e
antidemocráticos" no feriado.
"A
presença de fortes indícios de atuação para fornecer recursos para o alcance de
objetivos escusos nos atos ocorridos durante o último feriado nacional de
Independência do Brasil, em condutas que podem configurar, em tese, os crimes
[...], tornaram necessário, adequado e urgente o bloqueio das contas bancárias
dos investigados, diante da possibilidade de utilização de recursos para o
financiamento de atos ilícitos e antidemocráticos", avaliou o ministro.
No dia 14 de setembro, o magistrado negou um pedido de
liberação das contas feito pela defesa do empresário Luciano Hang, dono da
Havan, que está entre os alvos das diligências. Em petição ao Supremo, a
defesa de Hang afirmou que o caso não é de competência do STF, pois os
investigados não têm foro privilegiado.
No dia 15 de setembro, o empresário se manifestou sobre a nova decisão de
Moraes de desbloquear contas. "Fico feliz com a decisão sensata do
ministro, já que não fizemos nada de errado. Como tenho dito, criaram uma obra
de ficção e ele foi levado ao erro", comemora Hang.
R7
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