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terça-feira, 23 de agosto de 2022

PF apura se empresários que trocaram mensagens golpistas financiaram atos antidemocráticos

 



 

Polícia Federal vai investigar se empresários que compartilharam mensagens golpistas em um grupo em um aplicativo de mensagens financiaram atos antidemocráticos.

No dia 23 de agosto de 2022, após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a esses oito empresários.
Eles são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e defenderam um golpe de Estado em caso de vitória de Lula, candidato do PT ao Palácio do Planalto. As mensagens foram reveladas pelo site Metrópoles.
Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostrou Bolsonaro em segundo lugar, com 32% das intenções de voto, enquanto Lula apareceu em primeiro lugar, com 47%.
Além de autorizar busca e apreensão, Moraes também autorizou a quebra dos sigilos dos empresários e bloqueio das contas deles.
Segundo investigadores, a partir das mensagens trocadas pelos empresários, num grupo intitulado "Empresários e Política", há indícios de que eles poderiam ter financiado movimentos antidemocráticos, daí a decisão de quebrar o sigilo bancário e o bloqueio das contas bancárias.
No inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal para investigar atos antidemocráticos, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes, uma das principais linhas de investigação é tentar identificar empresários que estariam financiando manifestações de cunho golpista no país, com pedido de fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, além de uma intervenção militar com Bolsonaro no poder.
A operação desta terça-feira tem como base pedidos de abertura de inquérito encaminhados por associações de juristas e pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

G1

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