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sexta-feira, 24 de junho de 2022

Covid-19: de tosse persistente a dor de garganta, os sintomas da doença em quem tomou duas ou mais doses

Levantamento feito por pesquisadores do Reino Unido mostra que as manifestações típicas da doença podem variar de acordo com a imunidade de cada um.


Não é novidade que mesmo com as vacinas contra a covid-19, ainda há chances de se infectar pela doença. Um estudo feito por pesquisadores do Reino Unido ao longo de dois anos mostrou os principais sintomas que podem aparecer com a infecção por coronavírus para aquelas pessoas que já tomaram duas ou mais doses do imunizante.

Em ordem crescente, são eles: nariz escorrendo, dor de cabeça, espirros, dor de garganta e tosse persistente. Já para aqueles que não tomaram as doses da vacina, os sintomas são: tosse persistente, febre, nariz escorrendo, dor de garganta e dor de cabeça.

Além da intensidade dos sintomas ser maior, a outra diferença entre os dois grupos de indivíduos é o surgimento da febre, o que indica um quadro mais grave da doença. As pessoas que não tomaram a vacina ainda relataram uma forte dor de cabeça e dor de garganta – maior do que naqueles que já tomaram pelo menos duas doses da vacina.

"Existem algumas razões para explicar essa mudança, como o fato de que indivíduos vacinados têm sintomas menos severos. E precisamos considerar que um volume maior de casos é reportado nos indivíduos mais jovens, que apresentam sintomas diferentes e menos graves", analisam os responsáveis pelo experimento.

Os dados foram coletados a partir de um acompanhamento feito no Reino Unido através de um aplicativo criado pela empresa de tecnologia Zoe. Os mais de 4,7 milhões de cadastrados na plataforma precisam apenas reportar os sintomas quando testam positivo para a covid-19. Os resultados são analisados em parceria com pesquisadores do King´s College, universidade de Londres, com o apoio do NHS, o sistema de saúde pública do país.

Os especialistas então montam uma espécie de ranking com os principais sintomas que mais aparecem nos enfermos. Vale ressaltar que eles podem mudar ao longo das semanas e variam de acordo com a imunidade de cada pessoa. O trabalho foi fundamental para identificar algumas manifestações que não eram habituais da doença, como a perda de olfato e paladar.

Fonte: O Globo.com



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