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sábado, 30 de outubro de 2021

Diretoria da Anvisa defende a continuidade do uso de máscara

 



Dirigentes manifestam preocupação em relação às medidas de flexibilização propostas por governos estaduais e municipais

Na contramão de governos estaduais e municipais que já anunciaram ou discutem a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscara facial, dirigentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) destacaram, nesta sexta-feira (29), a importância de as pessoas continuarem adotando as medidas não farmacológicas contra a Covid-19.

“Mantemos, em todas as nossas considerações, a importância das medidas não farmacológicas de enfrentamento à pandemia, tais como evitar aglomerações, usar máscara e fazer boa higienização das mãos”, disse o diretor-presidente da agência reguladora, Antônio Barra Torres, durante a reunião em que membros da diretoria colegiada aprovaram novas regras para a retomada das viagens em cruzeiros marítimos pela costa do Brasil, a partir da próxima segunda-feira (1º).

“Essa tríade, em aditamento ao advento da vacinação, tem tornado possível a gradual e responsável retomada das atividades [econômicas], mas temos que manter como nosso norte os alertas dos organismos nacionais e internacionais”, disse Torres, acrescentando que, apesar do avanço da vacinação e da consequente diminuição do número de mortes e de novos casos da doença, a pandemia ainda não terminou.

Relator do protocolo que define as obrigações de companhias marítimas, tripulantes, viajantes, terminais de passageiros marítimos e poder público, o diretor Alex Machado Campos reafirmou o que havia dito nesta quinta-feira (28), durante audiência pública da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de enfrentamento à Covid-19.

“Eu disse que preocupava muito a Anvisa a associação entre a retomada de inúmeras atividades e o fim de protocolos [sanitários]. Ou mesmo com [a ideia de] que a pandemia chegou ao fim. Isso é algo temerário. As coisas não podem ser confundidas”, alertou Campos, defendendo a manutenção do uso de máscara e das demais recomendações das autoridades sanitárias mundiais.


“A tão necessária retomada [das atividades econômicas e sociais] deve ter como condicionante e sustentáculo os protocolos. O momento é de alerta, de precaução. É muito prematuro qualquer movimento no sentido de [flexibilizar ou suspender] protocolos que compuseram um conjunto de medidas exitosas”, acrescentou o diretor da agência reguladora, para quem a vacinação, embora fundamental para debelar a crise e salvar vidas, ainda não pode ser recomendada isoladamente.

“As vacinas são um grande instrumento, mas é a composição delas com as medidas não farmacológicas, como o uso de máscara, a higienização das mãos, o distanciamento, que, a rigor, começa a surtir efeitos”, disse Alex Machado.

R7


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