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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Brasileiros estão menos preocupados com a pandemia

 


A preocupação dos brasileiros com a pandemia diminuiu. É o que mostra uma pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa em Comunicação, Política e Saúde Pública da Universidade de Brasília (CPS-UnB), em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD). Segundo o estudo, dos 1009 entrevistados entre junho e julho, apenas 35% disseram estar muito preocupados com a Covid-19; 34% responderam estar bastante preocupados; 26% afirmaram estar só um pouco preocupados e 5% falaram que não estão preocupados. Em março, o número dos muito preocupados chegava a 52%.

O levantamento também apontou que 14% dos participantes acreditam que não têm nenhum risco de ter Covid-19, contra 21% que acham que têm um grande risco. Já 86% afirmaram que conhecem alguém que morreu pela doença. “Não podemos diminuir os cuidados. A variante delta está circulando e mostrando seu potencial de contaminação, o que tem feito vários países retomarem medidas de restrições. Reforço que precisamos continuar com uso de máscaras e álcool em gel, evitar aglomerações, entre outros", alerta Wladimir Gramacho, coordenador do centro de pesquisa onde o estudo foi realizado. Pare ele, a queda do nível de preocupação pode ter ocorrido pelo fato de a pandemia estar mais controlada na maioria dos estados brasileiros, principalmente pelo avanço da vacinação.

A pesquisa ainda aborda a questão da testagem de brasileiros na pandemia. Entre junho e julho, 58% dos entrevistados disseram não ter tido a Covid-19, mas nunca realizaram o exame; 20% afirmaram não ter tido a doença, mas fizeram o teste; 3% tiveram a doença sem sintomas; 18% desenvolveram Covid-19 e a trataram em casa; e 1% teve a doença e foi hospitalizado. "Esses números só comprovam que o Brasil realmente testou pouco. Isso preocupa bastante, já que a realização de exames é uma das melhores estratégias para conter a transmissão da Covid-19, além claro, da vacinação em massa e dos cuidados individuais da população, que não podem ser flexibilizados", completa Wladimir Gramacho.

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