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quinta-feira, 11 de março de 2021

PT defende Lula com perfil de estadista para se opor a Bolsonaro

 

O ex-presidente fez no dia 10 de março o seu primeiro pronunciamento desde a decisão de Fachin




Luiz Inácio Lula da Silva começa sua jornada à eleição do próximo ano, buscando fugir do que o PT vê como uma armadilha: Ser considerado pelo eleitorado um polo tão extremo quanto Jair Messias Bolsonaro. Esse tema tem sido discutidos por aliados petistas desde que o ministro Fachin, do STF restaurou seus direitos políticos ao anular condenações da Operação Lava Jato.
Há um consenso de que a polarização tem que ser modulada pelo que está obvio: Não alienar nem o eleitorado que abraçou o antipetismo desde  2016, mas que antes apoiou Lula, nem os agentes financeiros. Mas isso não significa uma reedição da famosa Carta ao Povo Brasileiro (2002), onde Lula beijava a cruz do mercado prometendo manter a política liberal do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002).
Petistas de alto escalão avaliam ser dispensável um compromisso – Ao contrário, basta se colocar como uma alternativa racional à turbulenta gestão de Bolsonaro (sem partido).
Lula tem sido aconselhado a vestir um figurino de estadista, fazendo a defesa institucional de aspectos que considera positivos de seu governo.
No discurso feito pelo ex-presidente, o foco foi a questão judicial, que lhe deixou 580 dias presos e que levou ao julgamento da suspeição do juiz Sério Moro, o artífice da Lava Jato que o condenou.
Existem divergência sobre a conveniência do movimento em prol da eleição do próximo ano. Primeiro porque apesar da elegibilidade de Lula estar garantida para 2022, pode acontecer de ter algum percalço jurídico.
Segundo alguns petistas há o que alguns petistas consideram legado do ex-presidente. Ele estaria recuperado com a anulação das sentenças e eventual punição de Moro. Na opinião desses dirigentes, seria desnecessário arriscar uma disputa incerta.
Diferente de 2018, quando a cúpula petista via Lula imbatível, hoje não há essa certeza com Bolsonaro e seus 30% de eleitores, além dos outros concorrentes que apostem no ‘nem-nem’: nem Lula e Nem Bolsonaro.

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