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sexta-feira, 8 de maio de 2020

RJ poderá contratar profissionais para cuidar da saúde mental da população na pandemia

Deputados debatem contratação de psicólogos e assistentes sociais para atender a população durante a pandemia


Diante do aumento de casos de depressão nesse período do isolamento social, o plenário virtual da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) iniciou discussão, nesta quinta-feira (07/05), do projeto de lei 2.251/20, que autoriza o governo estadual a contratar em caráter emergencial psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais para garantir atendimento às vítimas de depressão e tendências suicidas em decorrência do novo coronavírus. 

A proposta recebeu cinco emendas para que as modificações propostas sejam analisadas pelas comissões técnicas e, posteriormente, voltará à ordem do dia para votação pelos parlamentares.

"Estudos já estão mostrando que a pandemia tem aumentado transtornos em algumas pessoas. Precisamos ampliar o atendimento psicológico para diminuir esses impactos na saúde mental. Cuidar da área emocional também é fundamental neste momento", justifica Capitão Paulo Teixeira (Republicanos), autor do projeto junto com Alana Passos (PSL), Filippe Poubel (PSL) e outros sete deputados.

A proposta determina que a contratação dos profissionais, dentro da estrutura da Secretaria de Estado de Saúde (SES), será feita por seis meses, prorrogável por igual período. Caberá à pasta definir a quantidade de profissionais, meios e unidades de saúde que estarão aptas a oferecer o atendimento a adultos, crianças e idosos.

“Vivemos um momento de estresse e ansiedade elevados, é muito importante que a população possa receber apoio psicológico, terapia, o que pode ser feito mesmo peia internet”, afirma Fillipe Poubel.

Pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) mostra que os casos de depressão praticamente dobraram, enquanto as ocorrências de ansiedade e estresse tiveram um aumento de 80%, nesse período de isolamento social em decorrência do novo coronavírus.

“A quarentena forçou uma mudança de hábitos e para muitas pessoas está sendo muito difícil, a tristeza pode desencadear depressão e outros problemas, então é urgente que o Estado também possa disponibilizar profissionais para cuidar da saúde mental das pessoas”,  afirma a deputada Alana Passos.

Para a realização da pesquisa, 1.460 pessoas 23 estados e todas as regiões do país responderam a um questionário on-line com mais de 200 perguntas, em dois momentos específicos, de 20 a 25 de março e de 15 a 20 de abril. O levantamento da UERJ também sinalizou que quem recorreu à psicoterapia pela internet apresentou índices menores de estresse e ansiedade. Da mesma forma, aqueles que puderam praticar exercícios tiveram melhor desempenho do que os que não fizeram nenhuma atividade física, ou que praticaram apenas atividade de força.



Juliana Oliveira 
Assessoria de imprensa 


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