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quinta-feira, 23 de abril de 2020

Correios atrasam entregas no Rio em meio à pandemia, com críticas de clientes e preocupação de carteiros

Quem depende das encomendas para trabalhar se queixa. 

Funcionários cobram equipamentos de proteção individual, segundo sindicato.




Os Correios aumentaram o prazo de entrega de todas as entregas, o que tem atrapalhado quem aguarda a chegada das encomendas para trabalhar. Os próprios funcionários se queixam da falta de equipamento de proteção individual, como mostrou o RJ2 desta quinta (23).
O dentista Mário Luiz Piragibe deixou de fazer atendimentos de urgência, assim como vários colegas, porque estão sem os equipamentos de proteção encomendados em fevereiro.
"Conseguimos comprar, mas não conseguimos que estes equipamentos cheguem até nós. Os Correios dificultam ao máximo. Um dos equipamentos meus veio de Santa Catarina, depois foi pra São Paulo, veio para o Rio, voltou para São Paulo, agora voltou pra Porto Alegre, foi pra São Paulo, e agora eu não sei mais pra onde ele vai", lamenta.
Lucilene de Freitas Elias, moradora da Penha Circular, na Zona Norte do Rio, espera o carteiro há mais de um mês.
"Desde o dia 16 de março não estamos tendo recebimento de nenhum tipo de correspondência, inclusive contas, entregas de cartão de banco, o rastreamento de cartão de banco não é atualizado", queixa-se.
No último dia 21, os Correios aumentaram a taxa de tolerância de entrega de três para seis dias para além do prazo previsto.

Sindicato critica

Funcionários dos grupos de risco foram afastados das ruas, das agências e dos centros de distribuição.
O sindicato da classe afirma que 30% dos funcionários no estado do Rio estão afastados devido à doença, enquanto a empresa fala em 25%. O sindicato diz ainda que 12 funcionários, a maioria carteiros, foram afastados após o diagnóstico de Covid-19.
A empresa afirma que tem oferecido álcool gel para os funcionários e os dividido em turnos, mas o sindicato reclama que as medidas demoraram.
"Nós precisamos de álcool em gel individua lpara os carteiros fazerem sua higienização, precisamos de higienização nas unidades que não está tendo. Precisamos de luvas e máscaras para todos os funcionários, e também é preciso ressaltar que precisamos aumentar o quadro de efetivos, estamos há dez anos sem concurso público, isso está sobrecarregando os funcionários, precisamos ampliar o quadro de efetivos ", cobra a diretora d Sintect-RJ, Débora Henrique.

Por Mônica Sanches, RJ2o





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