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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Dia de São Sebastião 20 de Janeiro feriado no Rio de Janeiro.




                               


                       Viva São Sebastião Padroeiro do Rio de Janeiro!!!!!

Fotos: Márcia Mendes 
Missa com Padre Edmo na Paróquia de Santo Antônio de Pádua - RJ
                   

São Sebastião era um soldado romano que foi martirizado por professar e não renegar a fé em Cristo Jesus. Sua história é conhecida somente pelas atas romanas de sua condenação e martírio. Nessas atas de martírio de cristãos, os escribas escreviam dando poucos detalhes sobre o martirizado e muitos detalhes sobre as torturas e sofrimentos causados a eles antes de morrerem. Essas atas eram expostas ao público nas cidades com o fim de desestimular a adesão ao cristianismo.

São Sebastião, soldado romano e cristão

São Sebastião nasceu na cidade de Narbona, na França, em 256 d.C. Seu nome de origem grega, Sebastós, significa divino, venerável. Ainda pequeno, sua família mudou-se para Milão, na Itália, onde ele cresceu e estudou. Sebastião optou por seguir a carreira militar de seu pai.
No exército romano, chegou a ser Capitão da 1ª da guarda pretoriana. Esse cargo só era ocupado por pessoas ilustres, dignas e corretas. Sebastião era muito dedicado à carreira, tendo o reconhecimento dos amigos e até mesmo do imperador romano, Maximiano. Na época, o império romano era governado por Diocleciano, no oriente, e por Maximiano, no ocidente. Maximiano não sabia que Sebastião era cristão. Não sabia também que Sebastião,  sem deixar de cumprir seus deveres militares, não participava dos martírios nem das manifestações de idolatria dos romanos.
Por isso, São Sebastião é conhecido por ter servido a dois exércitos: o de Roma e o de Cristo. Sempre que conseguia uma oportunidade, visitava os cristãos presos, levava uma ajuda aos que estavam doentes e aos que precisavam.

Missionário no exército romano

De acordo com Atos apócrifos atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião teria se alistado no exército romano já com a única intenção de afirmar e dar força ao coração dos cristãos, enfraquecidos diante das torturas.

Martírio de São Sebastião

Ao tomar conhecimento de cristãos infiltrados no exército romano, Maximiano realizou uma caça a esses cristãos, expulsando-os do exército. Só os filhos de soldados ficaram obrigados a servirem o exército. E este era o caso do Capitão Sebastião. Para os outros jovens a escolha era livre. Denunciado por um soldado, o imperador se sentiu traído e mandou que Sebastião renunciasse à sua fé em Jesus Cristo. Sebastião se negou a fazer esta renúncia. Por isso, Maximiano mandou que ele fosse morto para servir de exemplo e desestímulo a outros. Maximiano, porém, ordenou que Sebastião tivesse uma morte cruenta diante de todos. Assim, os arqueiros receberam ordens para matarem-no a flechadas. Eles tiraram suas roupas, o amarraram num poste no estádio de Palatino e lançaram suas flechas sobre ele. Ferido, deixaram que ele sangrasse até morrer.

Recuperação

Irene, uma cristã devota, e um grupo de amigos, foram ao local e, surpresos, viram que Sebastião continuava vivo. Levaram-no dali e o esconderam na casa de Irene que cuidou de seus ferimentos.

Segundo martírio de São Sebastião

Depois de curado, Sebastião continuou evangelizando e se apresentou ao imperador Maximiano, que não atendeu ao seu pedido. Sebastião insistia para que ele parasse de perseguir e matar os cristãos. Desta vez o imperador mandou que o açoitassem até morrer e depois fosse jogado numa fossa, para que nenhum cristão o encontrasse. Porém, após sua morte, São Sebastião apareceu a Lucina, uma cristã, e disse que ela encontraria o corpo dele pendurado num poço. Ele pediu para ser enterrado nas catacumbas junto dos apóstolos.

Sepultamento

Alguns autores acreditam que Sebastião foi enterrado no jardim da casa de Lucina, na Via Ápia, onde se encontra sua Basílica. Construíram, então, nas catacumbas, um templo, a Basílica de São Sebastião. O templo existe até hoje e recebe devotos e peregrinos do mundo todo.

Devoção a São Sebastião

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. São Sebastião é celebrado no dia 20 de janeiro. Existe também uma capela em Palatino, com uma pintura que mostra Irene tratando das feridas de Sebastião. Irene também foi canonizada e sua festa é no dia 30 de março.


As flechas de São Sebastião

As flechas de São Sebastião revelam-nos a primeira fase das torturas que o santo enfrentou. Tendo como algozes seus companheiros de exército, São Sebastião suportou várias flechadas em seu corpo sem renegar a fé. Quando todos pensaram que ele estivesse morto, deixaram-no amarrado para ser devorado pelos animais e aves de rapina.

A árvore de São Sebastião

São Sebastião é representado amarrado numa árvore em especial: o carvalho. No cristianismo primitivo, o carvalho era o símbolo da perseverança, da tenacidade e da persistência, por causa da dureza desta madeira nobre. Assim, este símbolo nos fala da firmeza, da tenacidade e da perseverança de São Sebastião. E a força que ele recebeu do céu foi tão grande, que ele não morreu em decorrência das flechadas. Ele foi recolhido por outros cristãos e cuidado por Santa Irene até se recuperar totalmente. O carvalho simboliza toda essa força de São Sebastião.

O corpo seminu de São Sebastião

O corpo seminu de São Sebastião simboliza a humilhação que ele sofreu por parte do império romano. Simboliza também o 'despir-se do homem velho, fraco e pecador, para vestir-se de Cristo, forte e vencedor.'

O pano vermelho de São Sebastião

O pano vermelho de São Sebastião cobrindo suas partes íntimas, simboliza o duplo martírio. O primeiro é este retratado na imagem. O segundo foi aquele que causou sua morte física e teve causa mais nobre ainda. Depois de recuperado, Sebastião voltou a se apresentar ao imperador, para lhe pedir que parasse com as perseguições contra os cristãos, alegando que o imperador estava perseguindo o próprio Jesus Cristo na pessoa de seus seguidores. O imperador, porém, não cedeu e mandou que Sebastião fosse açoitado e decapitado. Assim aconteceu. Por isso, o pano vermelho em São Sebastião representa seu duplo martírio.

A aura de São Sebastião

A aura de São Sebastião representa sua santidade, testemunhada por vários cristãos da época. Esta santidade aparece desde o seu amor dedicado aos cristãos presos e necessitados, até à sua disposição de morrer por Jesus Cristo sem renegar sua fé. Trata-se de um grande testemunho, que serviu de exemplo para milhares de cristãos ao longo de séculos.

A poderosa oração a São Sebastião.

'Glorioso mártir São Sebastião, soldado de Cristo e exemplo de cristão, hoje vimos pedir a vossa intercessão junto ao trono do Senhor Jesus, nosso Salvador, por Quem destes a vida. Vós que vivestes a fé e perseverastes até o fim, pedi a Jesus por nós para que sejamos testemunhas do amor de Deus. Vós que esperastes com firmeza nas palavras de Jesus, pedi-Lhe por nós, para que aumente a nossa esperança na ressurreição. Vós que vivestes a caridade para com os irmãos, pedi a Jesus para que aumente o nosso amor para com todos. Enfim, glorioso São Sebastião, protegei-nos contra a peste, a fome e a guerra; defendei as nossas plantações e os nossos rebanhos, que são dons de Deus para o nosso bem e para o bem de todos. E defendei-nos do pecado, que é o maior de todos os males. Assim seja.'








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