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sexta-feira, 19 de abril de 2019

VEREADOR ROBINHO ÁGUIA NEGRA TEM BENS BLOQUEADOS À PEDIDO DO MP de até R$ 409.910,28

Vereador que teria ficado com parte dos salários de assessores tem bens bloqueados pelo MP.



Denunciado à Justiça pelo Ministério Público por supostamente ter ficado com a parte maior do salário de dois assessores, fazer empréstimos no nome de pelo menos um deles, reter o dinheiro e deixar a conta para o assessor pagar, o vereador Robson de Oliveira Matos, mais conhecido como Robinho Águia Negra, teve os bens bloqueados para garantir o ressarcimento dos cofres públicos em caso de condenação. A decisão foi tomada na ultima terça-feira 17/04, pelo juízo 1° Vara de Santo Antônio de Pádua, município do interior do estado do Rio de Janeiro.


O bloqueio no valor de até R$ 409.910,28 é uma medida cautelar na ação movida pelo Ministério Público, que pode resultar ainda em outra prevenção, o afastamento do vereador do cargo, até o julgamento final do precesso, que esta sustentado em depoimento de duas testemunhas, ex-assessores que contaram em depoimento que ficavam com apenas uma pequena parte do que recebiam na Câmara de Vereadores, devolvendo o volume maior a Robinho Águia Negra.
A investigação do MP começaram em 2015, a partir da denúncia de Rosiar Lacôrte Marinho. Ela contou ter sido convidada pelo vereador para ocupar um cargo na Câmara, desde que aceitasse ficar apenas com R$ 500 dos R$ 3,6 mil que recebia. A ex-assessora contou que esteve vinculada à Câmara de fevereiro a outubro de 2014, e que foi exonerada enquanto se convalescia de uma cirurgia.

Segundo ela , no período de recuperação era pega em casa, de taxi, para ir ao banco sacar o salário e passar o montante maior para o vereador. Rosimar disse que ainda foi nomeada na vaga de um antigo assessor, Manoel Gonçalves da Silva, que também teria devolvido dinheiro a Robinho.

Desde 2013 – Na ação o MP diz que ¨o vereador, valendo-se do cargo que ocupava e da autoridade que exercia sobre a assessora, convenceu a mesma a contrair empréstimos, exclusivamente a ele destinados, ao argumento de que seriam pagos com os vencimentos recebidos em razão do cargo¨.

Relata ainda a ação, que Rosimar foi exonerada em outubro de 2014, ¨passando a responder com recusos próprios para pagar a divida contraída , sedo que o valor recebido foi integralmente entregue ao vereador¨ que ainda relata ao MP no processo, ¨se valeu da mesma autoridade para ludibriar sua ex-assessora, tendo apresentado documentos decorrentes do cálculo de verbas rescisórias ára a mesma assinasse, endossando o crédito para terceiro que , por via transversa seria destinado também ao enriqueciento do demandado (ROBSON)¨.

A ação aponta ainda que o esquema funcionava desde janeiro de 2013, com a nomeação de Manoel Gonçalves da Silva, que ficou no cargo por um ano , periodo em que, todos os meses, sacava o salário e ficava apenas com R$ 800 dos R$ 4 mil que recebia. Rosimar revelou ao Ministério Público que foi exonerada ¨quando ainda estava em casa se recuperando da cirurgia¨ e que Robson foi a residência dela ¨ e pediu que assinasse algusn documentos¨, o que ela fez ¨sem lê-los¨.

A ex-assessora contou que Robson ¨ pediu que assinasse o verso de um cheque nominal emitido pela Câmara de Vereadores de Santo Antônio de Pádua, explicando que se tratava do pagamento do 13° salário¨,o que ela não teria recebido até hoje.
O espaço está aberto para qualquer manifestação do vereador Robson de Oliveira Matos.
Documento relacionado:
DECISÃO JUDICIAL
Fonte: Elizeu Pires.com 

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