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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Primeira ETE Biológica instalada para atender o loteamento Lugão Mulim em Pádua-RJ

Dia histórico pra Pádua nesta terça-feira (27), primeira ETE(  estação de tratamento de efluentes) Biológica desse porte sendo instalada para atender o loteamento Lugão Mulim, do Sr José Carlos.
Secretários Arcénio Jubim e Alexandre Brasil entre os engenheiros,
técnicos responsáveis e funcionários da Sec. de Obras.
O anúncio foi feito na tarde da última terça-feira pela Secretaria de Meio Ambiente através do secretário Arcénio Jubim que visitou ás instalações com sua equipe além de funcionários da Secretaria de Obras e do Secretario Alexandre Brasil.
O Loteamento está sendo implantando no Distrito de Baltazar e possui todas as autorizações necessárias dos órgãos competentes como o Instituto Estadual do Ambiente (INEA).
A ETE possui capacidade de receber 80 mil litros de esgoto e tem como objetivo o tratamento de todo o efluente sanitário gerado pelas futuras residências do loteamento, evitando assim a poluição ambiental do recursos hídricos da região.



Todo esgoto sanitário será tratado antes de ser lançado no corpo hídrico.
Nós aprovamos a revisão do Plano Diretor onde todo loteamento deverá fazer seu tratamento, dando segurança jurídica ao Município e uma forma concreta do tratamento sair do papel. Informou o secretário Arcénio Jubim.

Entenda o que é ETE ou ETA: 

O tratamento biológico é um processo por meio do qual a matéria orgânica presente nos efluentes industriais é degradada e digerida por microrganismos. Esse processo é todo realizado na estação de tratamento de efluentes (ETE) —uma infraestrutura toda pensada para permitir que a operação ocorra da maneira mais eficaz.
Esse tipo de tratamento é extremamente vantajoso, já que, com a carga orgânica reduzida, o enquadramento nos parâmetros legais para descarte em córregos ou redes coletoras torna-se mais fácil. Além disso, os riscos de maus odores são reduzidos enquanto a capacidade de tratamento é aumentada (sem a necessidade de ampliação da ETE),  já que o tratamento biológico proporciona uma maior capacidade de absorvição de substâncias difíceis de serem degradadas.

Quais são suas etapas?

Nas ETE, o tratamento dos efluentes geralmente é realizado em quatro etapas: pré-tratamento, tratamento primário, tratamento secundário e tratamento terciário.

Pré-tratamento

Nessa etapa, os efluentes passam pelos processos de gradeamento e desarenação, que têm como objetivo separar as partes sólidas das líquidas. No gradeamento, são utilizadas grades para barrar os sólidos maiores; na desarenação, são removidos os flocos de areia pela técnica da sedimentação. Esse procedimento facilita o transporte dos efluentes e evita que grandes sólidos danifiquem o equipamento das próximas fases.

Tratamento primário

Na fase do tratamento primário, os sólidos dissolvidos e em suspensão são removidos, assim como os óleos e graxas. Para isso, os procedimentos mais utilizados são os de coagulação e floculação, por meio dos quais adiciona-se produtos químicos que aglutinam as partículas sólidas, tornando-as pesados para que afundem e sejam removidas.

Tratamento secundário

Na etapa secundária é que ocorrem os processos biológicos de tratamento. Nessa fase, como mencionamos, a matéria orgânica é dissolvida por microrganismos e passa a apresentar níveis reduzidos de poluição — motivo pelo qual pode até mesmo ser descartada no meio ambiente, na maioria dos casos.

Tratamento terciário

Esta última fase é destinada à remoção de compostos residuais que podem prejudicar a qualidade final do efluente tratado, como sais, micropoluentes, e outros componentes tóxicos.

Problemas pela falta de tratamento

O principal problema causado pela falta de tratamento dos efluentes industriais é o impacto no meio ambiente. Isso porque esse tipo de efluente é contaminado com substâncias que, em contato com o solo e a água, provocam alterações nas suas características, o que acaba causando desequilíbrio ambiental, atingindo não só a saúde da flora e da fauna, mas a própria saúde da população residente no entorno das indústrias.

Além disso, a falta de tratamento dos efluentes industriais pode atrair sanções para a empresa, desde multas até mesmo à responsabilidade criminal, a depender da gravidade do caso.

Um caso de sucesso na indústria

Um caso de sucesso na adoção dos tratamentos biológicos de efluentes foi o de uma indústria de bebidas situada em Matão, São Paulo. A empresa tinha necessidade de manter eficiência, reduzindo carga proveniente de açucares presente no efluente sem necessidade de aumentar aeração, e para isso adotou a aplicação de dosagem diária de soluções biotecnológicas no reator — uma das soluções biológicas apresentada pela SuperBAC.
Texto: Marcius Mendes com informação de Arcénio Jubim e Agência Brasil / Foto: Arcénio Jubim

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