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domingo, 25 de setembro de 2016

Os esquecidos moradores de rua nestas Eleições de 2016!

Nos últimos meses, os casos de moradores de rua crescem em nosso município  mostra uma triste realidade em nosso dia dia. E| a sociedade se cala e omite o abandono visível em praças e pontes da cidade.







Quando nos deparamos com uma pessoa em situação de rua, logo surgem vários questionamentos como: quais são suas histórias de vida e por que chegaram lá? Por que nada é feito para garantir os direitos dela? Por que cada vez mais seres humanos vivem em uma situação tão desumana nas cidades grandes? São homens, mulheres, crianças, idosos, famílias inteiras excluídas, sem identidade, indivíduos que, muitas vezes, tornam-se invisíveis, porém humanos. 

Muito dos motivos que levam essas pessoas até a rua são a violência, principalmente a doméstica, desde física até psicológica, movida por preconceito e ódio, que afetam principalmente idosos, crianças e mulheres. Outra causa é a dependência química, com um número muito elevado de viciados em drogas. E pessoas com doenças e transtornos mentais que, abandonados por familiares, ou desaparecidos, chegam às ruas. O desemprego é outra causa que afeta diretamente o problema, com destaque para imigrantes e ex-presidiários que têm dificuldades e poucas opções de ter um trabalho registrado.


É comum ouvir que as pessoas que estão nas ruas são as únicas responsáveis por sua situação. Os meios de comunicação reproduzem o discurso do ódio, do preconceito, e reforçam a imagem negativa de quem vive na rua, rotulam como mendigos, incapazes, vagabundos ou viciados criminosos. Logo, cria-se a ideia de que não se deve importar com o outro que não é percebível, o outro ignorado, que não é visto, sem voz e excluído, o ser invisível. Muitas vezes, o governo encobre o problema em vez de repensar políticas públicas.




A verdade é que essas pessoas chegam até a rua porque vivemos em uma sociedade em que o lucro vem acima das vidas das pessoas e a desigualdade é a condição para que o capital possa reproduzir e aumentar seus lucros. O capitalismo se apropria de todas as riquezas produzidas pelos trabalhadores, é um sistema profundamente autoritário e elitista e não permite que a cidade seja um espaço democrático e justo. O espaço urbano passou a ser determinado pelas grandes corporações, empresas, bancos e empreiteiras que ditam como querem as cidades. O desemprego, a pobreza, a violência, o aumento do aluguel, o absurdo de pessoas que vivem nas ruas e das crianças que passam fome são provas de que o capitalismo – com suas contradições – é o responsável por haver tantas pessoas esquecidas nas ruas das cidades brasileiras.
A cidade não pode ser um lugar de negócios lucrativos a serviço de uma elite. Nossas cidades são dominadas cada vez mais pelo capital em aliança com o Estado burguês. O mantra reacionário que esconde o problema, ao invés de resolver, esconde a realidade.
A cidade que desejamos é outra. Tem moradia digna e respeito aos direitos humanos, o poder pertence ao povo, e os trabalhadores compartilham dos frutos do que se produz coletivamente.

Em Santo Antonio de Pádua observamos o abandono dessa classe ignorada por nossas autoridades. Nesta eleição esperamos uma mudança neste quadro.













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