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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Maior fábrica da Fiat no mundo, em Minas, suspende produção por falta de peças

Com a decisão, os 18 mil trabalhadores da unidade da montadora em Betim ficarão em casa por tempo indeterminado, até a retomada das atividades





Paralisação da Fiat em Betim afeta a produção de dezenas de outros fornecedores, deixando mais de 50 mil trabalhadores sem atividade na região (Pedro Motta/VEJA)
 
A fábrica da Fiat em Betim, Minas Gerais, está com sua produção suspensa por tempo indeterminado. A paralisação, que começou nesta segunda-feira, ocorre porque as fabricantes de autopeças Tower e Mardel, da multinacional Keiper, interromperam na última quinta-feira o fornecimento de componentes e estruturas metálicas soldadas.
Com isso, os 18.000 trabalhadores da Fiat em Betim ficarão em casa. A montadora esclareceu, no entanto, que eles serão remunerados normalmente, como se estivessem trabalhando.
Segundo a empresa, a paralisação também afeta diretamente a produção de dezenas de outros fornecedores, deixando mais de 50.000 trabalhadores sem atividade na região. A fábrica em Betim é a maior da Fiat no mundo.
A decisão da Keiper, que tenta reajustar os valores de seus contratos, surpreendeu a Fiat e foi vista pela montadora como uma "medida extrema". "A Fiat entende que a decisão não é uma atitude construtiva, principalmente neste momento de crise econômica pelo qual passa o país", disse a empresa, em nota. A montadora tem tentado negociar a retomada do fornecimento com a Keiper e não descarta entrar na Justiça.
 
Volkswagen – A Volkswagen também tem enfrentado problemas com a Keiper. Nesta segunda, as três fábricas da montadora no Brasil tiveram a produção paralisada em razão da falta de bancos e cerca de 10.000 funcionários ficaram sem trabalhar.
Para retomar a produção, a Volkswagen obteve liminar, na noite de segunda, que obriga a Keiper a voltar a fornecer o produto em até 24 horas. O não-cumprimento da medida resultará em multa diária de 500.000 reais.
A Keiper foi procurada pelo site de VEJA, para comentar as situações da Fiat e da Volkswagen, mas não houve resposta.
 
Fonte: Veja.com.br de 17/05/16

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