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domingo, 10 de abril de 2016

O grito da classe: Greve de servidores paralisa serviços


Funcionários de 33 categorias do estado, incluindo policiais civis e do Detran, decidem cruzar os braços 





 Servidores públicos estaduais de 33 categorias iniciaram ontem uma greve geral contra o atraso no pagamento dos salários e por melhorias nas condições de trabalho. Um protesto, promovido pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe), reuniu cerca de 8 mil funcionários, segundo os organizadores, e deixou o trânsito parado na Zona Sul e Centro, com reflexos na Zona Norte.
Os manifestantes saíram do Largo do Machado, na Zona Sul, por volta das 16h, e seguiram até o Palácio Guanabara, fechando o trânsito na Rua das Laranjeiras e na Pinheiro Machado, no acesso ao Túnel Santa Bárbara.


Essa é unica maneira de servidores demonstrarem sua frustração pelo direito adquirido por lei,seu salario.



 O governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), recebeu comissão de professores e de outras categorias. Ele ainda não decidiu como será feito o próximo pagamento dos servidores, previsto para o próximo dia 14 (10º dia útil do mês). Por enquanto, o estado não dispõe dos recursos para pagamento integral de ativos, aposentados e pensionistas. O governo estuda o parcelamento dos salários. Integrantes do governo dizem que ainda esperam autorização do Tesouro Nacional para empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco do Brasil, o que permitiria pagar os servidores em dia.
“Todos os esforços do estado estão concentrados na busca de recursos que permitam o pagamento do funcionalismo na data estipulada no calendário, ou seja, até o décimo dia útil de cada mês”, informou, em nota, o governo, que considera o movimento legítimo, desde que não prejudique serviços à população”. Os funcionários da Justiça também aderiram à greve, apesar de terem recebido salários em dia, por causa de liminar. Eles reclamam da falta de reajuste.






Delegacia só vai registrar crime grave



O vice-presidente do Sindicato das Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro, Álvaro Luiz do Nascimento Costa, explica que a categoria vai manter, como manda a lei, um atendimento mínimo de 30% nas delegacias.
“O atendimento vai ser reduzido e o tempo de espera vai dobrar, no mínimo. Essa greve não é contra a população, é contra o descaso do governo do estado. Estamos pedindo à população que evite ir às delegacias, a não ser em casos extremos, como um homicídio, sequestro ou assalto à residência com vítima”, afirmou Costa, lembrando que a paralisação vai até segunda-feira, quando ocorre assembleia da categoria.
A Polícia Civil informou, em nota, que, devido à falta de recursos, suspendeu algumas ações, como diligências e transferências de presos de outros estados. Além disso, a corporação informou que haverá suspensão do abastecimento de um terço das viaturas. Estão fora da restrição a Divisão de Homicídios, Coordenadoria de Recursos Especiais, Polícia Técnico-Científica e Polinter.





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