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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Mais um ministro de Dilma, Mercadante/PT, é investigado pelo STF

A casa Civil, cozinha do gabinete da Presidência da República vai sofrer uma grande faxina. Dilma tem seu Ministro Chefe sob “constrangedora” investigação determinada pelo Ministro Celso de Melo do STF.


O governo Dilma Rousseff tem a partir de hoje mais um ministro investigado formalmente por autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira, o ministro Celso de Mello determinou a abertura de inquérito contra o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Ele é alvo de inquérito por suspeitas de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Além do petista, o governo Dilma também tem o ministro Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, investigado por decisão da mais alta Corte do país.
O pedido de inquérito contra Mercadante e foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em conseqüência do depoimento prestado pelo dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, o chefe do chamado Clube do Bilhão. Para Janot, a riqueza de detalhes do empreiteiro na descrição do caixa dois utilizado pela UTC para abastecer campanhas políticas indicam que, se o político não atuou diretamente na arrecadação dos recursos ilegais, pelo menos “assentiu na solicitação por intermédio de seus representantes de campanhas”. Em acordo de delação premiada, o empresário disse que repassou dinheiro de caixa dois para a campanha de Mercadante nas eleições de 2010. Na versão de Pessoa, Mercadante estava presente em uma reunião em que foi discutido o repasse, via caixa dois, de 250.000 reais para a campanha dele – naquele ano, o petista disputou o governo de São Paulo. Ele nega a denúncia.
As investigações iniciais da Procuradoria Geral da República indicam que Mercadante não atuou diretamente no desvio de recursos da Petrobras, esquema investigado no escândalo do petrolão, e por isso o caso foi distribuído ao ministro Celso de Mello, e não ao relator da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki.
Além de autorizar a aberura de inquérito, o ministro Celso de Mello também determinou o desmembramento e envio para a primeira instância das investigações em relação a outras autoridades citadas pelo delator Ricardo Pessoa, como a ex-tesoureiro das campanhas de 2006 e 2010 do PT, José de Fillipi Junior, o ex-deputado e mensaleiro Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e o ex-senador e ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB).

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