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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Profissionalização e relevância para fortalecer a mídia impressa diária do interior

O II Congresso dos Diários do Interior do Brasil,
após os cumprimentos aos congressistas do presidente da Associação dos Diários do Interior do Brasil (ADI-BR), Ámer Felix Ribeiro, que afirmou que “juntos, os diários do interior do país são maiores e são mais fortes”, foi composta a mesa para debate do tema "Ajustando a sintonia entre instituições e cidadão", com exposição de casos dos secretários de Estado de Comunicação de Santa Catarina e do Paraná, respectivamente, os jornalistas Nelson Santiago e Marcelo Cattani. Moderado pelo diretor para o Brasil da Innovation Media Consulting Group, de Londres, Eduardo Tessler, o debate contou com a participação também de Ribeiro, do presidente da ADI-PR, Jedaias Belga, e do presidente da Associação dos Jornais do Interior de São Paulo (Adjori-SP), Carlos Balladas.

Tessler provocou o debate afirmando que está ocorrendo um processo de “desintermediação”, ou seja, que os jornais não relevantes estão perdendo a condição de intermediários. “Os veículos do interior continuam sendo relevantes porque conseguem chegar a todos os rincões de sua aldeia. É a partir daí que se percebe a necessidade de apoio à mídia regional, que diminui a distância entre a instituição e o cidadão.”

Nelson Santiago iniciou sua participação afirmando que hoje já não se discute mais a relevância da mídia regional. “É um passo que já foi superado. O que se discute é como utilizar da melhor forma possível de usar a força desse segmento da comunicação em massa.” Ele explicou que no setor público existe uma característica específica, que é a ausência de nicho. “Nossa comunicação tem que ser universal. E isso nos faz recorrer ainda mais à mídia regional”, disse lembrando que essa é uma política que vem se consolidando e se aprimorando a 12 anos.

Cattani lembrou que, no Paraná, a administração anterior promoveu um desmonte da Secretaria de Comunicação. “Iniciamos nosso trabalho sobre terra arrasada e o contato com a mídia regional, que envolve a mídia impressa e também emissoras de rádio e TV, deu uma grande alavancada no nosso projeto de comunicação. O que foi fundamental, já que, hoje, 70% da população estão no interior e somente 30%, na Grande Curitiba.”

O presidente da Adjori-Sp, Balladas, destacou que a mídia impressa foi o primeiro veículo de comunicação de mão dupla. A interação experimentada hoje com as redes sociais sempre ocorreu nos jornais por meio da seção de “cartas do leitor”. Ele citou o exemplo de uma cidade de São Paulo cujo prefeito faz o mesmo que os governos de Santa Catarina e Paraná, ou seja, distribui verbas publicitárias a jornais de bairro. E a Adjori-SP está atuando na qualificação desses veículos.”  

Jedaias, por sua vez, contou que a ADI-PR teve um importante incremento nos últimos quatro anos, passando de oito para 23 diários. “Temos a maior tiragem diária do Paraná, 180 mil exemplares por dia, superando duas ou três vezes mais os jornais da capital. Hoje somos vistos e respeitados pelo governo estadual. A mídia do interior agora tem vez e voz.”

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