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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O renomado Costureiro Leandro morre no Hospital após aplicação de Silicone.

  Leandro mas conhecido como Julye Almeida morre no Hospital Hélio Montezano nesta sexta-feira (10), um dia depois de injetar silicone industrial nas nádegas e no peito.  E João Paulo se encontra no hospital em observação.

Os dois rapazes, que eram travestis, moram em Santo Antônio de Pádua e teriam feito a aplicação em casa com um homem que veio do Rio de Janeiro para aplicar o produto e que se encontra foragido.


A Polícia Militar (PM) foi acionada e registrou o boletim de ocorrência.



Fique atento!

Um procedimento perigoso vem vitimando mulheres e travestis por todo o Brasil. O uso clandestino de silicone industrial em procedimentos estéticos representa grandes riscos à saúde.
Muitas mulheres e travestis, na busca do corpo desejado, estão recorrendo às injeções de silicone para aumentar glúteos, pernas e coxas.

Acontece que o silicone industrial não deve ser usado para fins estéticos. O produto quando injetado no organismo pode causar diversos problemas, deformações, dificuldades para andar, além de morte por infecção generalizada.
O silicone usado para modelar o corpo deve sempre estar dentro de implantes (as conhecidas próteses) e nunca na forma líquida, injetado diretamente no organismo.
O silicone industrial acaba aderindo ao músculo, podendo causar uma reação inflamatória e diversas complicações como edemas e até tumores.
A novela "Amor à Vida" está abordando o assunto e ressaltando a seriedade do problema. Na teledramaturgia, o personagem Félix (vivido pelo ator Mateus Solano) defende o uso do silicone industrial para o uso hospitalar, no entanto seu pai, César (vivido por Antônio Fagundes) é radicalmente contra.

Que a morte do Leandro (Julye Almeida), sirva de lição e de atenção para que outros travestis e mulheres não cometam o mesmo erro.


      

 Diversas homenagens estão sendo feitas nas redes sociais.

Teca Ângela

A morte é algo inesperado,as vezes ela chega devagarinho, e outras vezes ela vem de repente, sem avisar da dor que ela vai causar.
Somos uma vela acesa em meio ao relento. E se soubéssemos a hora da partida, faríamos tudo diferente. E quant
as pessoas já perdemos sem dizer a elas o quanto são importantes pra gente? E por que não dizer todos os dias que ama? Chorar sobre um caixão são apenas expressões de palavras que não foram citadas, pela rotina do dia a dia, vou sentir muita saudades.



Leandro era costureiro e gostava de ser chamado de Julye Almeida.

Um comentário:

  1. Querido, valeu, mesmo a matéria. Só uma correção, JuLye (Leandro), não era um rapaz. Era umA travesti, portanto, MULHER.

    Infelizmente, enquanto a população T for invisibilizada, marginalizada e tiver suas necessidades e cidadania não reconhecidas e atendidas, muitas aplicações clandestinas acontecerão e mais vítimas chegarão ao óbito.

    Julye, seu NOME SOCIAL, e não um mero apelido com o qual gostava de ser chamada, era uma grande amiga de mais de 15 anos. A sua perda está sendo sentida profundamente por mim, pelos familiares e amigos.

    Mais do que quem fez a aplicação pague, eu gostaria que AS travestis fossem tratadas com mais respeito e dignidade, tendo acesso à formas seguras de ADEQUAR o seu corpo à sua IDENTIDADE DE GÊNERO. Não é só indo atrás de quem faz aplicações de silicone clandestinas que o problema se resolverá.

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