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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Passageiros fazem viagem de 150 km em pé em ônibus no Noroeste do RJ

Superlotação e falta de segurança. Para quem utiliza o transporte público oferecido pela empresa Brasil a situação já faz parte da rotina. Na manhã desta segunda-feira (20), os passageiros que saíram de Miracema, no Noroeste Fluminense com destino à cidade deCampos dos Goytacazes, no Norte do Estado, tiveram que enfrentar um ônibus lotado com o dobro de passageiros. São 150 quilometros de viagem, desconforto e cansaço.

Na altura do distrito de Portela, que pertence à cidade de Itaocara, no Noroeste Fluminense, uma mulher viajou cerca de 50 quilômetros com uma criança no colo em um local impróprio para a acomodação de passageiros, ao lado da única porta do ônibus, ao lado do motorista. Ela preferiu não ser identificada, pois faz a viagem com frequência.
"Entre ir em pé e conseguir um cantinho no ônibus, prefiro vir sentada aqui. Sei que é perigoso e que se acontecer um acidente podemos nos machucar, mas a verdade é que nenhuma poltrona possui cinto de segurança", contou ela, ainda com o fliho no colo.
 A empresa Brasil é a única que oferece o transporte para a região Norte e Noroeste do Estado, com destinos para as cidades de São Fidélis, Cambuci, Itaocara, Aperibé, Santo Antônio de Pádua e Itaperuna.

A aposentada Maria do Socorro, disse que pelo menos duas vezes por semana precisa sair da cidade de Cambuci e viajar até Campos para ajudar a filha com um bebê recém-nascido.

"Assim que meu neto nasceu eu comecei a usar o transporte público para ajudar a minha filha. Não imaginei que a situação era tão ruim. Já viajei mais de três horas em pé, me segurando nas pessoas do corredor, porque não havia lugar para sentar. Eu tenho direito à gratuidade devido à idade, mas nunca utilizei o serviço por falta de chance", disse.

Outro problema indicado pelos passageiros é com relação à compra de passagens. Como o veículo, costumeiramente, para fora dos pontos de ônibus, muitos usuários não possuem as passagem compradas nos guichês e solicitam direto com o motorista, porque não há cobrador.



Fonte e fotos: G1

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