Rio de Janeiro, Brasil, 22 jul 2013 (Ecclesia) – O avião que transporta o Papa Francisco desde Roma chegou à cidade brasileira do Rio de Janeiro pelas 15h43 locais, perante o olhar de autoridades religiosas e civis, incluindo a presidente Dilma Rouseff.
O voo papal, num Airbus A330 da Alitalia, tinha partido pelas 08h53 locais (menos uma em Lisboa), do Aeroporto de Fiumicino, Roma.
O Papa chega ao Brasil após uma viagem de 11 horas e 9200 quilómetros e a cerimónia oficial de boas-vindas e os primeiros discursos vão decorrer dentro de aproximadamente uma hora, no Palácio Guanabara, sede oficial do Governo do Estado do Rio de Janeiro, após um percurso em carro aberto pelas ruas da cidade.
Francisco vai ficar na residência do Sumaré, da Arquidiocese do Rio, que já acolheu João Paulo II, primeiro Papa a visitar o país lusófono, seguido por Bento XVI em 2007.
Entre hoje e domingo, Francisco vai visitar um hospital, encontrar-se com presos, passar por uma favela e confessar alguns participantes na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), num programa que prevê 15 intervenções.
A bordo do avião que o leva ao Brasil, o Papa Francisco lançou um apelo a favor dos jovens, sublinhando "o risco" de uma geração sem trabalho, e dos idosos, muitas vezes vítimas de uma cultura da rejeição.
"A crise mundial não traz nada de bom aos jovens. Corremos o risco de ter uma geração que não teve trabalho, ora o trabalho dá dignidade à pessoa", afirmou o Papa argentino a bordo do avião que o leva ao Brasil, maior país católico do mundo. Francisco, que defende desde a sua eleição em março uma igreja para os pobres, chega hoje a um país onde os jovens se têm manifestado, por vezes com violência, contra a corrupção e a indigência dos serviços públicos.
"O sentido da minha viagem é de encorajar os jovens a viverem inseridos no tecido social com os idosos", prosseguiu o Papa em declarações aos jornalistas que o acompanham no avião a caminho do Brasil. Citado pela AFP. Francisco criticou "a cultura de rejeição dos idosos, que dão sabedoria à vida".
Para o chefe da igreja católica, que vai participar nas Jornadas Mundiais da Juventude, os jovens são "o futuro do povo, mas não só eles". "No outro extremo da vida, os idosos têm a sabedoria da vida, da história, da pátria e da família. Precisamos dela", rematou o Papa, de 76 anos.
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